Quando passou da metade eu já tinha a nota formada na minha cabeça e o final foi muito bom, mas não o suficiente pra melhorar muito o que já tinha passado. Parece que os personagens estão o livro inteiro em uma cena só, um ciclo sem fim de guerra e magia que às vezes chega a ser sem sentido. Senti como se fosse um monte de adolescente - cada um querendo mostrar que é mais forte ou que “merece mais” as coisas que os outros. Gostei do livro, afinal terminei as mais de 400 páginas e não abandonei, mas sinto que esperava mais desenvolvimento principalmente por parte dos personagens. O final me deixou curioso pro que pode acontecer no terceiro livro, apesar de não ter ficado empolgado pra ler.
Sou fã de histórias de zumbi e é como se fossem zumbis mesmo, os corpos secos da história. É um livro curto com quatro histórias quase entrelaçadas também curtas, mas que apresenta conforme dá a “biologia” dos corpos secos, como está o cenário no Brasil, dá um panorama geral bem interessante da situação nos estados e regiões; deu muita vontade de ler ainda mais sobre os personagens.
Comecei uma das histórias sem dar muita bola, mas se tornou a mais frenética das quatro, enquanto outras mantiveram o ritmo ou tiveram reviravoltas inesperadas - acho que do jeito que aconteceria caso o cenário fosse na vida real. No final das contas queria ter mais páginas pra ler, mas também gosto de finais que deixam as coisas em aberto, então não foi um problema pra mim (apesar de querer algumas das respostas que ficaram no ar!!!). Gostei muito!
Acho que todo leitor tem os autores de quem quando você lê as histórias, sabe que vão te deixar confortável e com a sensação de coração aquecido. Parece que Murilo tá entrando nessa lista, depois de Eu amo Nicolas Yuri.
Li o livro em poucas horas e me deixou muito feliz, com a sensação boa de que foi uma ótima história pra ler nesse começo de ano. Desde Modo Aleatório já tinha lido a vibe musical nas histórias de Murilo - e foi muito forte aqui também, só que dessa vez com musicais, que não conheço muito, mas to me interessando cada vez mais.
É daqueles livros pra terminar de ler com um sorriso no rosto. Amei!
A história é simples de ser lida e muito rápida, misturando ficção com fatos históricos e personagens reais. Fala sobre a gripe espanhola e o também triste período dos anos 20 onde tanta gente morreu. Não tem como não pensar no momento que se vive hoje. Além de tudo, é bem escrito com frases que não deixam a história cair na lentidão. Gostei.
Achei que tinha dado tudo certo, deu tudo errado (com a resolução). Ótimo livro! Tem um ritmo meio lento o tempo inteiro, com as coisas sendo descobertas e mostradas bem aos poucos, mas o suspense não é deixado de lado - ao mesmo tempo que são explorados aspectos das vidas pessoais das personagens centrais. Depois de terminar a história, lembrando das passagens do livro, percebi que pode ser até um pouco óbvio para algumas pessoas o desfecho, mas achei bem satisfatório!
Foi meu primeiro livro do autor e achei uma boa leitura! Não me prendeu muito pelo menos até a metade da história; depois disso, senti que precisava correr pra terminar o quanto antes (pela possibilidade de deixar a leitura de lado).
Gosto da relação entre os personagens e a alternância de narrativas, toda a construção do texto e a expectativa para o que vai acontecendo aos poucos (porque o final todo mundo já sabe), mas acho que tô numa época que histórias adolescentes sobre a morte não me impactam tanto assim, por já ter lido outras coisas e me distanciar um pouco do gênero em alguns casos. Apesar disso, gostei do livro e me emocionei em alguns momentos.
Comecei a leitura gostando bastante da história, apesar de ser bem claro o que vai acontecer ao longo do livro, num contexto geral. Apesar do “vai e vem” da personagem, não achei cansativo ou monótono, até me interessei bastante pelos acontecimentos. Estava pronto pra dar uma nota maior ao livro, mas o final deixou a desejar na minha experiência - gosto de livros que deixam o leitor ser um pouco mais inteligente ou menos preguiçoso na hora de perceber a mensagem que o livro quer passar. Um dos capítulos do desfecho tornou minha experiência menos agradável do que eu esperava que poderia ser. Ainda assim, achei que foi um bom livro!
Bom demais ler livro bom, né?
Mais uma vez Vitor escreve uma história CHEIA de humor que vai te conquistando rapidamente e quando você percebe, está totalmente envolvido pelos personagens.
Eu sou bem apegado a várias coisas que estão na história então não deu certo deixar o sentimental de lado e tentar segurar as lágrimas em alguns momentos, o que me fez marcar a tabela de “derramei lágrimas em um livro que me fez dar gargalhada uma página antes” de novo.
Seguimos dando cinco estrelas por aqui.
Li pela segunda vez, na nova edição, e foi ainda melhor que a primeira leitura. Um quebra cabeças profundo sobre personagens enigmáticos e cheios de sentimento. Não lembrava que era um livro tão triste, com tanta delicadeza em muitas passagens.
