“Terminei” o livro sem grandes emoções. Salvo três ou quatro contos (O gato preto, O poço e o pêndulo, Enterro prematuro...), não senti suspense ou terror nos outros que li - passaram “batidos”. Não sei se os contos do autor são sempre assim (porque sempre ouço falar maravilhas) ou se a seleção para esse livro não foi bacana - o que acredito que tenha acontecido. Já havia sido alertado de que não era uma ótima leitura, mas insisti em conhecer.
É denso, né? Imaginei que fosse algo do tipo, mas não me preparei o suficiente. História legal, mas a narrativa não me ajudou. Quase zero afinidade durante muitas partes da história. Conforme eu esperava e já havia lido, Destinos é uma história lenta. Fúrias é onde se concentram os quês e porquês em massa. Reconheço que é um grande livro, mas não estava bem preparado para esse tipo de leitura.
Bem tenso. Gostei da forma como a peça foi construída, com recortes de passagens e uma linha do tempo desconexa que vai e volta para fazer sentido. Não encontramos uma resposta clara para o desenrolar da vida das personagens, fica no ar e na interpretação de cada um, embora nem assim se tenha material suficiente para definir alguma coisa.
O dilema enfrentado vai além do que está “à mostra”, que seria a pedofilia, incluindo o discurso exaltado e manipulado que é propagado com as rede sociais; a obra deixa questionar a natureza das relações e comportamentos quando há crianças “no ambiente”, se há a confiança de serem inocentes certas atitudes dos adultos ou o que importa mais: o que aconteceu e não tem volta ou o que supostamente aconteceria em algum cenário possível.
2.5
Não conhecia o autor ainda. É como um filme de sessão da tarde que se propôs a ser uma comédia e consegue arrancar alguns sorrisos durante o processo. Tem uma carga dramática bem grande quez em alguns momentos, achei parada.
Não achei engraçado, mas é divertido na média, uma comédia meio reprimida. Acho que essa classificação nem existe, mas é a sensação que dá.
Não consegui me situar por muitas vezes, sem saber o que era sonho e o que era real, embora talvez tenha sido essa a intenção - sentir como se o nevoeiro da Vila fizesse parte da experiência de leitura. Apesar disso, quase todas as páginas tem alguma frase que permite reflexão e me peguei só concordando com muitas delas. Bom livro.
Eu gostei e não foi pouco. É difícil ler toda a situação pelas quais o povo desse livro passa e não pensar que alguma coisa (muitas coisas) poderiam ter sido diferentes. Começando com os absurdos do começo da história com relação ao preconceito, que infelizmente ainda existe E MUITO, e o pior: eu consigo entender as opiniões das personagens e as indecisões do Asher, principalmente. A todo momento, ao longo da curta história, dá pra refletir sobre um monte de coisa e acabou que me senti muito próximo da convivência das personagens. Me emocionei bastante e me indignei muito, também.
Marquei como lido, mas abandonei por volta dos 50% da leitura... Apesar de ter achado a ideia da história interessante, a narrativa foi um empecilho pra continuar. A leitura não fluía de jeito nenhum, com frases complexas, parágrafos longos, descrições que não encaixavam, não me prendeu.
Depois de ter lido A menina que roubava livros em meados de 2009, fiquei de olho nos outros livros de Markus Suzak para saber como o autor se sairia em outra história que não uma das que mais me chamou a atenção até hoje.
A garota que eu quero foi um achado que pude ler em e-pub e gostei. É o terceiro livro de uma sequência que não perde a essência se lida fora de ordem, como eu fiz, lendo primeiro esse. Conta a história voltada a Cam, um dos quatro irmãos Wolfe, dos quais três (os três homens) são retratados nos livros.
Cam é um rapaz solitário que vive sem amigos, a maior parte do tempo em seu quarto, quando não está na rua, em frente à casa da garota da qual gostava, esperando algo que não acontecerá novamente. Ele é o oposto de Rube, seu irmão mais novo, bonito, sempre metido em confusão e popular entre as garotas, as quais trata como se fossem descartáveis. Cam não aprova esse comportamento, mas aceita seu irmão como é não faz muitos comentários sobre o que pensa.
Um dia Rube conhece Octavia e Cam começa a perceber que ela é diferente das garotas superficiais com as quais o irmão sempre manteve contato. Depois de alguns dias Rube termina o relacionamento e inesperadamente Cam e Octavia começam um namoro sensível, bonito e despretensioso.
O livro é bem pequeno e a leitura é fluida. Trata de maneira delicada o fato do garoto meio que procurar um sentido para a vida, com quem se relacionar e o que esperar das pessoas à sua volta. É até possível que você conheça alguém que se pareça com as personagens. Para quem leu os outros pode ter visto mais significado na leitura, mas creio que eu não estava muito no clima e classifiquei o livro como mediano.
