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As crónicas reunidas no presente volume resultam de uma selecção feita a partir de mais de quatrocentos textos publicados pelas Publicações Dom Quixote em cinco volumes independentes entre 1998 e 2013. Inclui também uma seleção de crónicas inéditas em livro.Numa escrita mais intimista do que a dos seus romances, as crónicas de António Lobo Antunes abordam uma vastíssima panóplia de temas que incluem não só a infância, a família, as mulheres, os amigos, os amores e os desamores, a vida e a morte, mas também relatos sobre pessoas anónimas encontradas ocasionalmente, apontamentos de viagem ou sobre pequenos restaurantes de bairro e, como não podia faltar, algumas notas sobre a escrita e os livros.Com esta selecção de quase duas centenas de textos, pretendeu-se oferecer ao leitor uma amostra realmente abrangente da versatilidade e do talento de António Lobo Antunes como cronista.
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Há uns anos tentei ler ALA. Abri Os Cus de Judas – este início não está a correr bem - e depois do primeiro capítulo fechei-o. Não gostei daquelas primeiras páginas. Desde essa altura os romances do ALA têm ficado como que suspensos à espera que eu tenha vontade de lhes pegar.
Há uns tempos lembrei-me de começar pelas crónicas, um género que, tal como os contos, gosto pelo facto de serem narrativas curtas.
São 173 crónicas escritas entre 1988 e 2013, e abordam várias fases da vida do autor e do país.
Algumas crónicas são hilariantes, outras despedaçaram-me o coração. A escrita é irrepreensível, e se é assim nas crónicas imagino o que será nos romances.
Na crónica Morto Cobrido de Amor diz ALA:
Acabando esta crónica regresso ao livro: ali está ele à minha espera, fazendo negaças. Não tem sorte nenhuma: vou ganhar. Nem que a pele fique pelo caminho vou ganhar. Mudá-lo-ei dúzias de vezes mas ganho.
Também eu regressarei ao livro, e também eu ganharei.