Eu estava interessado no tema ‘coming of age' e decidi ler esse livro.
Eu gostei, mas não amei. O livro é muito apressado, as cenas acontecem muito rápido e com pouco desenvolvimento, ainda assim, em poucas página o leitor já reconhece aqueles jovens e já consegue se relacionar com cada um.
Um “clássico” ainda é um clássico por um motivo, é um livro gostoso de ler. E acredito que perdemos um pouco o tato do que eram gangues e jovens até os anos 80 - eu mesmo sequer vivi algo parecido -, mas mesmo assim é possível se relacionar com os personagens e temas.
C0nsiderando que mesmo em São Paulo tínhamos gangues nos anos 80, pessoas como o Clemente escrevendo as primeiras letras do Restos de Nada aos quinze anos, da pra entender o efeito cultural desse livro.
O livro me impactou muito. Lembrava vagamente de Ana Terra e Capitão Rodrigo quando li na escola, mas agora lendo o primeiro tomo inteiro vejo o quanto se perde na leitura avulsa das “novelas”.
A história do punhal sendo passado por gerações, as frases passadas por gerações, as imagens do evento e a própria personalidade dos Terra se perde sem a leitura do Sobrado e da Fonte.
As histórias são incríveis e te deixam na ponta da cadeira de tensão, mas o que faz o livro incrível é sua relação com a história do Rio Grande do Sul. Não pude evitar de perguntar a todos os gaúchos que conheço suas histórias de família pra compor o mosaico de tantas histórias épicas que fazem parte do Continente.
Ao final do livro você vai conhecer os Terra e Cambará como vizinhos. História lindíssima.
Absolutamente imperativa a leitura!
Uma história que se estende por mais de meio século. Porém se engana quem descreve como um livro sobre um triângulo amoroso, Amor nos tempos do Cólera narra diversos e muitos relacionamentos, ilusões, desejos e acasos.
É inacreditável quão fascinante o autor navega pelo tempo, com cheiros, memórias e construções lindas. Especialmente como ele usa algumas imagens repetidas de jeitos diferentes: o cheiro da amêndoa que abre o livro é retomado pra falar do cor dos olhos de Fermina Daza e de novo retomado no local de encontro dos primeiros noivos e isso vai se repetindo; o mesmo acontece com o próprio cólera, as vezes como doença, como raiva ou como hipérbole.
Fico imaginando que poderia existir um livro paralelo só com todas as cartas trocadas. Pra um livro com tantas e tantas cartas, é até incrível não lermos nenhuma delas como leitor. Só demonstra a maestria do Gabriel Garcia Marquez.
Mórbido!
Já li muitos livros que lidam com a morte. Na verdade comecei meu interesse por literatura em leituras existencialista: Camus, Sartre, Graciliano Ramos, Hesse, foram meus primeiros contatos com angústia, luto, morte, suicídio e mais. Mas nenhum livro me impactou tanto em lidar com a morte como Pet Sematary. Morte crua, que não pede passagem, que mesmo os filósofos tem dificuldade de enfrentam.
Pra além da história de terror e fantasia, esse livro tem pelo menos 4 ou 5 histórias sobre morte. Algumas contadas como histórias dentro de histórias, outras como parte mais central do livro. Bichos de estimação, idosos, adolescentes, crianças, adultos, jovens. Todo o tipo de morte e diferentes formas de lidar com o luto. Achei fascinante e amedrontador a forma como me relacionei com alguns personagens durante o luto e como ninguém sabe lidar com isso.
O livro começa com uma nostalgia gostosa, simpática e aos poucos vai te levando pra um lugar de incômodo. Sei que o livro tem muito do toque pessoal (quase biográfico) de King, e isso trás esse sendo familiar. O livro tem seus problemas, é claro, com uns diálogos pouco verossimeis, mas não estragam o livro.
Terceira obra do Stephen King que leio e gostei bastante.
