I had high hopes for this book, and Gods was I right. The Three-Body Problem is an amazing science fiction novel, and a marvelous introduction to Chinese hard sci-fi. It made me wish I were more of a science geek, so I could understand everything this book's about—even though Liu Cixin does explain everything in a very clear way, I couldn't help but want to have proper knowledge of everything. It's also the most interesting, fascinating story of alien invasion I've ever read, and you can bet I'll ready its sequels.
Also this, from the author's afterword:
“As a science fiction writer who began as a fan, I do not use my fiction as a disguised way to criticize the reality of the present. I feel that the greatest appeal of science fiction is the creation of numerous imaginary worlds outside of reality. I've always felt that the greatest and most beautiful stories in the history of humanity were not sung by wandering bards or written by playwrights and novelists, but told by science. The stories told by science are far more magnificent, grand, involved, profound, thrilling, strange, terrifying, mysterious, even emotional, compared to the stories told by literature.”
I'm kind of torn with this one. On one hand, it's beautiful, the prose is borderline poetic, and it features a queer, well-built relationship between two demigod soldiers; on the other, it's confusing at times, having me frequently wondering what was actually happening on a scene. There's not much of a plot either, and the climax is almost hushed—though I do understand it wasn't the focus. Overall, it was a strange read, both weird and marvelous. I added this book to my list of science fiction stories to read in 2017, but it's not much of one, not really: its SF touches are very subtle, present I believe when the biology and genetic of Gods are briefly commented.
Não sou acostumado a romances policiais, li pouquíssimos, e é o tipo de livro cuja leitura me enche de preguiça, por mais que tenha gostado das experiências; esta é a opinião de um leigo, portanto. Por sorte, o leigo aqui gostou bastante de Fuja logo e demore para voltar, esse livro de título maravilhoso que me tomou quase três meses. FINALMENTE, JOANA.
Acho que posso comentar, de cara, sobre como os personagens são cativantes, e é notável o cuidado da autora para nos apresentar cada um deles: o livro, inclusive, nos introduz primeiro aos secundários, para só depois focar nos principais. Isso me desarmou um pouco, confesso. Encontrei e me apeguei a personagens que, mais tarde, apesar de estarem no centro do mistério em si, apareceram pouco. Fui voltar a me envolver com a história já para lá da metade do livro, quando voltei a ler agora em janeiro. Mea culpa, sim, como sempre.
Breve reclamação: a solução do mistério foi repentina demais, pelo menos ao meu ver. Foi quase como se o Adamsberg tivesse algum poder de clarividência ou o que o valha. Não atrapalhou em nada a leitura, claro que não, e a coisa depois fluiu muito bem, mas ainda não engoli a parada com o anel de diamante no lago.
Maggot Moon is different from anything I've read before. I don't even know how to label it. Historical dystopia, maybe? I'm not sure ‘alternate history' does it, although it is an alternate history of some sort, set in an universe which took obvious inspiration from Nazi Germany and Orwell's 1984. It's a beautiful, touching story—as disturbing as it is moving, with compelling characters and unique prose.
Maybe because InterWorld wasn't written by Gaiman alone, but in a collaboration with Michael Reaves, I can't help feeling it would've been better executed as the animated something they wanted at first. This doesn't read like a Neil Gaiman novel. It's very YA-ish (middle grade, even?), and I can picture my younger self enjoying it very much, but I've read my fair share of Gaiman stuff over the years, and I felt let down by this one.
It is what it is: your average teen fantasy/sci-fi adventure story.
I don't think Ian McEwan is for me.* See, I didn't dislike this novel; I just found it so hard to relate to—anything, really. The situation, the characters, the sex... I don't know. And, again, it's not that I disliked any of that, I just didn't care about it. I didn't feel anything when the fetus tried to kill himself, I couldn't see myself caring if the characters were going to get caught or not. Maybe that's not the point of the book, but what is it, then?
It has a great premise, and the prose is beautiful—it's obvious that McEwan is a talented writer—, but is it enough? I don't know.
*I happened to read one of his other books in 2015. Here's my (very short) review.
O Alaor escreve pra caramba. Ele tem uma clara habilidade com as palavras. A narrativa é como uma bola de futebol, que vai pra onde ele quer que ela vá. Algumas passagens mais “poéticas” me deixaram verdadeiramente impressionado, e isso é muito bom. Além disso, a revisão foi muito bem realizada. Em livros autopublicados, é comum que encontremos problemas de revisão, resultado de uma falta de preocupação e/ou conhecimento, mas o texto do Alaor é enxuto, é competente, é bem-feito.
Eu gostei desse livro. Meaning, achei tudo muito bem escrito e não odiei os contos. Mas não amei os contos, também. Deles, eu queria ter gostado mais.
Bom.
