Na Sombra do Pecado

A história de Zsadist, o irmão sado masoquista letal, a beirar a sociopatia, traumatizado por ter sido escravo de sangue; e Beth, a vampira aristocrata que por razões que escapam à razão humana, se sente fascinada por ele. Mesmo que ele seja um absoluto cretino com toda a gente.

Temos o típico bad boy frio e sofrido que afasta toda a gente, que faz toda a gente esperar sempre o pior dele; temos um passado perturbado e negro, cheio de tortura, dores e traumas; temos uma protagonista com uma personagem como deve ser (aleluia) e temos o maior arco de redenção até aqui.

Mas também temos uma má abordagem a trauma, um pisar constante dos limites individuais do Z, temos um exagero no “é um brutamontes com toda a gente, mas protege a sua mulher com garras e dentes” e temos um triângulo amoroso bastante desnecessário. Ah, e temos abuso sexual.
Da primeira vez que li esta série, este foi o meu menos favorito. Mas desta segunda vez, eu até fiquei um pouco interessada nele depois das pistas que foram dadas nos outros dois. No final, a história deste acabou por ser bastantes vezes mais interessante que os outros, mais não seja porque a protagonista TEM uma personalidade que não se baseia em ser bonita ou ser (supostamente) feia; e temos mais do sexo a cada 5 páginas. Não me interpretem mal: continua a haver muito sexo. E não me façam começar a falar das cenas de abuso sexual, porque eu não ia sair daqui. Porque não são realmente descritas pelo que são.

Temos um triângulo amoroso desnecessário com o Phury, o irmão do Z, que serve apenas para tornar o arco de redenção mais dramático. E no final acaba por ser isso que me motivou a continuar: saber o que é que vai acontecer ao Phury.