[eng/pt-br] Stephen Hawking once said that “philosophy is dead”. This alone express the mediocrity of the man who's writing this book. Yes, I do believe that he did a lot for science, but it stops right there.
So please, keep the theology out of your books and focus on the things you actually understand. Thanks.
That aside, all these answers, sometimes, are not actually answers. Sometimes Hawking just goes like “yeah we don't know about that lol” and starts rambling 5-20 pages. It's not difficult to see Hawking's answers as prolix and vague, especially if you already have some understanding on the themes of the book. But, as expected, it has some good and coherent scientific knowledge. But it's not a good book.
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Stephen Hawking uma vez disse que “a filosofia está morta”. Só isso já expressa a mediocridade do homem que está escrevendo essas páginas. Sim, eu acredito que ele contribuiu bastante à ciência, mas acaba por aí.
Então por favor, mantenha a teologia fora dos seus livros e foque no que você realmente entende. Obrigado.
Deixando isso de lado, todas essas respostas, as vezes, não são realmente respostas. As vezes o Hawking só fala “é, na verdade a gente não sabe sobre isso aí kkkkkk” e começa a enrolar por 5-20 páginas. Não é difícil ver as respostas de Hawking como prolixas e vagas, especialmente se você já tiver algum conhecimento sobre os temas tratados no livro. Mas, como esperado, possui conhecimento científico sólido e coerente. Mas não é um bom livro.
(Texto escrito no dia 03/07/21; postado no Instagram.) # TRAIU OU NÃO TRAIU?
“Traiu ou não traiu?” É a pergunta que nos é proposta antes mesmo de sabermos o conteúdo do livro. Essa pergunta chega a transcender a própria leitura do livro, visto que até quem não o leu já sabe que quando alguém pergunta isso, está se referindo à Dom Casmurro.
Mas por quê?
No geral, nossa geração (eu incluso), pouco acostumada com uma leitura elevada, não consegue compreender que a questão principal do livro NÃO é se Capitu traiu ou não.
Acredite se quiser, mas Dom Casmurro não é um texto do Wattpad. Não é série da Netflix.
Não temos como provar nenhum dos lados — nem de Bento, nem de Capitu. Perguntar sobre a veracidade da traição é inútil. O que eu pude entender, depois de refletir bastante sobre esses princípios, é que tomar a dor de algum dos personagens te cega para a real intenção do autor.
Um homem que tomou decisões extremas, baseado em princípios (não) confiáveis. Sua narrativa busca reforçar os motivos de suas decisões, pois ele mesmo se nega a pensar na possibilidade de ter agido como agiu por nada. Um verdadeiro casmurro.
O que eu compreendo, é que o livro não é sobre uma traição, é sobre o psicológico de um homem que nunca poderá saber se Capitu traiu ou não traiu.
[pt-br/eng] Essa peça é, como também dito por outras pessoas muito mais aptas que eu para opinar nessa área, inovadora. Se eu fosse resumi-la em uma única palavra, seria criatividade.
A forma como o palco é dividido e a história contada de forma não cronológica, abusando de recursos como flashbacks e trocas de cena, somando à um narrador não confiável, tornam a leitura dessa peça interessantíssima, porém também um pouco confusa.
Acredito que, com a ajuda daqueles que tiverem a valentia de aceitar o desafio de adaptar a peça para um palco real, assistir a peça provavelmente é uma experiência mais notória do que apenas ler seu roteiro.
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This piece is, as also said by people who are much more able to opine on this area, innovative. If I were to summarize it in only one word, it would be creativity.
The way that the stage is divided and the non cronological storytelling, abusing of resources such as flashbacks and changes of scene, added to a non reliable narrator, made this piece extremely interesting, but also a little bit confusing.
I believe that, with the help of those who have the courage to accept the challenge of adapting this piece to a real stage, watching this piece is probably more notorious than reading only te script.
Acabei de terminar o livro e, enquanto não escrevo nada mais, posso dizer o seguinte:
Existem dois «Guerra e Paz».
O primeiro é uma obra prima da literatura mundial, com mundos e personagens muito bem construídos e cenas emocionantes. Este é, de fato, digno de todos os elogios e notas que o livro recebeu ao longo de sua publicação.
O segundo é as teorias filosóficas do Tolstói, que ele INSISTE em repetir abstinadamente durante a leitura.
É isso.