Tenho três grandes problemas com Vênus acena de volta. Todos são mais ou menos pessoais, e é possível que outras pessoas pensem diferente de mim, mas enfim, estou aqui para dar a minha opinião, mesmo: (1) em primeiro lugar, fora, Temer fiquei um bocado incomodado com a quantidade de contos em primeira pessoa; como escritor, sei que, às vezes, é a forma que funciona melhor, mas acho que a coletânea teria um equilíbrio mais legal se tivesse variado um pouco nisso. A primeira pessoa é mais carregada de sentimentos e reflexões, principalmente em histórias mais adultas, e isso pode cansar. Quando são vários, todos sem relação aparente entre si, com personagens diferentes narrando a história, a leitura fica mais lenta. (2) Depois, em segundo lugar, fiquei com a impressão de que alguns dos contos não pareciam ser contos em si, mas sim cenas, esboços, pensamentos soltos. Não havia história, não havia evolução de personagem. I'm nitpicking, acho, mas esse é o tipo de coisa que só faz me deixar indiferente. (3) Por fim, praticamente tudo nesse livro é sobre relacionamentos amorosos e (heteros)sexuais. Deus e o mundo sabem como estou cansado de histórias com relacionamentos ht, mas achei que deveria pontuar. As descrições das mulheres, aliás, são bem marcadas por uma visão masculina, mas não me sinto no direito de me sentir incomodado ou não por isso — porque sou homem e porque conheço o autor, que é uma pessoa maravilhosa.Vênus acena de volta é um primeiro lançamento sólido, que traz o autor já com um estilo claro e promissor. Sei que o Alaor já publicou também um romance, que pretendo conferir em breve, e tem outras coisas na manga, então temos o que esperar. Só posso esperar que, quando ele ler esta resenha, minhas “críticas” possam ajudar em alguma coisa. Fui finalmente convencido da sexualidade do Alaor.
Este livro curtinho, com menos de 90 páginas, é um apanhado de posts do blog Lugar de mulher e, como o nome sugere, não foi escrito para mim. Lugar de mulher é onde ela quiser é composto por textos escritos por mulheres e para mulheres, mas isso não quer dizer que eu não possa tirar algum proveito dele. Se você é homem, a boa é aproveitar a leitura para pensar no que conhece sobre as mulheres à sua volta — e não só elas — e para repensar algumas atitudes. Tem até um tapa na cara especialmente pra você, no final.
Vale dizer que todos os textos são muito bons. Os textos da Ana Paula Barbi (ou Polly), principalmente, falaram e falam muito comigo, uma pessoa gorda.
São poucas as coisas que não me agradaram em Lobo de rua. Já me adianto e digo que este livro, curtinho como é, é o equivalente brasileiro de Entrevista com o vampiro, introduzindo o leitor a um gostinho do mundo perceptivelmente maior e mais fantástico do que o pouco que vemos em suas páginas — e agora eu só quero que a Jana escreva algo com vampiros, que são mencionados na história e, de longe, meus “monstros clássicos” preferidos.
Entre o que me incomodou, ficam a questão das ereções em lobisomens, o que faz com que eu me sinta meio pudico, mas é a vida, e, pontualmente, a cena em que o protagonista, Raul, fica ofendidíssimo com a insinuação de ter tido algo com um homem — sim, é realista; sim, é algo que acontece, mas é o tipo de coisa que me incomoda, mesmo.
De resto, Lobo de rua foi uma leitura mais mais que boa, me deixando muito curioso pelo que a Jana ainda vai fazer com a Galeria Creta.
A bit long, but surely worth the read, My Lady Jane is a wonderful novel with a most interesting concept; namely, an YA historical retelling with bits of fantasy and a lot of romance. It is a captivating read that brings the reader compelling characters, a fun plot, and a (what I think we could call) “magical system” that both makes sense and is as amusing as, say, Pullman's dæmons—I mean, I guess we all agree that being an Eðian would be almost as good as having a dæmon, don't we?
My favorite character was the main protagonist and title character, Jane, up until I realized Bess is THE Queen Elizabeth I of England, whom I love, so I felt obliged to change that. Jane is my favorite out of the three narrators, though; but rest assured that they're all great in their own ways—Edward has one of the most solid character arcs I've ever seen in YA novels, even though his love story with Gracie is highly extra. If you like History and fun, magical retellings, this is one you won't regret picking up.
Apesar do tamanho aparente, não temam: Hugo Cabret é bem curto e rápido, com muitas e bonitas ilustrações; encontrei-o por um acaso e li de uma vez em uma sala de espera. É uma história bonita. Tudo flui muito bem, e eu, que não sabia nada do livro até então, fui pego de surpresa pela temática e pela presença de um certo personagem. Ainda não vi o filme, mas pretendo corrigir isso em breve.
