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Os edifícios em ruínas têm a capacidade extraordinária de nos contar histórias. E Portugal está cheio deles. O que se sabe destes lugares, de quem lá viveu, Dos boatos que o abandono foi alimentando? As histórias deste livro são precisamente Contadas pelos escombros. Revelam-nos, por exemplo, que muitos portugueses Ilustres e prósperos deixaram palacetes a apodrecer ao vento, como a quinta das Camélias ou o chalet do aviador Brito Paes, um dos pioneiros da nossa aviação, ou que temos teatros com plateias de fantasmas, como o Rosa Damasceno, porque a economia acabou com o espetáculo e a diversão. Mas estes testemunhos de um tempo que passou falam-nos também de gente bem mais simples, pouco dadas à excentricidade ou à cultura, como os condenados da Trafaria, os últimos aldeões de Drave ou os antigos funcionários de fábricas abandonadas pelo país fora. As ruínas são uma espécie de movimento de resistência, um entrave ao esquecimento e, em última instância, uma lição de vida sobre a necessidade de cuidar do passado.
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em Portugal, não existe palmo de terra que não tenha histórias para contar. Tão curto o território e tão extensa a história! José Hermano Saraiva
Sou fascinada por edifícios abandonados e/ou em ruínas e tenho sempre curiosidade pela sua história, em particular pela sua decadência. Segui durante algum tempo o trabalho de Gastão de Brito e Silva no seu blog Ruin'Arte , que gostava muito, e por vezes ainda lá regresso para tirar dúvidas em relação a certos sítios por onde passo.
Por tudo isto, tinha algumas expectativas com este “Esquecidos e Abandonados”, novos locais esquecidos, novas fotografias e com um pouco da sua história. Gostei de saber de alguns, principalmente os da A. M. Lisboa, até porque alguns fazem parte de diferentes momentos da minha vida: Paço Real de Caxias, Palácio Burnay, Palácio dos Condes de Povolide / Cervejaria Solmar, Convento da Cartuxa, Escola Secundária Afonso Domingues, Convento de São José de Ribamar, Conservatório Nacional, Restaurante Boa Viagem.
Quando terminei fiquei desiludida porque não consigo entender como é que um livro sobre este assunto, que é essencialmente visual, tem tão poucas fotografias e as que tem não honram os locais escolhidos.