Mais erótico e profundo do que eu pensava. O Yuri é meu escritor contemporâneo favorito (não que eu leia muitos outros, mas não tira o mérito).
Anti Nelson Rodrigues (1 leitura) 6/10Eu decidi ler essa peça após Vestido de Noiva, que é outra peça do Nelson Rodrigues, graças ao título chamativo. Comparada a esta, Anti Nelson Rodrigues não carrega toda a genialidade da outra e não traz nada de inovador, na verdade tem aspectos que sempre estiveram presentes em suas obras, apesar do título. Os personagens são vivos de uma forma que só o Nelson conseguia conceber, mas acredito que justamente porque ele quis criar essa peça “irônica”, o desfecho acabou não me descendo muito bem. O final me foi bem amargo e difícil de digerir, apesar de ouvir que ele é feliz, eu virei a página e simplesmente não podia acreditar que havia acabado.
(eng/pt-br) On the 34th canto of [b:Inferno 15645 Inferno Dante Alighieri https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1520255019l/15645.SY75.jpg 2377563] (Spoiler Alert?) we see, on a frozen place that contrasts against the high temperatures of hell, together with Judas Iscariot, Brutus and Cassius, being tortured by the three heads of Lucifer, on the traitor's circle. “What has someone to do in order to be put together with the traitor of Christ, God himself?” I asked myself.Long story short, the fact that Brutus and Cassius were considered to be as evil as Judas gave me a enormous will to look after their stories, and when I saw the Shakespeare made a story about them, I figured that was the perfect opportunity to read the most famous dramaturg of all time.The story itself, we already know it. Julius Caesar is betrayed and stabbed 23 (on this book, 33) times by the members of the senate. But Caeser is NOT the protagonist, besides the title. In reality, Brutus is the main character here. The story tells his trajectory, his reasons and his eventual death.The writing is nothing short of excepcional, Caeser's phrases give the sensation of a solid and constant (as the Northern Star!) governor. The scene where Brutus and Cassius argue thrilled me. Both Anthony and Brutus's arguments on Caeser's death are extremely moving. On it's writing, it is perfect. On it's story, i have my cons (very, very little cons).Shakespeare creates a narrative where you can't side with anyone. Brutus had his reasons and Anthony too. You won't side with anyone, and you won't cheer for no one (since we already know the ending). Moreover, Caeser's death was too early on. I believe that it was possible to explore more on Brutus and Caeser's relationship. Actually, it was so possible that it looks like it was purposefully made: this “not-interaction” of both characters seems to be intentional.Intentional or not, i believe that by showing us more of those interactions, Caeser's death would have more burden.————————————————————-No 34° canto do Inferno, de Dante (Spoiler Alert?) vemos, em um local congelado que contrasta com as altas temperaturas do Inferno, ao lado de Judas Iscariotes, Bruto e Cássio, sendo mastigados pelas três cabeças de Lúcifer, no círculo dos traidores. “O que em sã consciência alguém pode fazer para ser colocado ao lado do traidor de Cristo, o próprio Deus encarnado?” Eu me perguntei.Em resumo, o fato de Bruto e Cássio estarem considerados tão ruins quanto Judas, me deu uma tremenda vontade de saber mais sobre a história destes, e quando eu vi que Shakespeare havia feito uma obra sobre, pude concluir que esta era a oportunidade perfeita para finalmente conhecer o mais famoso dramaturgo de todos os tempos.A história em si, já conhecemos. Júlio César é traído por Bruto e esfaqueado 23 (que no livro, são 33) vezes pelo Senado. Mas Júlio César NÃO é o protagonista aqui, apesar do título. Na realidade, o protagonista é Marco Bruto. A história conta a trajetória de Bruto, seus motivos, e sua eventual morte.A escrita é sensacional, diga-se de passagem. As frases de César passam a sensação de um governador sólido e constante (como a aurora boreal). A cena da discussão entre Cássio e Bruto é clássica. Os discursos de Bruto e Antônio são extremamente comoventes. No quesito escrita, é perfeito. Mas como história, tenho meus poréns (bem, bem pequenos poréns).Shakespeare cria uma história onde não temos como tomar partido de ninguém. Bruto tinha seus motivos e Antônio, os dele. Você não toma partido em nenhuma hora da leitura, e não torce por ninguém (até porque já sabemos o final). Além disso, a morte de César foi um pouco cedo demais. Eu acredito que era possível explorar mais a relação entre César e Bruto. Na verdade, era tão possível que parece ser feita intencionalmente: essa não interação entre os dois personagens parece ter sido até mesmo proposital.Proposital ou não, eu acredito que caso a relação deles fosse explorada, poderíamos ter mais peso na morte de César (Et tu, Brutus?).
