I took my time with this one.
Well, listen, Welcome to Night Vale is a podcast. Its main intent is not to be read, but listened to. It was expected that its transcript would be kind of slow and somewhat tiring. Do not expect to read Mostly Void, Partially Stars all at once, short as it may be.
Having said that, it's delightful. I love Night Vale. Loved the novel, love the podcast—granted, I don't have a healthy relationship with podcasts in general, but we're getting there. If you know and love WTNV already, this is the book for you: it's full of nostalgia, plus extra comments by the show's creators. If you don't—hey! this is your chance! I promise you won't regret it. It is a friendly desert community, after all, where the sun is hot, the moon is beautiful, and mysterious lights pass overhead while we all pretend to sleep.
This is, I believe, a little taste of what Hogwarts: A History can be if Rowling ever bothers to write it. I love Hogwarts, and I love knowing more about how it was made and how some of its pieces work.
It's funny to me how Rowling tells us that she destroyed all the time-turners exactly to prevent people from doing what she is doing right now in The Cursed Child.
I was hoping to find Draco's post in this one. I've already read it, yes, but it would be nice to see that Draco was included in one of these three — oh, but sure, let's add freaking Kettleburn, but not Draco.
Minerva's bit is beautiful, though. It's one of the few pieces from the “new Harry Potter stuff” that I actually, genuinely enjoy and love.
Talvez seja só comigo, mas o que mais me causa mais estranhamento nos contos do Poe são os desfechos. Não consigo nem classificá-los como bons ou ruins; são apenas um jeito todo próprio de wrap up as próprias histórias, com uma ou duas frases fatais que, frequentemente, trazem à tona a morbidez ou o aspecto “de horror” que dá o tom do conto. Podemos ver isso muito bem nas linhas finais de Deus (Revelação magnética), o último conto do livro, que, até então, havia apresentado um texto bem mais filosófico do que de terror: "Fiquei pensando: 'Será que o hipnotizado, na última parte de nosso diálogo, não teria se dirigido a mim lá do fundo das regiões das sombras?'"
Esta edição da Nova Fronteira/Saraiva de Bolso traz uma “tradução e adaptação” de Clarice Lispector. Nunca sei o que, nesses casos, querem dizer com “adaptação”, mas, por via das dúvidas, meu próximo encontro com o sr. Edgar será em inglês.
Essa foi minha segunda releitura d'O Guia; a terceira vez que li, portanto. A última havia sido em... 2010. Uau. Enfim, depois de uma vida toda, aparentemente, eu me sentei para reler O Guia do Mochileiro das Galáxias, e como foi bom reencontrar essa história, you folks! Tudo, tudo, desde os personagens — menos o Zaphod — até as piadas mais bobas, me fez rir e me sentir nostálgico. Fiquei com saudade até do filme (!), e já me pus pra (re)ver a série de 1981.
Para quem não conhece, O Guia do Mochileiro das Galáxias conta a história de Arthur Dent, um terráqueo que se vê viajando pelo universo depois que a Terra é destruída — ou talvez conte a história d'O Guia do Mochileiro das Galáxias, a mais extraordinária enciclopédia já publicada pelas grandes editoras de Ursa Menor — ou pode ser que conte a história das criaturas mais inteligentes do planeta Terra, os ratos, e seu grande plano para descobrir a pergunta fundamental sobre a vida, o universo e tudo mais, cuja resposta é 42 — vocês entenderam. Assim, com uma ideia maravilhosa e sacadas geniais, O Guia é tanto um clássico como uma pérola (?) da literatura; um ícone da comédia e da ficção científica. Afirmo que vale uma boa leitura, e vale cada releitura depois disso. If I'm lucky, minha próxima pode ser na edição maravilhosa da Folio Society, quem sabe?
Menção honrosa:
Não sei se estou pronto pra dar uma opinião definitiva sobre Azul quase transparente. Esse me parece o tipo de livro que merece ser relido algumas vezes pra ser compreendido do jeito que deveria ser. Eu consigo entender por que ele ganhou o prêmio Akutagawa, e a escrita — pelo menos o (provavelmente pouco) que pude captar da escrita do autor nessa tradução da tradução americana — é muito, muito boa. As cinco estrelas são mais ou menos objetivas. Me reservo o direito de mudar a nota depois de possíveis releituras.
Com esse título maravilhoso, As águas-vivas não sabem de si conta a história de Corina, uma mergulhadora que se encontra em uma expedição inédita cujo objetivo é encontrar vida inteligente no fundo do oceano, mas o livro fala sobre muito mais do que isso. Com personagens carismáticos e uma escrita fascinante, Aline Valek nos apresenta um romance sobre vida, sobre solidão e, principalmente, ao meu ver, sobre a experiência humana no planeta Terra — sobre nossa insignificância em relação aos infinitos que nos cercam.
