The best I've held in my humble hands. By mistake and curiosity, I looked at the last page of this book, while I barely begun to read it. I thought that the 5 words I read spoiled the rest of the book for me, but little did I know that the genius that goes by the name of Jose Saramago had one up his sleeve.
Descrito de forma geral e vaga: história de um homem comprometido que se apaixona por outra e a trai. De forma mais aprofundada, é um livro extremamente rico, com um vocabulário muito extenso e completo. Adicionalmente, Camilo conta, de forma brilhante, a história de um homem (e tantos outros, anónimos) que, migrando do interior para a cidade, expondo-se ao cosmopolitismo, perde todos os seus valores e ideais, deixando-se corromper e deteriorar moral e eticamente. É a história da queda (moral) de um anjo (a personagem principal).
Livro muito bom mas, infelizmente, bastante incompleto. A premissa é extraordinária e ao mesmo nível, certamente, das grandes distopias. No entanto, a mesma aparece apenas a meio do livro, tarde demais para cativar um qualquer leitor menos teimoso.
A linguagem inconvencional, que adensa a obra e acrescenta mérito ao autor, tem o duplo efeito, dificultando a compreensão do romance, levando a eventuais frustrações por parte do leitor.
No geral, é uma obra boa, completa e profunda, instigadora de reflexões. A maior delas: deve o ser humano ter a possibilidade de praticar a bondade, ou deve não ter escolha nessa matéria?
Os principais temas da poesia de Manuel Alegre são a liberdade e a luta necessária para a ela chegar. Através de poesias muito musicais - canções, segundo o próprio - Alegre junta ambos temas à poesia. É um bom livro de boa poesia. De todo, no entanto, uma obra-prima.
É absolutamente estonteante, a lucidez das reflexões contadas por Levi. O livro é escrito a posteriori da sua passagem por Auschwitz, em Turim. Não perde, no entanto, numa única linha, a autenticidade e vivacidade do discurso. Acompanhando o conteúdo gráfico do livro, vêm belíssimas reflexões sobre o ser humano, a (sua ausente, por vezes) humanidade, bem como ilustrações do impacto psicológico da fome, da escravidão e do abuso racial. É uma obra-prima memorável e incontornável na literatura.
É um livro soberbo, extremamente complexo e intricado. Tem, também, um pendor filosófico e umas reflexões subliminares e algo discretas, mas, a narrativa é demasiado fantástica. Um livro em que o autor tenha a capacidade de viajar no tempo, jamais passará das 4 estrelas. Embora isto seja indicativo de que o tempo é uma dimensão e que, portanto, é algo já determinado - possibilitando reflexões sobre a liberadade e o livre-arbítrio - acaba por ser demasiado “criativo” para o meu gosto literário. Perde uma outra estrela porque é uma narrativa assente no conceito de ficção científica, um género não do meu agrado.
É um livro produto da experiência de guerra, extremamente brutal, por parte do autor.
Ensaios e uma coletanea de artigos pelo próprio escritos em que se reflete sobre a cultura, o seu papel, o seu estado e a sua degeneração. Alarga a reflexão à política, moral, economia e até religião.
Algumas das reflexões levam, a meu ver, a conclusões insuficientemente suportadas, nomeadamente que o retroceder da religião cristã tenha originado o desvirtuamento da cultura. Livro bem escrito, mas algo incompleto.
Um bom livro para recalibrar a bússola moral. É, de facto, um guia para o estoicismo, mesmo tendo sido escrito há milhares de anos pelo imperador Romano.
A última estrela não é atribuída, da minha parte, pelos excessivo espiritualismo e pendor religioso presentes ao longo da obra. Enquanto ateu, foi algo que despertou o meu ceticismo e portanto descrença na reflexão em leitura.
Uns furos abaixo da sua outra coletânea de poesia “Já não me deito em pose de morrer”.
Após quase 2 anos sem ler Saramago (os meus mais sinceros pedidos de desculpa ao homem que melhor dominou e domesticou a língua portuguesa), voltei, com esta, que foi, a primeira obra, em estilo de diário, escrita pelo autor, em Lanzarote, no ano de 1993.
Ja era o autor septuagenário, mas, pelos escritos nesta pouco mais de centena e meia de páginas, ninguém o diria. Sempre jovem, lúcido, tolerante e humilde. Trata-se de ouro líquido, para quem se apaixonou pelo romancista e se começa a apaixonar pelo homem.
Uma excelente e profunda reflexão sobre a morte e a sua inevitabilidade. Um olhar profundo e introspectivo sobre os últimos dias de um homem moribundo.
Eu, que sempre evitei contos, devido à sua aparente simplicidade e banalidade, encontro-me absolutamente rendido a este livro. Suponho que, no entanto, se deva não ao formato da obra, mas sim, ao obreiro.
De um pendor extremamente filosófico, de uma profundidade assustadora, o livro em mãos é uma obra-prima. Não é, no entanto, para qualquer leitor. Mesmo o mais experiente, mais conhecedor, ficará aquém da total compreensão das palavras escritas.
Muito simples e consiso. Abrange diversas áreas e explora minuciosamente cada uma delas. Muito facilmente são explicados conceitos fiscais e tributários de uma perspetiva liberal. Existe também uma inspeção, com recurso a exemplos simples e familiares, a impostos e outras medidas, que, tendo um fundamento teórico bom e aprazível à massa populacional, na prática, tem consequências potencialmente devastadoras, arrasando o mercado e, consequentemente, quem se queria ajudar no processo.
Muito, muito bom. Acima de tudo para alguém sem bases económicas, é de fácil leitura!
Parabéns Adolfo!
Livro incontornável para os amantes de literatura.
Só pelas reflexões e considerações de Lord Henry vale a pena a leitura. Adicionando as reflexões sobre imoralidade, perversão, corrupção e beleza, é uma obra filosófica mascarada de romance.
Uma autêntica bíblia para todo o existencialista/absurdista. Camus propoem-se, no ínicio do livro, a explicar que uma vida sem sentido não significa uma vida que não vale a pena ser vivida. A partir desta hipótese, e analisando Nietzsche, Kierkegaard e outros grandes nomes da filosofia, Camus consegue provar o seu ponto.
Filosofia súbtil e disfarçada. Sandor Marai, através dum diálogo entre dois amigos de longa data, há muito sem coexistirem, catalisa reflexões bastante profundas e pertinentes sobre a amizade, o amor e a traição, bem como os papéis de cada um dos envolvidos nessas relações e interações.
Por algum motivo Golding foi laureado com um Nobel. Usando um grupo de crianças, o autor, colocando-os numa ilha deserta, elabora uma metáfora brutal sobre a condição humana e o regresso à selvajaria.