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"Eu tinha cinquenta anos e há quatro não ia pra cama com nenhuma mulher." Este é Henry Chinaski, Hank, escritor, alcoólatra, amante de música clássica, alter ego de Charles Bukowski e protagonista de Mulheres. Mas este não é um livro convencional – nem poderia ser, em se tratando de Bukowski – no qual um homem está à procura de seu verdadeiro amor. Após um período de jejum sexual, sem desejar mulher alguma, Hank conhece Lydia – e April, Lilly, Dee Dee, Mindy, Hilda, Cassie, Sara, Valerie, não importa o nome que ela tenha. Hank entra na vida dessas mulheres, bagunça suas almas, rompe corações, as enlouquece, as faz sofrer. E no fim elas ainda o consideram um bom sujeito. Escrevendo em prosa, Bukowski poetisa a dureza da vida e nos dá uma pista: "ficção é a vida melhorada".
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Eu não sei como dizer que odiei este livro sem dizer que odiei este livro. Requisitei-o na biblioteca sem fazer grande pesquisa sobre ele antes (raramente faço), convencida que seria poesia (porque aprecio a poesia deste autor). Tudo isso é responsabilidade minha.
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O facto de ser prosa não me pôr de pé atrás — um autor é um autor, afinal de contas. Porém, logo na segunda página eu percebi que provavelmente não iria gostar.
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Como dizer isto de forma amigável? 4 em cada 5 páginas eram erótica suja. O estilo de Bukowski, e deste livro em particular, encaixa-se numa corrente literária chamada de “realismo sujo”, o que justifica o linguajar vulgar e a prosa pouco ou nada lírica. Mas este livro é apenas... é apenas pornografia. E em cima disso, há toda uma representação das mulheres que é decadente e maligna demais.
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As mulheres com quem o personagem se envolve ou são ninfomaníacas psicóticas, ou depressivas passivas, ou algum tipo de estereótipo com que eu duvido que qualquer leitora se consiga identificar. É um livro escrito de um homem para homens, com um público-alvo muito específico.
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O único traço de evolução de personagem (porque o protagonista deste livro não tem sequer um arco de evolução) é na última página, em que ele mostra mais respeito por um GATO do que por todas as mulheres com que se cruzou ao longo do livro.
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Apesar de eu gostar de alguma da poesia de Bukowski e ter noção que este livro é considerado um clássico — eu odiei. Com todas as letras do verbo odiar.
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Perdoem-me, amantes dos clássicos, mas este não é para mim! E irei rogar pragas a Bukowski até ao fim dos meus dias.
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