Marcos é sensacional em separar a «astrologia» da “astrologia”. Só não digo que recomendo para todos pois não sei qual é o contexto em que a pessoa vai utilizar esse conhecimento, e não quero ser responsável pela (possível) descida ao inferno de ninguém.
Claro, como é uma INTRODUÇÃO, definitivamente muitas questões serão deixadas de lado, sendo estudadas apenas por cima, mas o livro serve sua função perfeitamente, os capítulos sobre simbolismo dos números, casas e dos signos são muitíssimo bem escritos, apesar de curtos.
(eng/pt-br) The Plague - Albert Camus (1 reading): 76/100 (reviewed in 7-24-2021)
There's something poetic on the fragility that envolves human life, and that becomes clear on the situation that this book brings to the table.
Sincerely speaking, i've always had a bias against Camus. All that absurdist philosophy, coming from a materialist atheist, never made my mind
Easy to imagine that i have always avoided Camus and any of his works, homever, while visiting my grandfathers, i've found a The Plague edition dated of Christmas-1975 on my grandpa's bookshelf - gift he received from my now deceased great aunt, which i never had the opportunity to meet.
So, i put myself on the commitment to read this for a few days, and it really surprised me on not being a existencialism pamphelt disguised as a romance, but an actually interesting and consistent book.
The beginning of the narrative we are presented to Rieux, a doctor who eventually will oppose the plague, on the effort to save as many lifes as possible.
Camus' rhetoric is dry, which leads me to believe that this is one of the reasons this book achieved such a “cult” status. Phrases like “they suffer, not knowing why” and “the plague is the life” are recurring on the narrative, that while adding little to the narrative, improve it's atmosphere.
Characters like Paneloux, Cottard and Grand are definitively the best part of the book. Their personal dilemmas are narrated on a magistral way. The Priest's faith crisis, Grand's regret and the happiness - and eventual agony - from Cottard (which i would say that it is the book's most interesting character) make the narrative more interesting then when the it is describing the “main” characters' events, like Rieux, Tarrou and Rambert.
The “secondary plots”, which is the day i decided to call these session, are another interesting addition to the book. A lot of times, the narrator will describe events which generalize the Oran's citizens, so we see the general reaction to the epidemic, like faith crisis, rebellions against inequality and insatisfaction with the government.
The alegoric part of the book is, also, curious. The pest being the absurd of life, which can suddenly strike us hard. Kinda cliché, but well executed.
In general, it's enjoyable, but it's negative sides are blatant: Camus' rhetoric at times alternates between prolix and exhausting to dry and dull. There are some chapters that seem “useless”, and the “revelation” of the last chapter is disappointing, as if the author had that idea at the last minute.
In the end, The Plague is a good book, but the most intruiging part is to contrast it to the pandemic situation of 2020-2021, i wish i did read it before, because since then, this will never be the same reading.
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Existe algo de poético na fragilidade que envolve a vida humana, e essa se torna clara na situação que envolve a trama do livro.
Sinceramente, sempre tive um preconceito com Camus. Toda essa filosofia absurdista, vinda de um ateu materialista, simplesmente nunca fez minha mente.
Fácil imaginar que eu sempre me esquivei de ler qualquer obra dele, porém, ao visitar meus avós, encontrei uma edição datada do natal de 75 na biblioteca do meu avô — presente que ele recebeu da minha falecida tia-avó, que nunca tive a oportunidade de conhecer.
Então, me coloquei na leitura desse livro por alguns dias, e ele me surpreendeu por não ser um panfleto filosófico do existencialismo disfarçado de romance, mas um livro realmente interessante e consistente.
O início da narrativa nos apresenta Rieux, um médico que eventualmente travará uma espécie de embate contra a peste, na tentativa de salvar o máximo de pessoas possíveis.
A retórica de Camus é seca, o que me leva a acreditar que este é um dos motivos dos quais esse livro atingiu um status “cult”. Frases como “sofrem, sem saber porquê” e “a peste é a vida” são recorrentes na narrativa, que mesmo sendo frases que pouco adicionam na descrição, incrementam para a atmosfera do livro.