Acredito que a reescrita de algumas partes só tenham melhorado a obra como um todo. Acho que não consegui aproveitar bem a leitura da primeira vez e sinto que agora pude ler com mais calma e mais atenção a trechos que antes me foram confusos. É um livro que merece ser muito lido. Conheçam a história de Madame Xanadu.
Adorei! Muito fofinhas as histórias, que têm a ideia de ser um romance dividido (inventei que a ideia era essa, mas me pareceu), quando são alguns contos ligados por algumas passagens de que os personagens se conhecem.
Não dei cinco estrelas porque achei que se tivesse um pouco mais de aprofundamento e equilíbrio entre as histórias (tive a impressão de algumas serem mais curtas que outras), com uma ligação que desse a impressão de “são vários núcleos mas é uma história só”, seria ainda mais interessante! Também fiquei esperando por um desfecho mais claro de algumas partes.
Falando assim, parece que não gostei, mas me diverti muito e me emocionei em outras partes. Apesar de ser um livro curto, aborda temas como amor próprio, identidade de gênero e auto aceitação de uma forma leve, e assuntos delicados sem pesar o clima das histórias. Já sou fã de algumas das autoras de outras histórias e gostei de conhecer um pouco da escrita de outras, mesmo sabendo que às vezes o gênero desse livro não seja o que elas escrevem frequentemente.
Recomendo muito a leitura para quem busca várias histórias fofinhas de amor entre jovens, com personagens divertidos que talvez mereciam ganhar mais destaque em histórias maiores, quem sabe!
Recentemente estive numa conversa sobre dar notas altas para muitos livros. Mas como eu posso não dar pelo menos 5 estrelas se o livro é bom desse tanto? Passei raiva sim, mas me encantei demais com essa história e com todas as características mágicas que ela traz. Que surpresa boa! Devia ter lido há mais tempo.
4,5 ⭐
N. K. Jemisin já consegue nos deixar com uma pulga atrás da orelha de curiosidade pelo que está sendo contado, mesmo sem muitas informações - que vão aparecendo aos poucos ao longo da história. Mais uma fantasia da autora que captou minha atenção e não consegui largar até terminar a leitura.
O sistema de personificação das cidades é muito bem elaborado, apesar de às vezes não conseguir visualizar tudo que provavelmente a autora quis passar para o leitor. Em muitos momentos esses elementos fantásticos ficam de lado para dar foco à vida dos personagens, ao seu dia a dia e, mais importante, às críticas feitas a uma sociedade que não perde a primeira oportunidade de poder destilar seu preconceito.
Achei fantástica a caracterização da vilã da história, que vai de encontro a muito do que se lê em outras histórias, que mostram pessoas negras, que às vezes podem não estar impecavelmente vestidas e normalmente representadas com expressões de raiva ou “de poucos amigos” - como personagens a serem evitados e, mais além, como pessoas que devem ser evitadas na vida real.
Além da aparência de história fantástica, Nós Somos a Cidade traz muitas reflexões que vão deixar o leitor reflexivo por algum tempo além do final da história. Muito bom!
Muito bom! Sou fã da escrita de Daniel Galera e aqui, apesar de o autor se valer de uma pegada voltada para a ficção científica para contar suas histórias, não deixa de lado em nenhuma delas o lado bastante humano dos personagens. Nos três textos também é muito presente uma característica que o autor já gosta de usar nas suas histórias, que é de tratar sobre relações familiares complexas e relacionamentos com reflexões profundas sobre o futuro, como no caso da primeira novela. A última publicação do autor tinha um clima pré-apocalíptico com todo o cenário ali dos anos 90 em Meia Noite e Vinte e é legal ver como aqui existe - não que seja totalmente - um clima pós-apocalíptico, em que o mundo sofreu muitas mudanças, que na verdade vão crescendo de uma história para outra, e a relação dos humanos com a natureza também se tornou mais profunda, como no entendimento mútuo que dá pra perceber em Bugônia, a terceira novela. Adorei a experiência de ler o livro, vou querer providenciar pra ter essa edição na minha estante junto com as outras e completar minha coleção.
Precisei favoritar essa leitura quando terminei! Diferente de Perdido em Marte, aqui temos uma história que, se minha mente não tá me enganando, achei mais profunda do que a primeira em questão de ficção científica no sentindo popularizado da palavra, com cenas inesperadas e ao mesmo tempo complexas.
Muitas explicações científicas, muitos termos que não são habituais ao público geral - a maior parte do tempo me senti em uma aula que misturava química, astrofísica, astronomia, física quântica e matemática e que, ao final, saía sem entender muita coisa - ainda assim, adorei me sentir assim!
O livro é muito bem escrito e os personagens são muito cativantes. Cheguei a chorar em alguns momentos e em outros me emocionar bastante, não vi como não sentir empatia pela situação que o personagem principal vive, mesmo sabendo que jamais viverei algo parecido. Só pude mergulhar nessa história e viajar com ele pelo universo descobrindo coisas que jamais poderia imaginar.