A louca da casa é, mais ou menos, uma autobiografia, mas não deixa de ser, também, um livro sobre a arte de escrever e sobre escritores. Nesse aspecto, ele se assemelha bastante ao meu querido Sobre a escrita, do King, embora seja absurdamente diferente em outros. Enquanto Stephen King criou uma obra indubitavelmente autobiográfica e, de certa forma, técnica, na qual fala da escrita como ferramenta, profissão e prática, Rosa Montero cria uma autobiografia fantasiosa, que pode ou não ser verdade — vide as três vezes em que narra o encontro com o misterioso M., todas diferentes entre si —, e fala da escrita como arte, como uma capacidade que vive dentro de cada ser humano, como uma necessidade, mesmo. Montero também discorre sobre vários autores consagrados, fala sobre suas vidas e obras, joga luz sobre aspectos menos populares de suas personalidades; ela fala de feminismo, fala de experiência, fala da vida. Estou apaixonado por este livro. Recomendo-o, sobretudo, a escritores, mas não hesite em lê-lo se surgir a oportunidade; alguma coisa dele vai ficar com você, tenho certeza.
Okay, this was kind of a drag. Wait, no, not in a bad way—though there's no good way of saying that, is there? It's just that... it was. Goldman's interruptions to the story are brilliant, very very interesting, but they also get in the way of the plot. A lot. From this angle, I must say that I really do prefer the movie adaptation—which is great; go watch that—, BUT there is no denying this structure is as important as the plot itself, if not more so, and thus I cannot say it was a bad book. It just wasn't an easy one to get through.
I kinda need a Westley Never Dies t-shirt now, to be honest.
CHALLENGE: try not to fall in love with 1987 Cary Elwes.
Eu acompanhei Trabalho honesto pela newsletter que o van Kampen começou em agosto, mas acabou que nem li nada; esperei que a novela estivesse completa pra poder sentar e ler por inteiro. Acho que fiz certo: não lido bem com cliffhangers.
— Samuel, já fez os paranauês na câmera de segurança? — perguntou Rhalfe.
— Sim, já coloquei o bypass no smart sec system, se é isso que você perguntou.
— Paranauê. — Rhalfe sorriu.
cyberpunk
ever
I'm not sure what I would've felt had I read it with no knowledge whatsoever of the story. Do yourself this favor, have this experience: if you don't know what Rosemary's Baby is about, read it. Just do. Before starting, I believe I knew all the main plot points; that is, I knew that there was this satanic cult, and I knew that they led the main character to have the son of Satan. It didn't spoil my experience per se—it really was a great one still—, but it did make the book a little predictable to me. It made it easy to second guess every character's actions or motives.
First of all, I think Rosemary is a great character. Being this a book from the 60s, I admit I was a little suspicious of how a female main character would be developed, but I think I have no complaints—even though she is helpless, surrounded by Satan worshipers as she was. Second, this is one of the most well-rounded horror books I have ever read—not that i have read many, but it is surprisingly well-rounded even so. I intend to see the movie adaptation soon, but I don't know about reading its sequel, Son of Rosemary—it most certainly didn't need a sequel; the ending is pretty perfect as it is.
As per usual, it was a fun read. I'm giving it an extra star for representation, and I hope I won't change my rating this time.
Alex Fierro is undoubtedly one of the best characters Rick Riordan has ever come up with, and although Magnus does still sound like an extra Percy Jackson, I was waiting for it this time, so I don't think it bothered me nearly as much. We also got to know more about Sam's family, including her husband-to-be, Amir Fadlan, who has brought to the story an interesting perspective (a common mortal getting to know the Nine Worlds) which I hope will play a bigger part in the sequel. Oh, yes—and Magnus had his hair cut, finally!
Sempre achei que as pessoas estivessem exagerando ao falar de nomes em livros russos, mas não. É mesmo um estranhamento completamente próprio. E eis que li Tolstói.
Foi um livro cinco estrelas — bom, portanto — mais ou menos até a reta final, momento em que o autor fez o Dickens e me surgiu com toda uma reflexão sobre como a vida de Ivan Ilitch havia sido vazia e sem sentido até então, como todas as boas memórias da vida adulta não eram verdadeiramente boas, e apenas as da infância eram puras e, logo, boas de verdade. E religião. No fim, eu fiquei com uma forte impressão de que A morte de Ivan Ilitch é meio que uma versão russa, não-natalina, atenuada e bem menos chata de A Christmas Carol. Eu posso dizer isso? Ok, perdão.
Bom, já fica claro aqui nessa novela que o Tolstói escreve a psique humana como ninguém. Chega a ser angustiante a descrição do que passa pela cabeça de um personagem à beira da morte. Para quem, como eu, ainda precisa criar coragem para enfrentar um Guerra e paz ou Anna Kariênina de cara, A morte de Ivan Ilitch é uma boa pedida — ou pra quem já leu os calhamaços, também, fica aqui a dica desse mais fininho.