Personagens como Paneloux, Cottard e Grand são, definitivamente, a melhor parte do livro. Seus dilemas pessoais são narrados de forma magistral. As crises de fé do padre, o remorso de Grand e a felicidade — e eventual angústia — de Cottard (que eu diria ser o personagem mais fascinante do livro), tornam a narrativa mais interessante até mesmo do que quando é narrado os eventos dos personagens “principais”, como Rieux, Tarrou e Rambert.
Os “tramas secundários”, que foi a forma que decidi denominar essas sessões, são outra parte interessante do livro. Muitas vezes o narrador descreve eventos que generaliza os cidadãos de Oran, assim vemos reações gerais à epidemia, como crises de fé, rebeliões contra a injustiça e insatisfação com o governo.
A parte alegórica do livro é, também, interessante. A peste mostra o absurdo da vida, que pode subitamente nos pôr de cabeça pra baixo. Clichê, porém bem executada.
No geral, a trama é agradável, mas seus pontos negativos também são gritantes: A retórica de Camus por vezes alterna entre cansativa e prolixa para seca e sem-graça. Existem capítulos que parecem inúteis, e a revelação do último capítulo chega a ser decepcionante, como que se o autor teve a ideia de última hora.
No fim, A Peste é um bom livro, mas a parte mais intrigante dele é o contrapor com a situação que passamos na pandemia de 2020, eu gostaria de ter o lido antes desse evento, pois desde então, essa leitura nunca mais será a mesma.
“We shall show them Our portents upon the horizons and within themselves until it will be manifest unto them that it is the Truth.”
The Holy Qu'ran 2:102
Se você quer escrever em português e gosta de metáforas, sínteses, frases de efeito - então esqueça. Nelson Rodrigues já criou todas.
Fenomenal. O editor da Vide Editorial (responsável pela publicação da maioria das obras do Olavo no Brasil) mencionou que, caso fossem publicar a obra de René Guenon, esse artigo seria o prefácio. Após a leitura, suas razões ficam óbvias: é uma leitura obrigatória.
A introdução perfeita à literatura, mentalidade e psicologia de Nelson Rodrigues. Uma escrita quase confessional perpassa cada singela frase desse livro — uma sinceridade árdua, avassaladora, brutal te convida a sofrer junto com o autor em cada passagem.
A realidade da vida, ou melhor, a transformação da visão infantil para a crueldade e malícia do mundo (Ruy Castro diria bem: “[Para o pequeno Nelson] uma única adúltera na Rua Alegre tornava suspeita todas as mulheres no mundo”), a pobreza que assolava sua vida periodicamente, a morte e a desgraça imerecida sobre as pessoas mais queridas, tudo isso é tema crucial, e eu diria que essas memórias demonstram perfeitamente o quão estigmatizado foi o menino Nelson por essas questões e como tudo isso influenciou os seus escritos.
Digo que é o melhor livro já escrito em nossa língua. Uma experiência que perpassa entre a santidade e a podridão, o desejo e o remorso, o bom e o mal, a vida e a morte com a calma de um lago, a fluidez de um rio e a perspicácia de um gênio.
Curto, mas cumpre o que se propõe a fazer. Aponta os defeitos morais de Freud mas também confere crédito ao psicanalista aonde lhe é devido. Muito bom.
o livro seria muito melhor se o jung nao fosse uma putinha da academia. tenho uma relação love/hate com esse autor.
Uma análise simples e direta sobre as consequências do aumento do acesso à pornografia na sociedade. Extremamente curto, porém bem direto. Com várias fontes e estatísticas para que você possa sempre se lembrar de para onde você está caminhando cada vez que clica nessa merda.
A simple but direct analysis on the consequences of the increase of pornography access to society. With a bunch of statistics and sources so you can write them down and always remember where you're going to end every single time you click on this shit.
[eng/pt-br] Why do people suffer? Why those who never hurt even an animal are allowed to be victims of so much pain and suffering? This book was not just a revenge history, but a real reflexive journey on the question of justice.
As a christian, I know that I should not desire bad things to happen for another, that I should forgive those who made me suffer. But sometimes it seems that forgiveness is out of touch.
Who am I to punish someone? But if I don't punish them, who will? Should we allow someone to be punished only after death, living life at its best?
