Na Sombra da Noite

Wrath. O primeiro volume desta saga é sobre o rei dos vampiros, o último vampiro puro-sangue à face da terra. Após a morte de um dos seus melhores amigos, que lhe deixa a missão de cuidar da filha meio-sangue dele, Wrath vê a sua vida virada de cabeça para baixo.

Temos uma humana que afinal é vampira, temos um rei grande e misterioso que lidera uma irmandade de vampiros guerreiros, temos uma sociedade de caçadores de vampiros (os Minguantes) para apimentar a história, e temos alguns sub-plots a prometer que ainda há muito por contar.

E depois temos um vampiro que invade a casa da protagonista a meio da noite, pestaneja e ela começa-se a esfregar nele instantaneamente. Temos uma protagonista que aparentemente é tão bonita e sexy que não há um homem a menos de 200km que não queira um pedaço dela. Temos uma cena de quase-violação que é usada de forma irresponsável apenas para efeitos dramáticos. E temos cenas de sexo que fazem até uma atriz pornográfica questionar a sanidade da escritora por ter tido, simplesmente, a coragem.

É muito mau. Um potencial tão grande, e no entanto quase não tem ponta por onde se lhe pegue. Eu sou suspeita, é claro, porque o romance erótico não costuma ser o meu género de eleição. Mas não é preciso ser um aficionado para reconhecer quando é mau.

O maior traço de personalidade da protagonista é querer fazer sexo com o Wrath. E o plot gira todo à volta disso: um jogo de gato e rato em que eles vão para a cama, ficam fofinhos, e logo a seguir discutem e deixam de se falar. Até que: Ups! Minguantes à vista! E lá está o Wrath outra vez a ser macho alfa a proteger a sua mulher.

A única coisa que me fez passar para o livro seguinte foi a Irmandade em si. As personalidades dos outros Irmãos. O sentido de humor deles, o “bromance” entre eles, a camaradagem entre eles. A vontade de saber mais sobre os outros irmãos foi genuinamente a única razão porque eu passei para o livro seguinte.