Como sempre nos livros do King a mistura de realidade e sobrenatural é o que mais me fascina. Mais da metade do livro é só focado na cabeça dos personagens, especialmente Jack e o alcoolismo e a luta com a sobriedade.
Foi uma leitura bem triste e desconfortável no começo justamente por isso. Ele vai te jogando pra mente complexa de Jack até você mesmo se questionar o quão perto de ser um Jack você está. Normalmente sempre leio a noite com copinho de bebida na mão, porém esse livro me deixou averso a bebida, pelo menos nas semanas em que lia ele.
Conforme os elementos sobrenaturais vão aparecendo eu já estava anestesiado pelo mal estar que o livro te deixa no começo. De qualquer forma é fascinante a escrita alucinante de King.
Asimov consegue te transpor pra uma realidade de forma única.
Um terço do livro é o autor criando a ambientação de um universo onde passear entre os séculos é como passear entre bairros. Só alguns podem fazer essa viagem e manter a realidade de cada século estável.
Sem descrições excessivas e sem exagero de technobabble o leitor vai se situando naquele ambiente. É como se Asimov assumisse que vocẽ já conhece aquele universo e relata o dia-a-dia dos personagens.
A segunda parte do livro manipula então essa ambientação. A realidade é torcida e tanto leitor como personagem são entregues a um novo ambiente.
Ambientação fenomenal merece um 4.5, talvez 5. Porém, o enredo principal achei pouco cativante. A recomendação ainda é clara, porém o trunfo do livro é te situar numa realidade e depois torcê-la.
O livro é muito horrorshow, ó meu irmão. Foi tipo um tolchock bem na gulliver.
Daqueles livros que devorei em poucos dias porque queria acabar logo com a sensação esquisita e mal estar que o livro trás. Não só pelas descrições e cenas horrorosas de violência. Mas todo o trabalho em primeira pessoa somado ao linguajar super estranho vai te deixando muito imerso com tudo.
Eu li o vigésimo primeiro capítulo, que é omitido em algumas versões parece. Eu gostei desse capítulo. A facilidade e indiferença que Alex sente com tudo que passou faz tudo que aconteceu antes ainda mais perturbador. Não é terapia de choque ou lobotomia que fez ele mudar, foi só porque ele não tava mais afim da violência. O que pra mim é bem sinistro.
Mais uma belíssima edição e publicação da Editora Tabla. O livro é composto de 6 cartas enviada por 6 personagens, todos árabes.
Cada carta remete a anterior, formando um belíssimo mosaico de perspectivas e historias. Moralismo, angústias, relacionamento, família, sexualidade, violência, crimes e fugas são retratados e deixam a leitura muito rica.
O livro é bom, mas o final estragou pra mim.
O que mais estava gostando é a descrição de Buenos Aires e toda a investigação é muito envolvente com personagens muito legais.
Tem alguns recursos que são repetitivos, mas não chegam estragar o restante do livro. Por exemplo, em mais de um diálogo, os personagens falam “isso não é um romance policial” como brincadeira, mas se torna um pouco repetitivo.
O final do livro, isso sim, estragou a experiência legal que estava com o livro. Achei desconectado com o restante do livro e deixou uma sensação amarga.
Pequenos capítulos sobre os mais variados assuntos, que na superfície parecem apenas um conjunto de fun facts. Porém se torna um texto muito rico com uma linguagem que dialóga com o leitor como se fosse um amigo conversando. Acredito que não é a toa que o livro começa com You'll never walk alone. Esse livro é um companheiro pós-pandemia muito gostoso de ler.
E não deixa de abordar temas muito importantes. A forma de lidar com mudanças climáticas, por exemplo, é precisa, divertida e humana. Seja falando sobre Pinguins de Madagascar ou ar-condicionado, John Green traz ao leitor uma reflexão sobre o tema com dados científicos ou factuais sobre os temas, mas a preocupação é trazer os assuntos para realidade e dia-a-dia. Pequenas frases no livro indicam essa humanidade como: “(...) o conceito já existia havia décadas, mas nós não existíamos havia décadas”, e são pequenas frases como essa que me fizeram conectar com esse companheiro-livro.