Resenha no blog Epigrafia Alternativa
Gostei mais do que o primeiro livro da autora! Ainda que não tenha sido meu favorito, consegui entrar na história com muito mais facilidade e até simpatizar com o protagonista - depois de passar por todas as barreiras que ele ia criando pela sua personalidade, mesmo. Se não me ajuda, não tenho como te ajudar!
É bom acompanhar a história do protagonista desde criança, assim como em O Homem de Giz e ver as consequências e desdobramentos que o que aconteceu lá atrás vai trazer pro presente dele tentando solucionar mistérios na cidade em que cresceu. Junto a isso vem um monte de gente babaca que fez parte da infância e que protagonizam umas cenas muito interessantes no livro (creepy alert!) - que inclusive é o que tem a ver com Annie, pra gente se situar no que aconteceu. Até o momento eu não descobri 100% o QUE ACONTECEU, mas é um bom livro.
Só preciso lembrar nas próximas leituras que em algum momento vai surgir uma coisa com um pezinho no sobrenatural pra não ficar procurando muita resposta no que pode ser que não tenha...
O livro é lindo e está com certeza na lista dos livros mais tristes que eu li recentemente. É uma história de um amor muito puro e verdadeiro entre esses dois homens que, apesar da vida acontecer e de não estarem mais juntos como gostariam, não deixam o sentimento morrer (não tem traição nem coisas ERRADAS, longe disso inclusive). Os diálogos podem parecer um pouco secos às vezes, mas são verdadeiros e principalmente nos pensamentos e atitudes dos personagens é possível perceber o que eles querem dizer ou onde querem estar. Gostaria de ter me envolvido mais na história desde o começo, mas comecei a leitura um pouco perdido, fui me encontrar na metade da primeira parte e já estava pertinho de começar a ladeira abaixo. Uma leitura muito prazerosa!
Nunca tinha lido nada parecido com Imersão, de Diogo Lara. Ganhei de presente de aniversário ano passado e ainda estava parado na estante, quando resolvi conhecer a história. Se você ainda não fez terapia ou nunca pensou na possibilidade, pode ser que comece depois dessa leitura. O livro vai tratar de problemas do cotidiano de cada pessoa, de autoconhecimento, inseguranças e autocrítica que muitas vezes nos fazemos, nos sabotando e deixando tudo isso afetar nossa autoestima.
O autor é médico psiquiatra, neurocientista e transforma a experiência de ler o livro em várias sessões com o próprio leitor, falando diretamente através de pequenas cartas que são “atividades” para os personagens participantes do evento. São textos que valem a pena ser lidos regularmente pra aprender mais sobre como o corpo funciona integrado à mente e como tentar trabalhar pontos específicos para cada um.
Uma leitura muito válida principalmente se você se interessa por assuntos da mente e do seu “eu”.
Uma história bonita e emocionante em muitos momentos, triste em muitos outros. Tem um pezinho na fantasia por causa da condição de sinestesia da protagonista, que vê cores em cheiros e sons, deixando a narrativa bonita e colorida. Em alguns momentos achei as reflexões demais e muitas partes arrastadas, mas não tirou o mérito da história. Inclusive o livro no geral é um pouco arrastado, mas é aquela coisa - tem o seu próprio ritmo. As coisas acontecem aos poucos (e acontecem muitas coisas!). Uma grande surpresa! Pode ser que eu amente a nota conforme for pensando no livro ao longo dos dias.
Achei a iniciativa de trazer o conto pro português excelente! Em determinado momento não ficou claro pra mim a questão espacial dos personagens nos lugares que são mostrados no conto, mas no geral tem um ótimo clima de Natal e de mostrar o que deveria ser o sentimento real de fim de ano. Muito bonitinho, deu vontade de ajudar os personagens e ver a relação boa entre eles deixou a experiência leve.
Amei! Com uma construção que eu não esperava - peguei sem saber nada da história - o livro me surpreendeu muito ao trazer esse thriller que é a vida (normalmente sem a saga de Sadie) de muitas pessoas - muitas crianças - que precisam de ajuda e é difícil de enxergar no dia a dia. Muito importante e, além de tudo, de fácil leitura e compreensão.
É o segundo livro do autor que leio. Antes desse, só tinha lido Jantar Secreto, que também é muito bom mas, apesar do tema CABULOSO, acho que fiquei um pouco mais atento à história de Suicidas. Em alguns momentos senti a leitura um pouquinho não tão (não sei a palavra)... desenvolvida talvez (em alguns diálogos)? Porém o livro como um todo é muito rápido de ser lido, o mistério que envolve a decisão dos jovens se reunirem pra brincar de roleta-russa está presente no livro todo, apesar de não ser aprofundado pra alguns deles.
É engraçado como a primeira reação que se tem (eu tenho, às vezes), é odiar o livro e odiar todos os personagens. Na verdade, odiar os personagens é uma constante kkkk mas todos ou quase todos têm atitudes estúpidas e são pessoas que não são facilmente gostáveis. Nesse grupinho de amigos especificamente, que existe MUITO na vida real, tem homofobia, gordofobia, preconceitos dos mais diversos tipos. E, voltado à história, outras COISAS ainda estão presentes, tipo tortura, estupro... acho legal ter o primeiro impacto de outras SURPRESAS então não vou comentar.