That's the dilemma that our beloved protagonist finds himself in. Edmond Dantès acts as a instrument of the divine providence to punish those who hurt him so much in the past, and yet they keep on living with wealth and appraisal. But is he really in charge of punishing someone, or is he just a vindictive man?
The Count of Monte Cristo brings these and other questions to the table, at the same time that it tells us a story with flawless writing.
During these 1300 pages, it's rare to see slow paced moments, and if they happen, they are means to get to scenes that make you jump out of our chair in excitement.
This is a story that changes who reads it. Not as a reader, but as a person. A book that deserves it's “classic” title.
“There is neither happiness nor unhappiness in this world; there is only the comparison of one state with another. Only a man who has felt ultimate despair is capable of feeling ultimate bliss. It is necessary to have wished for death in order to know how good it is to live.....the sum of all human wisdom will be contained in these two words: Wait and Hope.”
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Por que as pessoas sofrem? Por que aqueles que nunca machucaram nem mesmo um animal podem ser vítimas de tanta dor e sofrimento? Esse livro não foi apenas uma história de vingança, mas uma verdadeira jornada reflexiva no quesito da justiça.
Como um cristão, eu sei que não devo desejar o mal, sei que devo perdoar aqueles que nos fazem o mal. Porém, há vezes que o perdão nos parece fora de questão.
Quem sou eu para punir alguém? Mas se eu não punir, quem irá? Deveríamos deixar alguém ser punido apenas após a morte, enquanto vive os luxos na vida?
Este é o dilema em que nosso querido protagonista se encontra. Edmond Dantès age como um instrumento da providência divina para punir aqueles que tanto o fizeram mal, e apenas continuam desfrutando de luxos e prazeres. Mas será mesmo que ele é encarregado de punir alguém, ou apenas um homem rancoroso?
O Conde de Monte Cristo trás essa e outras questões à tona, ao mesmo tempo que conta uma história escrita de forma impecável. Durante 1300 páginas, é raro de ver momentos entendiantes, e quando estes acontecem, são sempre estradas que levam para cenas que te fazem pular da cadeira de emoção.
Uma história que nos renova, não como leitores, mas como pessoas. Um livro que merece o título de clássico.
“Não existe felicidade nem infelicidade neste mundo, existe apenas a comparação de um estado com outro e mais nada. Só aquele que experimentou o extremo infortúnio se encontra apto a experimentar a extrema felicidade. É necessário ter querido morrer para saber como é bom viver. A soma de toda a sabedoria humana pode ser contida nestas palavras: esperar e ter esperança.”
Sempre que minha família se propunha a realizar a aguardada viagem anual para o interior de Minas Gerais, visitar minha avó, um certo aspecto me atraía a atenção: as longas paisagens que denotavam uma melancolia constante, quase inerente. A noite era sempre resguardada por um tom de superação, graças à constante aproximação do nosso destino após aproximadas 14 horas de viagem, mas a manhã do dia de volta era reflexiva, com os sentimentos causados pela despedida gritando, sem voz.
Esses sentimentos me foram projetados por Iegoruchka durante toda a leitura; muitas cenas me eram relacionáveis, com um elo entre as descrições emotivas de Tchekhov e minhas memórias reais, tudo se une de uma forma agradável pela leitura calma do romance.
Os pontos de tensão com os bandoleiros foram o clímax do livro. Sempre haverão momentos na vida em que, mesmo rodeados de pessoas, nos sentimentos sós, com saudades do conforto materno que rondava nossas escolhas durante a infância. A passagem para a vida adulta, aqui simbolizada pela própria viagem pela estepe, nos obriga a esconder essa dependência e depositá-la em algo mais “maduro”, como quando Iegóri reza à Deus durante a tempestade.
E com a viagem terminada, o “rito de passagem” de Iegoruchka é finalizado, e o romance acaba, nos deixando apenas a incerteza sobre o futuro como espelho da realidade. Todos os dias participamos de processos que nos destinam para certos locais, mas onde iremos terminar? Esses locais serão bons ou ruins? Iremos ser mais felizes? Só Deus pode responder.