Minha recomendação é imediata, pois acredito que a longevidade desse livro não é tão grande, devido a proximidade que o texto tem com a pandemia e a vivência humana desse período. Talvez eu revisite este livro daqui uma década e me surpreenda com a atualidade, mas até lá dou para O Antropoceno 4 estrelas.
Para Antrop
Eu Sou a Lenda é um refresco nesse universo de fantasia, principalmente trazendo um olhar novo para vampirismo.
Tendo lido Drácula, que é recomendadíssimo antes deste livro, uma das coisas que mais me fascinou foi o aspecto “animal” dos vampiros. Temos que lembrar que o Drácula em si era fora da curva dos demais, ele era mais inteligente e mesmo assim, possuía uma mente infantil. Acredito que Matheson capturou muito bem esse aspecto que é muitas vezes negligenciado nas narrativas de vampiro.
Em compensação o autor trouxe os vampiros mais pro espectro de sci-fi, dando explicações lógicas pro vampiro que achei interessante, mesmo não me agradando muito.
A minha versão contava com uma introdução do Stephen King, não à toa, quem é familiarizado com o a escrita de King vai encontrar traços muito similares em Richard Matheson e vice-versa. Os temas, a fluidez da história, o final inesperado e até a bebedeira do protagonista.
Vale a leitura.
Johnny Green escreve de um jeito bem fluído e bacana de ler.
Sendo uma das primeiras bandas punks que cantava temas mais políticos, Clash sempre perdurou no meu imaginário e de muitas outras pessoas como esse conjunto sério e revolucionário, mas A Riot of Our Own está aí para desmascarar essa ideia. O que se lê é uma típica banda de rock'n'roll: drogas, revistas da polícia, confusões com produtoras ou fãs, brigas nos bastidores e hotéis vandalizados.
Para mim foi um prazer desmistificar a banda. O que melhor resume o The Clash nessa visão de Green é suas conversas com cada um dos integrantes:
“I chatted to Joe Strummer about politics, to Topper Headon about drugs, to Mick Jones music history and to Paul Simonon about art.”
Minha avaliação é para a tradução e edição.
Me envolvi com a leitura e as notas auxiliaram sem serem exageradas.
Sendo minha primeira leitura dos quatro evangelhos, o que notei de interessante sobre a obra foram as diferenças nos relatos e como cada evangelista tem uma abordagem. Em particular a passagem da prisão de Jesus na qual Simão Pedro decepa a orelha de um servo é muito diferente em cada relato.
Minha nota é mais sobre minha expectativa com o livro que a qualidade do mesmo. Eu estava muito empolgado e minha expectativa era bem alta pra ‘O problema dos Três corpos', mas não gostei.
O começo é empolgante, me lembrou muito ‘Os próprios Deuses' do Asimov com diferentes pontos de vistas em diferentes épocas do mundo entendendo os fenômenos físicos e extraterrestres que iam acontecendo. E logo o livro entra num sci-fi, muito legal e bem elaborado, mas bem denso.
Particularmente, o que eu gosto em ficção científica é a consequência de uma tecnologia/evento na sociedade ou as relações pessoais em um mundo diferente ou até livros mais baseados em personagens e emoções. Gosto de ver facetas da própria humanidade explorada por um prisma fantasioso. ‘O problema dos Três corpos' não tem nada disso e se apoia muito na brincadeira científica sem personagens muito marcantes. Com exceção de Ye que tem uma história mais elaborada e Da Shi que também é um personagem um pouco mais interessante, não marca. Quando o livro finalmente apresenta os ‘adventistas' e ‘redentistas' eu comecei a achar superficial e ver o livro como um livro de fantasia sobre invasão alienígena. O final do livro retomou um pouco do meu gosto quando o autor explora o ponto de vista Trisolar, mas não o suficiente pra eu querer ler a sequência.
