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Queria ler Lovercraft, porque ouço falar da genialidade dele desde sempre. Comecei por este, por ser um dos mais famosos e ser pequenino. Acho que comecei mal.
A premissa é extraordinária, mas a leitura é redundante e um círculo infinito de descrições detalhadas e suspense que nunca leva a lado nenhum.
Admito que a escrita é boa, mas demasiado descritiva. A premissa da história tem tudo: o mistério, o suspense, o desconhecido - e Lovecraft é famoso pelas suas histórias críticas -, a forma como o sobrenatural é deliberadamente vago.
Mas o plot? Muito pouco. Vi uma review a dizer que este livro parece mais uma tentativa de worldbuilding do que um conto propriamente dito, e tenho de concordar. Porque é 90% “nós fomos àquele sitio naquelas montanhas e vimos aquelas coisas e depois viemos embora” e 5% “coisas aconteceram”. Os outros 5% são “não quero falar sobre as coisas terríveis que vimos”. Ad infinitum. São páginas e páginas e páginas a falar sobre as montanhas, depois sobre os túneis, depois sobre as gravuras e a civilização que encontraram, e depois mais montanhas. Só descrições e descrições e descrições e muito pouco plot.
Portando, não posso dizer que adorei. Mas também não detestei. Quero ler outras coisas do autor, na esperança de encontrar aquilo por que Lovecraft é conhecido: terror imaterial e metafísico, de uma criatividade incomparável, psicológico. Mas este conto não foi a minha chávena de chá.