Before I start talking about the book, allow me to tell you a history: there was i, using the internet, when a great friend of mine sends me a video named “Pornography facts by Mio Honda”. The video consisted basically on a anime girl singing in japanese, with the lyrics translated on facts about pornography. At the end of the video, it's mencioned a technique called EasyPeasy. As it's access's free, I figured that i should give it a try, as I'm particularly interested in books about porn's collateral effects. I downloaded the pdf and started reading it.The books starts on many pages removing the brainwashing that you have been a victim: that you NEED porn, that there's NOTHING WRONG with doing it, that is just a INOFFENSIVE HABIT, etc. After that, it consists in correcting the lies that you were told, especially by NoFap forums (a reason that i don't like these sites), that quitting porn is “tough”, that you have to “survive X number of days/weeks/months and then you'll be free”. According to the Hackauthor (and I totally agree with him), that's not how it works. You need to stop complaining and rejoicing that you have no need to watch this. These forums treat porn as if it were “good, but is bad for your brain so you can't watch it”, it's not. It's poison, and I don't see anyone drinking poison as a inoffensive habit. It's good to see someone taking other perspective on quitting porn without feeding the eternal cicle of Trying Willpower - Last only X number of days - Feel down - Use more porn to cope with this feeling - Repeat. The only thing I can criticize on this book, is that it needed some footnotes, like Mary Anne Layden's [b: The Social Costs of Pornography: A Statement of Findings and Recommendations 7953989 The Social Costs of Pornography A Statement of Findings and Recommendations Mary Anne Layden https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1387706129l/7953989.SY75.jpg 11592663].Also this book spoiled me on the ending of The Shawshank Redemption. I know the movie has been out for 20+ years, but at the time I hadn't watched it yet. Still, i loved the movie even if I already knew its ending.________________Antes de falar do livro, me permita contar uma história: lá estava eu, utilizando a internet, quando um grande amigo me manda um vídeo chamado (tradução livre) “Fatos sobre a pornografia, por Mio Honda”. O vídeo consistia, basicamente, numa personagem de anime cantando com a legenda falando fatos sobre a pornografia. No fim do vídeo, é mencionado uma técnica chamada EasyPeasy. Como o acesso era grátis, cheguei a conclusão de que não custava dar uma lida, afinal, os efeitos colaterais causados pela pornografia é um assunto do qual eu tenho um particular interesse. Peguei o PDF e comecei a ler.O livro consiste em várias páginas removendo a lavagem cerebral que lhe foi feita, de que você NECESSITA de pornografia, de que NÃO FAZ MAL, de que é só um HÁBITO INOFENSIVO, etc. Passando essa parte, consiste em lhe corrigir as mentiras espalhadas, principalmente pelos fóruns de NoFap (motivos pelos quais eu sempre tive um pé atrás com esses sites), de que você se livrar do vício da pornografia é “difícil”, de que você tem que “sobreviver X número de dias/semanas/meses” e você estará livre. De acordo com o próprio Hackauthor (e eu endosso essa proposição dele) não é assim que funciona. Você só precisa parar de reclamar e o processo se dará naturalmente. Esses fóruns tratam a pornografia como se fosse algo bom, mas que lhe faz mal, sendo que na verdade ela é um veneno, e eu acredito que ninguém aqui toma veneno como “hábito inofensivo”. É ótimo ver alguém com outra perspectiva em largar a pornografia, não alimentando aquele ciclo eterno de Força de Vontade - Durar X número de dias -Se sentir mal - Usar pornografia como forma de lidar com esse sentimento - Repete. Única coisa que eu posso criticar no livro é uma falta de fonte como notas de rodapé, no estilo do livro da Mary Anne Layden [b: The Social Costs of Pornography: A Statement of Findings and Recommendations 7953989 The Social Costs of Pornography A Statement of Findings and Recommendations Mary Anne Layden https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1387706129l/7953989.SY75.jpg 11592663].Além disso ele me deu spoiler do final de Um Sonho de Liberdade. Eu sei que o filme saiu a mais de 20 anos, mas eu não tinha assistido. Mesmo assim eu amei o filme.