Tem umas brincadeiras legais na prosa, misturando com documentos e investigações, mas nada muito fora do padrão. As explicações físicas foram bem honestas, mas não sei quão acessível é pra um público leigo.
Eu não recomendo se seu estilo de leitura é mais voltada para personagens e diálogos.
Incrível!
Eu não sei ao certo como cheguei nesse livro. Acredito que foram vários vídeos de “Top livros de fantasia”. Nenhum desse vídeos me preparou pro que seria esse livro.
Ele é um livro devagarzinho que trás muitas referências visuais e achei a leitura muito fluída e gostosa, mas pra um livro devagarzinho eu não esperava que algumas coisas aconteceriam tão rápidas. Pode se dizer que as coisas positivas do livro são bem digeridas e as ruins te pegam como se tivesse sido atropelado. E é um livro com muitas cenas tristes então no final de alguns trechos você pode se sentir exausto desse “atropelo”.
É o primeiro livro de uma trilogia de uma sequência de outras 4 trilogias. Eu imaginei que algumas pontas ficariam soltas, mas incrivelmente achei que ele se encerra muito bem. Consigo ler outro livro antes de ser “obrigado” a devorar o próximo volume, mas tem minha curiosidade pro que vai vir pela frente.
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————-SPOILERS—————-
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Eu ainda não entendi direito qual o grande problema pro Fitz de roubar algo do Rei. Tudo bem que é uma criança e ele estava todo confuso com a questão de lealdade, mas achei que a reação dele e do Chade foi muito pesada pra algo simples.
Regal é um vilão da Disney basicamente. Do primeiro momento que ele aparece ele é muito caricato e gostaria de ver um pouco mais das nuances do personagem dele, por enquanto ele é só um vilão bem padrãozinho.
Forging é a coisa que estou mais curioso pra ler mais sobre. Eu tive que reler o capítulo que eles recebem a carta dos reféns pra entender o que rolou.
Por último... Não leia isso perto do seu cachorro, você vai chorar.
Comparando com o primeiro livro eu daria a esse livro uma nota mais baixa. O livro é melhor que o primeiro na verdade, mas o primeiro tem um ar de novidade e excitação que este segundo não tem.
Enquanto o Assassin's Apprentice conta sobre um menino na primeira infância e adolescência, focando bastante na solidão, Royal Assassin conta o final da adolescência de Fitz e começo da vida adulta.
Jovem adulto que tem muitos amigos e está sempre rodeado por pessoas, chegando até compartilhar intimidade com outros, ainda assim ele se sente solitário. Isto ressoou bastante comigo, porque vivi essa experiência de se sentir assim.
O livro tem uma interpretação do Dilema do Porco-espinho muito parecido com Evangelion nesse sentido. Se aproximar das pessoas machuca elas e você mesmo e se afastar caímos na solidão. Achei as representações desse sentimento em Fitz muito dignas e compreensíveis e é muito bem expresso até na relação dele com a Skill. Que Verity fala pra ele que ele coloca uma guarda tão alta contra as pessoas ao redor dele que ele cria uma barreira contra a Skill. Mais a frente no livro Chade ainda confirma dizendo que ele nunca vai confiar em ninguém nem entender o quanto as pessoas se importam com ele.
Esse é o ponto alto de um livro bem tranquilo de ler, devagar no seu ritmo. As implicações políticas e as consequências desse livro são bem maiores que no título anterior o que me dá um senso de urgência em ler o próximo título. Apesar de não gostar tanto disso me sinto a vontade ainda em recomendar a trilogia até agora.
Minha maior implicações com o livro é a relação de Fitz com Molly. Apesar de fazer parte e ela ser o grande alvo do dilema do Porco-espinho citado, os diálogos entre os dois são bastante repetitivos.Quanto a Regal eu escrevi que no primeiro livro achei ele bem raso como personagem. Nesse livro isso não muda, apesar dos esquemas e intrigas dele serem mais complexas e misteriosas que no primeiro título. O destaque positivo vai pra Lady Patience igual no primeiro livro, junto com Burrich. Os dois cresceram muito como personagem e fiquei bem feliz. A rainha e o Fool não ficam pra trás.