No final das contas, conforme a história ia se encaminhando pro final, imaginei o que poderia ter acontecido - acertei uma parte do final, não da maneira que eu pensei que seria, no final das contas. Apesar disso, ainda fiquei muito surpreso e adorei o livro, fiquei chocado com algumas coisas e surpreso com o que eu estava lendo mesmo sabendo que aquilo ia vir. Ia dar 4,5 estrelas, mas aqui não permite estrela quebrada, então vai 5 mesmo.
Uma maravilha de livro! Abordando saúde mental de uma maneira delicada mas incisiva ao mesmo tempo, relações familiares com várias camadas e um cenário cultural imenso, repleto de imagens que deixam a história muito rica! As coisas acontecem muito lentamente e o ritmo dos relacionamentos que vão surgindo é muito lento e sutil, o que me fez ir acompanhando tranquilamente o protagonista, de quem gostei muito - inclusive por me identificar de muitas formas na juventude. Adorei!
3,5 - No geral achei mais parado que o primeiro, mas ainda é legal conhecer mais do mundo e dos personagens. Acho que conhecer os novos personagens foi uma das melhores partes do livro, que teve momentos de euforia/tensão no começo e bem no final, então a maior parte foi dedicada a esses novos personagens que já tiveram papel importante e provável que ainda cresçam mais. Agora os protagonistas têm que dar uma melhoradinha viu kk
3,5*
Gostei da linha narrativa e do que o autor se propôs escrevendo a história. O desenvolvimento das personagens e o ritmo da leitura também são bons, mas não gostei de algumas escolhas quando à construção do texto. Algumas frases e escolhas de palavras deixaram diálogos um pouco truncados em alguns momentos, outros não. Poderia ser mais simples, que o resultado seria semelhante - até melhor. Não dei muita bola aos avisos e me senti mal em muitas partes, é pesado sim.
No geral gostei, mas claramente não é um livro que recomendo a todo mundo. Lembrando sempre que tem muitas cenas de violência, muitos gatilhos e temas como estupro, pedofilia e violência doméstica entre outros.
Fiquei em dúvida com relação as estrelas, mas é bom. Não gostei de alguns termos que foram usados no livro e não foram corrigidos ou “desditos” - podem ser tomados como corretos de serem ditos, com relação a pessoas no espectro do autismo, por alguns leitores isso pesou bastante na minha experiência de leitura, mas no geral gostei de como as histórias se intercalam e se ligam no fim, que pode ser um final sensível/emocionante para alguém, para mim foi tranquilo.
Clarice é uma menina gorda que tem problemas de auto estima e precisa conviver em ambientes que não se sente bem - que são onde ela passa a vida toda basicamente: a escola e a casa. Em 40 páginas mais ou menos Thereza consegue mostrar um pedaço desse caminho de auto aceitação de Clarice e ela não vai passar por isso sozinha, tem umas pessoas que ajudam nesse processo. Apesar de ser uma história curta, achei muito real o sentimento que Thereza conseguiu passar no conto, acabei dando 5 estrelas.
É uma história de Poirot, mas não foi dessa vez que peguei um grande caso com muita participação dele. É uma história onde ele já está velhinho e acaba mais ajudando de longe enquanto a história acontece em outro país. Uma menina é chamada pra fazer um serviço na casa de uma senhora em um horário específico, mas quando chega lá tem um homem morto na sala e vários relógios espalhados com a mesma hora em todos eles. Só que o mistério é: ninguém sabe de quem é o corpo, a dona da casa (que é cega) não estava na hora da morte e não foi ela que chamou a menina.
Fiquei pensando com qual nota avaliar e decidi por 2,5. Não vi nada demais nessa história especificamente, mas já estou sabendo que fica mesmo aquém dos melhores livros da autora, tudo certo. Próximas leituras já estão por aqui, vou ver como serão as outras experiências.
Ultimamente tenho lido textos importantes e esse foi um deles. Aborda de maneira fluida e quase como em fluxo de pensamentos (junto a falas e situações) o dia a dia intercalado no presente, quando é parte de uma comissão que visa discutir a implementação de cotas raciais; e no passado de Federico, que nos faz perceber o racismo e refletir sobre como a sociedade se comporta com questões de colorismo, preconceito e desigualdade ao mesmo tempo em que vive situações delicadas que vão repercutir no presente, na vida da sua família. O livro aborda questões que possuem muita discussão mas que não são fáceis de serem resolvidas em uma época que o Brasil se via sob um governo que chegou ao poder de maneira díficil - pra se dizer o mínimo, com lembranças da ditadura e remete muitas vezes à questão “quem é a população negra brasileira?”.