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See allEu não tinha expectativas ao pegar neste livro. Fui avisada de que os personagens são mais interessantes do que a história, por isso estava pronta para isso, mas, tirando esse aviso, eu tinha as minhas expectativas a zero. Apenas sabia que era um spin-off de Fangirl e que era uma fanfic de Harry Potter com nomes diferentes.
Bem.
Este é realmente um livro focado nos personagens, ainda que haja uma tentativa clara de fazer uma história aqui. Mas sabem que mais? Isso não me incomodou. Apenas me custou a entrar nas primeiras 100 páginas, porque estava constantemente a fazer comparações com Harry Potter (é inevitável); mas depois de conseguir passar isso, e logo que o Simon e o Baz deixam de estar constantemente a tentar matar-se um ao outro, tudo se torna bastante mais interessante.
Li-o em 2 dias e pulei imediatamente para o segundo.
No geral, gostei. Depois de passar aquelas primeiras 100 páginas, consegui realmente desfrutar da leitura, dos personagens e do universo.
É estranho. Eu não chorei, nem sei por mim emocionada com este livro.
Mas consigo perceber porque é que tantas pessoas choraram, porque é que tem a reputação de arruinar os seus leitores através da dor.
Este livro é maravilhoso. E a forma como a autora ligou diferentes lendas e diferentes figuras, sem nunca se desviar daquilo que é o centro desta história - o amor -, é incrível. A presença de personagens femininas fortes também foi apreciada. Elas podem não ser as protagonistas, mas elas estavam sempre lá a fazê-los mexerem-se.
A escrita é realmente deliciosa. De uma delicadeza incrível, mas limpa. A autora não precisou de recorrer a estruturas confusas nem a vocabulário exuberante para conseguir soar lírica. É fácil de ler, mas encantador.
Talvez “A Little Life” me tenha estragado e por isso é que eu tive a emoção de uma colher de chá enquanto o lia - mesmo estando investida na história, nos personagens, no livro -, ou talvez eu não tenha lido o livro no momento certo. O que importa, contudo, é que acho que ele é fabuloso e merece todo o apreço que recebe.
“Eu sou o produto de todas as dores que alguma vez me foram impostas.”
Este livro dá-me mixed feelings. Por um lado, consegui espelhar-me nesta protagonista e compreender os seus sentimentos e a sua forma de pensar; por outro, não pude deixar de sentir que esta abordagem não era a melhor para contar a história dela. Nem considero que este livro seja adequado a adolescentes ou jovens particularmente sensíveis. Na verdade, mesmo para adultos ele é pesado demais.
Há duas formas de olhar para ele, e elas são tão opostas que é realmente difícil decidir qual delas é dominante.
1) É um retrato cru, frio, duro de uma adolescência extremamente depressiva e com pensamentos su1c1das profundamente perturbadores. E nesse sentido, é uma forma prática de entrar na cabeça do que uma menina de 14 anos, que vivencia o bullying e não consegue escapar da dor dentro dela, e entender e sentir o que ela sente, o seu desespero, o seu desgosto com a vida.
2) É um retrato insensível, demasiado gráfico, com detalhes que podem colocar leitores sensíveis em perigo, com pouco ou nenhum cuidado em ser respeitoso para com o problema que procura debater. Chegaria a considerá-lo um manual de como cometer su1c1d1o camuflado sob a premissa de uma história realista.
Creio que é um pouco dos dois e, ao mesmo tempo, sinto que só pode ser um. Por isso dei-lhe três estrelas: pelo benefício da dúvida, e pelo perigo que representa para as pessoas que procura representar.
Apesar de ter tido alguma dificuldade a ligar-me à protagonista, considero-a uma boa personagem. O mistério é fascinante e os plot twists são ✨ uau ✨. A autora tem uma escrita peculiar, que nem sempre funcionou bem (para mim), mas no geral é um livro bastante interessante. Deixou-me investida na ideia de ler mais coisas dela.
Este livro respondeu a muitas perguntas sobre o universo Grisha e levantou muitas mais. E o mais curioso é que a fórmula dele é completamente diferente da do primeiro: o timming em que as coisas acontecem, os plot twists, os acontecimentos - muito diferente do primeiro, mas muito bom.
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Terminei-o com uma ansiedade de ler o terceiro e grande frustração por não o ter à mão na hora.
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Adorei o Nikolai, mais do que imaginei que poderia gostar - o completo e absoluto oposto do Darkling, em tantos aspetos -, mas a relação da Alina com o Mal deixou-me muito de pé atrás. Continuo a não ser Team Mal. Como sempre, os meus shipps nunca batem com o canon, mas é assim a vida de shipper com síndrome de personagens secundários.
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Eu sempre adorei fantasia, mas nos últimos anos afastei-me da fantasia mais complexa e fiquei mais presa no realismo mágico. Esta trilogia faz-me lembrar porque é que a high fantasy é tão boa de se ler e porque é que young adult não é apenas para adolescentes.
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