Conforme eu saí do interior e vim morar próximo da capital do estado, eu senti cada vez mais um sentimento dentro de mim crescer.
Acordando todos os dias as 4:30 para pegar um ônibus com destino para outra cidade (a famosa migração pendular) e vendo a quantidade enorme de pessoas que compartilham a mesma rotina que eu, fez crescer um pensamento que eu nunca senti antes.
“Eu preciso ganhar dinheiro. Eu não quero fazer isso até meus 65 anos.”
Sinceramente, sou bem pessimista quanto a esse tema, mas pensei que não custasse tentar. Reuni uma lista de leitura sobre inteligência financeira, para fazer uma espécie de leitura sintópica e decidi dar uma chance.
E é agora que eu peço desculpas por essa introdução tão desnecessariamente pessoal e falo o que eu achei do livro.
Eu não queria ler esse livro, eu já sabia que não iria gostar, mas um amigo me recomendou, então decidi dar uma chance.
Vou ser bem sincero, não li o livro inteiro, somente uns 70%. Não achei os conselhos tão inovadores (tudo ali, na verdade, era bem óbvio, pelo menos para mim). O autor é prolixo e o conteúdo é simplista demais. Em compensação, a escrita até que entretém, mas a repetição constante dos mesmos temas tratados pelo autor tornou essa leitura insuportável. No dia que eu estiver com paciência, leio o restante do livro, mas definitivamente não agora.
Esse livro me trouxe novamente a sensação de ser criança. Sinceramente não sei como dar uma nota pra ele, pois ao mesmo tempo que meu problema com ele é ele ser muito infantil, essa é a característica que mais me agrada.
I know i know, that's one of the most important books of the 20th century. But it's boring. Sorry, not sorry. My ratings are based on my “how much was i entertained” scale, and that book was hard to finish, not in a good way like [b:The Divine Comedy 6656 The Divine Comedy Dante Alighieri https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1390760180l/6656.SY75.jpg 809248] or something like that, just plain boring. I'll give it another try, someday (probably not soon)Eu sei, eu sei, esse é um dos livros mais importantes do século XX. Mas é chato, desculpa. Minhas notas são baseadas na minha escala de “o quanto eu fui entretido”, e esse livro foi até difícil de terminar, não de um jeito bom como em [b:A Divina Comédia: Inferno 3395689 A Divina Comédia Inferno (A Divina Comédia, #1) Dante Alighieri https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1435844338l/3395689.SX50.jpg 2377563] ou algo assim, mas apenas chato. Eu darei outra chance, algum dia (provavelmente vai demorar).
[pt-br/eng] Antes de mais nada, permita-me dizer que me dói muito dar essa nota para o livro. Logo entrarei em mais detalhes sobre isso.
Um ser humano sem aspirações, sem hobbies proveitosos e sem ambição alguma, alguém que já se corrompeu tanto que sua alma nem mesmo transparece, alguém que irá morrer sendo o último de sua linhagem, como uma decepção para os seus antepassados que (provavelmente não) lhe olham do pós-vida.
Como um estudo de personagem, esse livro é maravilhoso. Mostra como alguém sem um sentido na vida pode confinar-se a uma rotina onde não se vive, mas se sobrevive. É verdade, se você não tem nada do qual viver, então pra que continuar vivo?
Mas como um romance... Não me pegou. Alguns capítulos eram extremamente envolventes, mas na maior parte do livro eu me arrastei pela leitura. Talvez esse gênero de livros sobre sofrimento(existencialismo/niilismo?), no final, realmente não seja para mim.
Muito desse livro me lembra Crime e Castigo, exceto que ele tira minhas partes favoritas da leitura: A grandiosidade imaginária de Raskolnikov e sua eventual redenção. Eu não consegui achar um motivo pra esse livro, além desse estudo que mencionei no início. Talvez seja influência do ateísmo de Graciliano Ramos.