Conheço a Patti Smith das músicas e ler ela foi bem diferente.
Tenho muito interesse pela filosofia situacionista e gostei dos temas do livro, mas não consegui aproveitar tanto porque me faltou muita referência.
O livro tem muita referência a obras, literatura francesa e Paris.
No geral gostei, mas preciso revisitar.
Incrível!
Esse é o quarto livro que leio do King, tirando uns contos, e é o melhor até agora. Sem enrolação, ele já começa com Paul atordoado na cama de sua “hospedeira” e logo no início da pra ver uma maturidade e complexidade na escrita que não vi nos demais títulos que li.
É muito bom o trabalho de Stephen King faz com as várias referências no livro, especialmente Mil e uma noites.
Um dos meus contos prediletos e muito representativo de Sherazade é sobre um feiticeiro que engana um vizir com um livro. O livro está em branco e envenenado e o vizir vai lambendo os dedos e passando as páginas procurando onde começa a história do livro e se envenena no processo. Esse conto é um ótimo retrato da essência de Mil e uma noites e “contar histórias para sobreviver” e sobre a ausência de história levar a morte. E Misery captura brilhantemente essa ideia, só que agora “escrever para sobreviver” ao invés de “contar”. O final do livro acaba da mesma forma, um livro em branco e uma máquina de escrever que não consegue escrever mais levando a morte de Annie.
Os paralelos com Mil e uma noites não se estendem só a referência direta a Sherazade, mas o livro também tem suas “histórias dentro das histórias”: O Retorno de Misery sendo o exemplo mais óbvio, mas também Carros Velozes e até a vida passada de Annie nos artigos de jornal. Além disso, a sede de Paul por continuar escrevendo e querendo ver o que acontece, até que finalmente a própria escrita substituí o vício, é a captura perfeita de Mil e uma noites como a trama sem fim, sempre haverá mais uma noite.
O fato de Annie ser uma assassina em série, quebrou um pouco a imersão para mim, e não achei necessário pra aumentar o terror que Paul já vivia.
O livro também diz muito sobre o próprio processo de escrita do autor, que ele mesmo já relatou que deixa a história fluir e não sabe muito a direção final dos livros. O que torna Misery um livro riquíssimo com muita metalinguagem.
Uma excelente leitura: quatro novelas, nenhuma delas envolve fantasia e todas muito bem construídas.
Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank: 4/5
É muito bom e muito parecido com o filme. O livro traça um pouco mais o personagem do Red em relação ao Dufresne, o filme é mais sobre a prisão como um todo e Dufresne. Nesse aspecto gosto mais do filme pois tem personagens secundários como o diretor da cadeira muito mais explorados. Ainda assim é um livro muito bem escrito do ponto de vista do Red.
Aluno inteligente: 5/5
A surpresa agradável do livro. Um garoto descobre que um nazi ex-SS e tenta extorqui-lo. A dinâmica entre o garoto e Dussander é excelente e cria um ar perturbador, tornando essa uma das obras de King que me deu mais desconforto e desgosto.
Os dois tem uma relação de dependência um para o outro que cria todo o clímax da novela, vale muito a leitura.
O Corpo: 5/5
Stand by Me é um dos meus filmes prediletos e essa novela não foi diferente. Igualmente emocionante, tocante e “relatable”. No filme as atuações carregam o filme, o livro é um pouco mais sutil, mas gostei muito como explora o personagem Gordie mais: os sonhos são mais elaborados e vemos a escrita dele evoluindo (com trechos dos contos e livros do personagem).
Muito emocionante e o filme figura como uma das melhores adaptações para mim.
