Anne dos Cabelos Ruivos

Eu tive a sorte de ver uma série de animação com o mesmo nome que este livro quando tinha 11 ou 12 anos. Lembro-me de adorar a Ana, das histórias que ela vivia, das asneiras, do drama excessivo, do amor que ela tinha às pequenas coisas.
Foi por isso maravilhoso quando soube que essa série de animação que eu tanto amei era baseada num livro e mais ainda quando soube que a Civilização Editora tinha acabado de publicar a 1ª tradução para português deste clássico.
Assim que a Bertrand (esperei de Novembro a Fevereiro até receberem o livro na livraria. Porquê? Não sei.) me disse que já tinham o livro disponível, fui buscá-lo e comecei-o imediatamente. Oh e que maravilhoso que ele é! Foi como reencontrar uma velha amiga mas, mais do que isso, reencontrar uma parte de mim, aquela menininha que também fez asneiras, que sonhou alto, que ansiava pelo amanhã, nem sempre de uma forma positiva.
Anne é, ao contrário de outras meninas que lemos em clássicos, destemida, com um temperamento inflamável, desbocada q.b. e generosa. Adoro-a. É o típico livro que se lê para elevar o espírito e fazer-nos sentir melhor.

Adoro a história e amei a escrita. Dei por mim a ler o livro mais devagar só para não o terminar, o que é difícil porque são 368 págs de curtos capítulos de 3 a 4 páginas cada um, que se lêem num piscar de olhos. Desejo que todas as meninas tenham um dia a oportunidade de conhecerem a Anne dos Cabelos Ruivos.

Anne Shirley é uma órfã de 11 anos que é adoptada por engano por dois irmãos que queriam um rapaz para ajudar na quinta. Apesar de ainda tentarem resolverem a questão e devolverem-na ao orfanato, a verdade é que Anne conquista-os pelo seu espírito sonhador e a capacidade de falar ininterruptamente durante horas a fio. Anne fica então em Green Gables, um local onde dá rédeas soltas às suas fantasias, onde faz amigos e inimigos, onde pode crescer e sonhar.