Fantástico, um dos melhores que li recentemente.
Adorei demais! Fui seguindo a leitura cada vez mais curioso pra saber como tudo ia terminar. Na reta final não teve como, tive que ler tudo sem pausas e fui enganado algumas vezes. Existem umas discussões psicológicas que não me atentei muito, não vou mentir, mas também peguei apenas e exclusivamente pra me divertir - e me diverti bastante. Ótimo livro! 4,5*
Mais um que você pode ler sem saber o autor e vai dizer “isso aqui tem cara da Murakami”, não apenas pelo toque de dúvida sobre coisas que acontecem ou sobre o passado dos personagens vir à tona depois de muitos anos fazendo o protagonista refletir sobre sua vida inteira, mas por fazer o leitor mergulhar dentro das personagens como poucos autores conseguem fazer.
A leitura é rápida, o texto não é cansativo e o livro é muito bem escrito. Gostar das pessoas que estão ali nas páginas é outra história. Não consegui gostar de Hajime mesmo que ele nos faça pensar também, muitas vezes, como ele. É um livro curto, então pode ser uma porta de entrada para o autor, se você tem interesse em começar alguma coisa dele. Ainda não superou Tsukuru Tazaki como o melhor, mas no final das contas eu achei bom.
A continuação de O príncipe cruel. Continuamos conhecendo o mundo das fadas com mais seres que sugem do nada e vão não sei pra onde. Aqui as coisas apenas EXISTEM e não existem grandes descrições pra te fazer compreender 100% o mundo mas a história acontecem. Tem um ritmo parecido com o primeiro mas achei um pouco mais lento no geral, mais parado apesar de rolar um monte de treta também. Acho que acabei dando 4 estrelas e quero o terceiro, porque não vou ficar com a história pela metade kk muita gente odeia, mas eu me divirto com pouco - quando tô disposto, e ainda recomendo.
Ultimamente tenho lido textos importantes e esse foi um deles. Aborda de maneira fluida e quase como em fluxo de pensamentos (junto a falas e situações) o dia a dia intercalado no presente, quando é parte de uma comissão que visa discutir a implementação de cotas raciais; e no passado de Federico, que nos faz perceber o racismo e refletir sobre como a sociedade se comporta com questões de colorismo, preconceito e desigualdade ao mesmo tempo em que vive situações delicadas que vão repercutir no presente, na vida da sua família. O livro aborda questões que possuem muita discussão mas que não são fáceis de serem resolvidas em uma época que o Brasil se via sob um governo que chegou ao poder de maneira díficil - pra se dizer o mínimo, com lembranças da ditadura e remete muitas vezes à questão “quem é a população negra brasileira?”.
A sinopse não tenho como dizer mais do que “duas mulheres viajando pelo tempo e trocando cartas enquanto uma guerra acontece”. Como essa guerra acontece? Não sei dizer. Como essas cartas são trocadas especificamente? Não sei dizer também. Mas sei que o sentimento delas era verdadeiro e apesar de eu ser meio coração de pedra averso a coisinhas bonitinhas reconheço que a relação entre elas é assim, mesmo sem se conhecerem pessoalmente no caos que é esse mundo do livro. Peguei pra ler em live e terminei no mesmo dia, de tão rapidinho. A dica que me deram e que eu repasso é: não tente entender o mundo nos seus detalhes, apenas se deixe ser levado pela história que no final tudo vai dar certo com a sua compreensão - na medida do possível. Muito bom!
É uma história de Poirot, mas não foi dessa vez que peguei um grande caso com muita participação dele. É uma história onde ele já está velhinho e acaba mais ajudando de longe enquanto a história acontece em outro país. Uma menina é chamada pra fazer um serviço na casa de uma senhora em um horário específico, mas quando chega lá tem um homem morto na sala e vários relógios espalhados com a mesma hora em todos eles. Só que o mistério é: ninguém sabe de quem é o corpo, a dona da casa (que é cega) não estava na hora da morte e não foi ela que chamou a menina.
Fiquei pensando com qual nota avaliar e decidi por 2,5. Não vi nada demais nessa história especificamente, mas já estou sabendo que fica mesmo aquém dos melhores livros da autora, tudo certo. Próximas leituras já estão por aqui, vou ver como serão as outras experiências.
Clarice é uma menina gorda que tem problemas de auto estima e precisa conviver em ambientes que não se sente bem - que são onde ela passa a vida toda basicamente: a escola e a casa. Em 40 páginas mais ou menos Thereza consegue mostrar um pedaço desse caminho de auto aceitação de Clarice e ela não vai passar por isso sozinha, tem umas pessoas que ajudam nesse processo. Apesar de ser uma história curta, achei muito real o sentimento que Thereza conseguiu passar no conto, acabei dando 5 estrelas.