Pensei em marcar esse aqui só como “read”, já que meu irmão leu antes de mim, sozinho (that was a first), mas quero manter as coisas organizadas por aqui. Foi uma leitura divertida; deve ser mais pra quem entende de Minecraft. Vi comentários sobre problemas de pontuação no texto original, mas estava tudo ok na tradução. O Arthur já me pediu o segundo — são onze livros!
É a segunda vez em 2016 que me deparo com um livro que eu gostaria de ter escrito. O primeiro foi Morangos mofados, do Caio Fernando Abreu, e, agora, o Daniel Galera me vem com esse tapa na cara chamado Meia-noite e vinte, que é, em sua maior parte e com algumas ressalvas, uma versão melhorada do livro que estou tentando escrever desde o ano passado — com o detalhe de que escrevo ficção científica, mas aí não é nada de mais.
O que mais me chamou a atenção em 0h20 foi o realismo dos personagens. Embora tenha ficado incomodado com o gay "não sou/curto afeminados e penso em sexo mais do que seria recomendado", devo admitir que o diálogo interno dele era completamente crível, e me pergunto o tanto de gente com quem o Galera conversou pra escrever este romance, que consegue ser, ao mesmo tempo, muito diferente de e muito semelhante a todos os outros dele — a assinatura do Galera está aqui, seus diálogos, seu jeito de conduzir as coisas; mas é algo que, estruturalmente, ele ainda não tinha feito, com vários protagonistas e POVs diferentes, incluindo o de um homem gay. Faz sentido, isso? Faz sentido pra mim. Em uma entrevista, o Galera disse que, antes de escrever 0h20, ele se perguntou se não seria o momento de escrever uma narrativa pós-apocalíptica, mas escreveu, em vez disso, uma pré-apocalíptica. Acho que isso define bem: pré-apocalíptico; um Zeitgeist pesadíssimo, a sensação de fim do mundo que paira por sobre todos nós desde o começo dos anos 2000 — ou desde sempre, para ser sincero.
Meus problemas com o livro foram pontuais, mas fortes. Basicamente, eu preferia que o personagem gay tivesse sido tratado de outra forma em basicamente tudo, incluindo o final; como eu disse, é tudo bastante realístico, mas acho que esse tipo de personagem faz mais mal do que bem pra imagem de qualquer homossexual. O final, principalmente, me deixou bastante balançado, e ainda não formei uma opinião concreta sobre ele. Fica uma estrela a menos como dúvida.
I didn't hate it, it's not a bad book; it's just... very basic and obvious IMO. It felt like I was reading something I would've been really thrilled about when I was a teenager—a monster manual aimed at curious, excitable nerds instead of writers. The “150+ plot ideas” were all very clichéd, and the way the author spent pages and pages describing a demon system that a reader might just ignore completely in their own story didn't do it for me.
The movie recs were pretty good, and the appendix bit seemed useful, but that was it.
Actual rating is 3.5 stars.
Where Am I Now? felt more like a series of autobiographic essays than a memoir per se. I like Mara Wilson, I follow her on Twitter and all, and thus I was super excited to read about her life—we tend to do that, don't we? We always want to know more about a stranger's life. Where Am I Now? was, in this aspect, more or less exactly what I expected. In this book, she tells us about her career, her family, her OCD, Robin Williams. I feel closer to Mara now, in a way, and I still like her very much, now both as an actress/pseudo-famous person and as a writer.
I was disappointed, though, that she did not mention her bisexuality, not even once, focusing instead on some of her heterosexual relationships. She evens calls herself a straight woman in some instances—which, of course, is what she believed she was at the time, but it felt weird all the same.
Quando comecei a ler A casa de vidro, eu não sabia o que, exatamente, esperar. Sabia que seria fantasia — e sabia que estava empolgadíssimo.
Na noveleta escrita por Anna Fagundes Martino, acompanhamos a história de uma mulher, Eleanor, e sua experiência com o jardineiro Sebastian, que parece exercer um estranho poder sobre as plantas da estufa. Com uma narrativa muito bonita, a história vai e volta no tempo, mostrando as consequências desse contato, incluindo o encontro de Eleanor com Stella, a filha nascida dessa relação.
A verdade é que, desde [b:As boas damas|31343951|As boas damas Uma novela de Sherlock Holmes|Clara Madrigano|https://d2arxad8u2l0g7.cloudfront.net/books/1470245016s/31343951.jpg|52019771], eu ando apaixonado por histórias de fadas e do fair folk, e A casa de vidro é um excelente exemplar dessas histórias. A autora e a Dame Blanche já começaram com o pé direito nesse maravilhoso presente para os fãs brasileiros de fantasia.