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See allÉ um livro soberbo, extremamente complexo e intricado. Tem, também, um pendor filosófico e umas reflexões subliminares e algo discretas, mas, a narrativa é demasiado fantástica. Um livro em que o autor tenha a capacidade de viajar no tempo, jamais passará das 4 estrelas. Embora isto seja indicativo de que o tempo é uma dimensão e que, portanto, é algo já determinado - possibilitando reflexões sobre a liberadade e o livre-arbítrio - acaba por ser demasiado “criativo” para o meu gosto literário. Perde uma outra estrela porque é uma narrativa assente no conceito de ficção científica, um género não do meu agrado.
É um livro produto da experiência de guerra, extremamente brutal, por parte do autor.
É absolutamente estonteante, a lucidez das reflexões contadas por Levi. O livro é escrito a posteriori da sua passagem por Auschwitz, em Turim. Não perde, no entanto, numa única linha, a autenticidade e vivacidade do discurso. Acompanhando o conteúdo gráfico do livro, vêm belíssimas reflexões sobre o ser humano, a (sua ausente, por vezes) humanidade, bem como ilustrações do impacto psicológico da fome, da escravidão e do abuso racial. É uma obra-prima memorável e incontornável na literatura.
Uma excelente e profunda reflexão sobre a morte e a sua inevitabilidade. Um olhar profundo e introspectivo sobre os últimos dias de um homem moribundo.
Por algum motivo Golding foi laureado com um Nobel. Usando um grupo de crianças, o autor, colocando-os numa ilha deserta, elabora uma metáfora brutal sobre a condição humana e o regresso à selvajaria.
Livro muito bom mas, infelizmente, bastante incompleto. A premissa é extraordinária e ao mesmo nível, certamente, das grandes distopias. No entanto, a mesma aparece apenas a meio do livro, tarde demais para cativar um qualquer leitor menos teimoso.
A linguagem inconvencional, que adensa a obra e acrescenta mérito ao autor, tem o duplo efeito, dificultando a compreensão do romance, levando a eventuais frustrações por parte do leitor.
No geral, é uma obra boa, completa e profunda, instigadora de reflexões. A maior delas: deve o ser humano ter a possibilidade de praticar a bondade, ou deve não ter escolha nessa matéria?