O Método Respiratório: 3/5
A novela que menos gostei. Não chega a ser ruim, mas eu tive dificuldade grande em me relacionar com os personagens. Ainda assim tem coisas bem interessantes: começa com um conto-molde sobre um clube onde se contam histórias. Acredito que pelo contraste com as outras novelas que tinham personagens tão fortes: Red, Dufresne, Todd, Dussander, Chris, Gordie, Teddy, Vern. Essa novela perdeu muito o fôlego.
Sou aficionado por Star Trek e estava empolgado para ler esse livro. Nos primeiros contos fui fisgado pelas besteiras e pela narrativa, porém na metade do livro comecei achar cansativo.
Os contos individuais são legaizinhos e tem um humor infantil/adolescente que encaixa bem no universo. Porém, como os contos são inspirados numa série de TV (dos anos 60), muitos diálogos não se adequaram bem para linguagem escrita, isso deixou muito exaustiva a leitura.
Bem curtinho.
Excelente leitura sobre o a finitude do universo.
E o final foi uma surpresa sensacional.
Gostei muito, mas entendo quem não goste tanto.
O começo do livro é muito bom, com os diários do Jonathan Harker, mas perde muito o fôlego nas cartas da Mina e Lucy, quase desisti.
Só quando Van Helsing aparece que o livro retoma um ritmo legal.
Ainda assim, a quantidade de vezes que os personagens melhoram e pioram sem muita evolução pode tirar o interesse de muita gente.
Se Van Helsing não fosse tão misterioso, talvez a própria Lucy estaria viva. Personagem legal, mas não fala o que pensa e deixa tudo ambíguo.
O que mais gostei foi a representação da inteligência do Drácula como uma mente animal ou infantil. Baseada puramente no empirismo, sem uma inteligência humana “real”. Isso acaba sendo um contraste com a própria maneira que os heróis entendem a natureza do Drácula, que é compartilhando conhecimento via escrita.
Uma coisa que só caiu a ficha depois de um tempo foi o subtexto de violência sexual. Só quando Mina é violada que percebi isso. E tornou toda a obra ainda mais interessante.
Novela curta que inspirou o filme De Olhos Bem Fechados , do Kubrick. O filme tem um tom de terror muito maior, pela música, ambientação, etc. O livro é mais “erótico”, não sei é a palavra correta porque não tem exatamente cenas eróticas, mas o foco ainda é o desejo.
Escrita bem simples e direta, não tem muitos personagens e não explora muito nenhum além do casal, mas o enredo é bacana.
Esse é o segundo livro de John Scalzi que leio e o problema que tive com Red Shirts tive com Guerra do Velho também. Achava que em Red Shirts era um problema de adaptação de uma linguagem de televisão para livro (Red Shirts é inspirado em Star Trek), mas lendo Guerra do Velho percebi que minha questão é com a maneira que o autor escreve.
O livro parece bobo, é muito leve e não consegui levar muito a sério. A parte scifi não é muito explorada, o mundo e universo também não. Senti como um conjunto de conceitos e aliens jogados numa fantasia bem bobinha. Não sou muito fã de scifi militar e aliens muito exagerados, então acho que só não é pra mim esse livro. O começo é tão promissor, a própria frase de introdução ao livro é incrível, mas perde o fôlego rápido. As questões mais filosóficas que o livro podia propor ficam vazias nessa escrita muito leve, muito infantil.
Todas essas coisas seriam irrelevantes se tivesse uma história e personagens bons, mas não é o caso. Os personagens secundários são bem pobres.
É um tipo de ficção científica que me agrada muito: personagens e enredo prevalecendo sobre o rigor científico.
Numa análise criteriosa, muita coisas não fazem sentido, como que o Ulysse não percebeu as estrelas? Como que os macacos enviaram satélites pro espaço, mas são geocêntrico ainda? E muitas outras perguntas.
Mas pouco importa, pois tem bons personagens, diálogos e conceitos.
O final é um pouco decepcionante, mas em parte porque o filme é incrível e icônico. Preferi também o filme em relação a tecnologia dos macacos.