Fico agradecido de ter lido Vidas Secas antes de Angústia, caso contrário, eu não criaria o mínimo interesse pela obra do Graciliano. É possível que a leitura de Vidas Secas, que me foi extremamente agradável, tenha elevado demais minhas expectativas para esse livro, a ponto dele não conseguir alcançá-las. Mas sinceramente, eu não acredito que seja o caso.
Quanto à escrita do livro, eu tomo as palavras do autor pelas minhas:
Acho em Angústia numerosos defeitos, repetições excessivas, minúcias talvez desnecessárias. E tudo mal escrito. Mas se, apesar disso, der ao leitor uma impressão razoável, devo concordar com v. É possível até que as falhas tenham concorrido para levar na história aparência de realidade. E alguns capítulos não me parecem ruins.— Graciliano Ramos
No fim, não me agradou. Mas reconheço o trabalho que envolve o livro; você provavelmente deveria dar uma chance.
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Before i start the review, allow me to say that it hurts me to give this rating to the book. More on that later.
A human without desire, without any useful hobbies and without any ambition, someone that was corrupted so much that his soul doesn't seem to be there, someone that will die being the last one of his lineage, as a disappointment to his ancestors who (probably not) look at him while in the afterlife.
As a character study, this book is wonderful. It shows how someone without meaning to life may confine himself to a routine where you don't live, but survive. It is true, if you don't have anything to live for, then why keep living?
But as a novel... It didn't catch me.
Some chapters are extremely interesting, but most of the book I just dragged myself through it. Maybe this genre of books about suffering (existencialism/nihilism?), at the end, are not for me.
Much of this book reminds me of Crime and Punishment, except it removes my favorite parts: Raskolnikov's imaginary grandiose and his redemption. I just couldn't find a reason for this book to exist, except as a character study. Maybe it's influence of Graciliano's atheism.
I'm thankful I read Vidas Secas before Angústia, because if that wasn't the case I would probably never read anything by Graciliano again. It is possible that the Vidas Secas reading, which was extremely pleasant to me, elevated my expectations so high that this book couldn't afford to reach them. But I don't believe that's the case.
As of it's writing, I make the author's words as mine:
I find in Angústia a lot of errors. Excessive repetitions, maybe unnecessary details. And it's everything poorly written. But if, besides that, it gives the reader a reasonable impression, then I must agree with you. It's possible that some flaws gave the history an appearance of reality. And some chapters doesn't seem bad.
At the end, I didn't like it. But I can see the job that the book has done; you should probably give it a shot.
Tem bons conselhos, mas a escrita do autor é desnecessariamente rebuscada em vários trechos.
Achei o livro nas coisas da minha mãe, vi que tinha um capítulo sobre como não sucumbir ao uso da função soneca - coisa que eu faço com bastante frequência - e decidi dar uma chance. Considerações finais: premissa boa, péssima execução. Se o livro tivesse um total de páginas entre 30-50 (feito facilmente aplicável apenas mantendo o conteúdo que presta e retirando os trechos sobre a vida pessoal do autor, depoimentos, etc, etc), seria melhor.
Vou testar e em 30 dias eu volto pra dizer o que achei.
My God, this book is probably perfection in the form of poetry. The construction of this book is just impeccable, especially if you're reading the tercetto poetry. If, like myself, you decided to skip the prose version, good luck.
Maybe I'm just dumb, but this book is so filled with allegories and references that i felt extremely overwhelmed by the reading. But with (a lot of) dedication, I've managed to finish this book and it is a tremendous feeling of satisfaction.
About the content of the poetry, this is a whole other level of spiritual reading. You're constantly reminded about how horrible are the tortures, how the souls are hopeless and how the pain increases at each circle. Dante encounters a lot of famous characters, so the reading is pretty “interactive”, if I can say it that way. Aristotle, Plato, Virgil, Homer, Brutus, Judas Iscariot, we have them all here. This was one of the best books I've ever read.