Incrível pensar que, se eu fosse comentar para o Lucas do passado que, ao começar a leitura de um livro que ele decidiu iniciar única e exclusivamente graças ao seu título engraçado, ele estaria esbarrando com o que provavelmente é meu atual livro contemporâneo favorito. Uma experiência infinitas vezes mais divertida e engrandecedora - eu voltarei nesses quesitos mais tarde - do que a de muitos e muitos autores modernos atuais.O livro inicia com um conto chamado “O Machista Feminista”, que na minha humilde opinião, foi não só o melhor conto do livro como também um dos melhores que já li em toda a minha vida. Não irei falar dele aqui pois se trata de um daqueles contos que é melhor ler sem saber de absolutamente nada sobre, mas acredito que sua genialidade deveria receber uma menção. Ao prosseguir com os contos no livro, vamos conhecendo o personagem João Pinto Grande, cujo nome foi uma sacada genial do autor de abrir espaço para abordar certos temas, e de quebra ainda colocar algumas piadas infantis (mas ainda assim engraçadas) nos diálogos.João é um advogado culto, de uma personalidade agradável e extremamente sábio. Sua personalidade e dizeres em muitos momentos nos fazem refletir sobre nossas condições e nos motivam a tentar levar a vida de uma forma mais serena.Eu me sinto até estúpido quando falo essas palavras de um personagem referido como “Pinto Grande”, haha.As histórias dos contos, em sua maioria, conseguem ser reflexivas, abordando temas como niilismo, caridade, superação, guerra, entre outros. Apesar disso, elas nunca perdem seu bom humor, que misturadas com uma boa dose de lucidez, conseguem transmitir sensações diversas ao leitor, que abrangem desde o riso até a melancolia.E com esse livro cujo qual, repito, eu só li graças ao título caricato, eu consegui encontrar o meu mais novo autor brasileiro favorito ainda vivo. Espero ansiosamente para ler os outros livros do [a:Yuri Vieira 7315234 Yuri Vieira https://images.gr-assets.com/authors/1380806293p2/7315234.jpg] e pelo dia em que ele vai terminar aquele romance que ele nos aludiu durante a live do [a:Rodrigo Gurgel 6613998 Rodrigo Gurgel https://images.gr-assets.com/authors/1456098619p2/6613998.jpg].
É difícil negar a habilidade de escrita do Yuri. Alguém que aprendeu com Bruno Tolentino e Hilda Hilst, prestigiado por Rodrigo Gurgel, Lydia Fagundes Telles e Olavo de Carvalho, torna-se óbvio que existe, sim, uma habilidade estilística no livro.
E eu, que já havia lido outros livros dele, sabia disso antes de abrir a primeira página. Porém, apesar de eu ter amado seu livro anterior, senti que este foi o trabalho mais maduro do escritor. Os relatos reais por ele narrados, que ocorreram durante sua estadia na Casa do Sol, te prendem do início ao fim de cada conto. Talvez seja o peso destas serem histórias reais (que apesar de serem narradas como tal, são mais excêntricas que as ficções escritas pelo autor), mas estas são incrivelmente instigantes, e com personagens fixos, sendo estes os moradores da casa de Hilda, você desenvolve um apego emocional a eles, suas personalidades e defeitos, que tornam o livro extremamente humano, apesar das diversas singularidades narradas, que são contadas com um humor fixo e com temáticas que variam entre espiritualismo e erotismo muitas vezes de página em página.
Que venham mais livros do Yuri, pois em cada obra ele parece se superar cada vez mais.
Me entristeci no final, junto com os discípulos, eu admito. Quem diria que ler filosofia poderia ser emocionante?
Algo que me é engraçado: Quando Nietzsche escreve, em seu «Assim Falava Zaratustra», quase quatrocentas páginas de pura abstração entendiante e pueril, ele é aclamado pelo público. Quando Chesterton faz o uso de metáforas e paradoxos de forma inteligente para basear seus argumentos, ele é tratado com escárnio.
Chesterton é um mestre da escrita. Sua capacidade de harmonizar uma alta densidade de informação com uma escrita divertida é o que vende esse livro pra mim.
«Ortodoxia» é o livro que iniciou minha experiência com Chesterton, que apesar de eu haver antes lido alguns artigos dele, não havia lido uma obra completa, o livro estava barato, e mesmo sabendo que deveria ler o «Hereges» antes, comprei-o. Sua escrita é magistral e sua capacidade de simplificar temas torna a leitura prazerosa. Recomendo para cristãos e para céticos que querem ter uma visão ampliada do cristianismo.
Essa review pode ter sigo meio corrida e prolixa, mas, nesse momento, estou me encaminhando para a festa de réveillon, onde irei agradecer a Deus por tudo que Ele me deu. Feliz 2022, meus amigos!
Visto que, quando li Dom Casmurro pela primeira vez, também não fiquei muito encantado (precisei ler novamente para entender a genialidade da obra), pode ser que esse seja o caso aqui. Mas por agora, posso dizer que, apesar de ser um bom livro, não passa de uma crônica divertida. Não vi nada demais.