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(DNF)
▪️ Nas primeiras duas paginas, não entendi o que se estava a passar. Num parágrafo a personagem está a ver-se ao espelho (e aqui, temos uma das formas de descrição mais preguiçosas e clichês da literatura: colocar o personagem em frente ao espelho e a dizer o que vê), no outro está sentada no café.
▪️ A escrita é rebuscada demais. É uma coisa tão típica da literatura portuguesa que nem surpreende. Para mim, há poucas coisas mais chatas do que palavrões onde podiam estar palavras simples, frases de 3 linhas que podiam ser 4 frases, e tentativas de lirismo forçado.
▪️ Os diálogos não são verosímeis de todo. As pessoas reais não falam assim na vida real. Quem é que usa a palavra “néscio” numa conversa casual? Quem é que diz “só para ver os jardins da cidade de que ela sempre gostou, responde-me, com tristeza, mas de forma firme, que já viu tudo”? Num diálogo? Os personagens falam como se fossem narradores.
▪️ O tempo verbal está constantemente a saltar. Ora a história está a ser narrada no presente, ora salta para o passado, ora volta ao presente no final da frase. Torna-se desconcertante.
▪️ Por fim, os personagens são estereótipos. Mas isso é a minha impressão do pouco que li. Talvez mais à frente eles se tornem mais interessantes.
▪️ Dou três estrelas porque é uma autora portuguesa e porque não é terrível. Mas a verdade é que ao fim de 10 páginas eu já sabia que não o ia conseguir acabar - e é livro que não chega às 150 páginas.
▪️ Queria ter conseguido ler mais, porque a premissa é interessante. Nunca tinha ouvido falar do livro e peguei nele precisamente pela sinopse. Mas por mais que uma história possa ser muito boa, se eu não sentir a leitura fluída, não consigo avançar.
▪️ Portanto, deixo 3 estrelas. Porque não acredito que, mesmo se o terminasse, lhe fosse dar mais que isso; e porque, precisamente por não o ter terminado, não seria justo dar menos que isso.