Meu Deus, esse livro provavelmente é a perfeição em formato de poesia. A construção disso é simplesmente impecável, especialmente se você estiver lendo a poesia em tercettos. Mas caso, assim como eu, você decidir pular completamente a versão em prosa, boa sorte. Talvez seja apenas eu que sou burro, mas a poesia é tão cheia de alegorias e referências que eu me senti extremamente sobrecarregado na leitura do livro. Mas com (muito) esforço, consegui completar a leitura e é um tremendo sentimento de superação.
Sobre o conteúdo da poesia, esse é outro nível de leitura espiritual. Você é lembrado constantemente do quão horrível são as torturas do inferno, o quão as almas são desesperançosas e como a dor aumenta conforme os círculos. Dante encontra muitos personagens históricos, então a leitura se torna bem “interativa”, se eu posso falar assim. Aristóteles, Platão, Virgílio, Homero, Brutus, Judas Iscariotes, temos todos aqui. Ess foi uma das melhores leituras que já tive.
(In this section I'll only talk about the ptbr translation, so i didn't bother to write it down in english)
Sobre a versão do livro, normalmente eu não diferencio as edições dos livros aqui no site, mas esse livro em específico eu acredito que seja importante destacar isso. A edição foi traduzida pelo Ítalo Eugênio Mouro, de forma que segue o modelo de poesia em tercettos, com número fixo de sílabas e rimas, sinceramente eu fico impressionado com o esforço infinito que foi posto na tradução.
Além de tudo isso, existem notas de auxílio e o texto original junto com a tradução. Gostaria de parabenizar o tradutor e a editora pelo trabalho magnífico que foi posto nessa edição.
Chegou a sair uma lágrima na entrada de Nossa Senhora... :')
Que livro lindo, dei umas belas gargalhadas, li tudo sem uma única pausa!
Li ⅘ do livro e não to tankando mais, muita merda sendo dita e sempre o mesmo discursinho do “homem moderno foi comercializado....” ta bom, me diga agora algo que eu não saiba.
Quando o homem de “Olhos-de-Coruja” vai à festa de Gatsby, ou sendo mais específico, na primeira festa narrada por Nick, percebemos que ele está bêbado e observa a biblioteca de Jay com certo assombro e admiração. A razão disso está numa subversão de sua expectativa: os livros de Gatsby são reais.
Ele, além de Carraway, é o único que vê Jay Gatsby como alguém — não como um novo-rico para que se faça proveito de seu dinheiro, festas e mansão. Na realidade, após esse evento, o personagem passa a enxergar Gatsby como alguém real, apesar de Jay tomar uma posição de espectador distante em suas próprias festas, após essa interação na biblioteca, ele passa a ser um homem com desejos, interesses e vontade reais, tal como Nick o vê após tomar consciência dos seus anseios por Daisy. Por essa razão, ele é o único (novamente, além de Carraway) que comparece ao seu funeral.
Além disso, sabemos que Fitzgerald possui raízes irlandesas por sua família. Para a mitologia celta, a coruja é simbolizada como um prenúncio da morte.
“Why, my God! they used to go there by the hundreds.”He took off his glasses and wiped them again outside and in.“The poor son-of-a-bitch,” he said.
O livro tem uma premissa boa, e começa muito bem, mas vai ficar gradualmente pior e tem um final horroroso. Definitivamente o pior que eu já li do Lovecraft.
Muito bom. Vejo o por quê dessa peça ser um clássico. Os temas abordados são tratados com realismo e humanidade, junto com os personagens. Não conseguir superar as expectativas que foram postas em você é algo difícil, e viver o sonho de enriquecer na fórmula que nos é mostrada — estude, trabalhe, cresça, descanse — é claramente um mito.
Li, e esse livro foi suficiente pra me fazer perceber que tenho zero interesse em história da religião.