Não é uma leitura rápida, apesar do livro não ser tão longo assim, e os capítulos com o POV dos animais marinhos, ainda que muito bem escritos, pesam um pouco no ritmo da história. Cada momento com águas-vivas vale a pena, mas é bom saber que a leitura não será feita em uma sentada só.
Muito bom. Não esperava, na verdade, gostar tanto de Comba Malina quanto gostei, então foi uma surpresa muito bem-vinda. Penso que, se publicado hoje em dia, esse livro não traria nada de revolucionário para a FC, então até posso entender como alguém poderia achar os contos de CM simples demais ou qualquer coisa que o valha, a julgar pelas outras notas aqui no GR (não... na verdade, não entendo), mas vamos nos lembrar de que Dinah Silveira de Queiroz foi uma autora que escreveu ficção científica digna de qualquer grande nome do gênero no Brasil dos anos 60.
Citando a excelente resenha d'O Baú da FC, “Dinah Silveira de Queiroz escreveu FC como gente grande e para gente grande.”
Borges chamou A invenção de Morel de perfeito. Vou ficar com bom. Acho que esperava uma ficção científica mais descarada, com robôs ou extraterrestres, então acabei me desapontando um pouco, ainda que inteiramente por culpa minha. Outra coisa que me chateou um pouco, também, foi o interesse romântico do protagonista por Faustine. Dava pra passar sem essa. Fora isso, uma história boa, bem escrita, com uma temática ainda bastante atual, como de praxe em FC.
Não queria comparar livro com filme, mas acho que é inevitável, no caso de Hellraiser. Clive Barker escreveu a novela e dirigiu a adaptação, criando, no processo, duas obras que são, ao mesmo tempo, muito semelhantes e muito diferentes. Acho que gostei mais do filme, no geral, mas pode ser simplesmente porque assisti antes de ler, então a adaptação foi meu contato inicial. Lembro de ter ficado maravilhado, tudo com um visual muito impressionante ainda em 2015. Lembro de a dinâmica entre os personagens funcionar melhor no filme, também, com a relação de pai e filha entre Rory/Larry e Kirsty funcionando muito melhor do que a de crush platônico; pra mim, os personagens do livro pareceram bem mais planos.
Ainda assim, gostei bastante da leitura. Fiquei interessado em ler mais do Clive Barker, e preciso também ver os outros filmes da franquia. Vale comentar, por fim, que essa edição da DarkSide Books está a coisa mais linda, a compra vale a pena, nem que seja só por ela.
I'm frustrated! Frustrated, I say! It took me exactly one entire month to finish this book, and I didn't like it as much as I expected to. In fact, I would be giving it 2 stars if it weren't for the last two stories. Two stars. Neil Gaiman. Two. Stars. See? Frustrated.
I've had lots of people telling me how hit-or-miss Gaiman can be, how his stories' formula starts to get old after a while, but I didn't quite believe that. I mean I hadn't seen this in Neil Gaiman at all—until now. See, it's not that S&M's stories are bad, they're just... weak. Meh. So so. Wishy-washy. Come on, it's Neil fucking Gaiman we're talking about, I sure as Hell expected more than wishy-washy. Also, I'm not sure that I got them? Maybe I'm being paranoid, but the point went way over my head in some.
The two very last stories saved it for me: Murder Mysteries, and Snow, Glass, Apples. Snow, Glass, Apples was, in fact, the reason I picked S&M up, to begin with—and I was terrified it would suck. It didn't. I'm happy.
Ai.
Azeitona tem uma premissa legal, tem uma capa bonita, tem um autor youtuber com um canal muito criativo (e aqui estou supondo que o próprio Bruno tenha escrito o livro; se rolou um escândalo de ghostwriting depois da review, eu ainda não sabia)... enfim, tinha tudo pra ser 10. Mas não foi. Por quê? Vou tentar explicar logo abaixo, vem comigo (?).
A história é a de dois adolescentes que resolvem mentir para participar de uma versão brasileira do 16 and Pregnant — como eu disse, uma premissa bem bacana —, mas todo o plano sai do controle dos dois — e do autor — quando mil reviravoltas acontecem. Sério, da metade do livro pra frente são só reviravoltas, e nem todas têm a ver com a história principal em si. Quem liga pra criança que desapareceu do nada e só tava escondida em cima de uma árvore, gente?! Foco, por favor. Os problemas aparecem do nada e são resolvidos com uma facilidade absurda, quase que por um acaso, assim, dando a impressão de que só estão ali pra aumentar o tamanho do livro. Sabe aqueles livros fininhos, estilo Coleção Vaga-Lume, em que uma coisa parece se resolver rápido demais pro livro não ficar muito longo? Azeitona passa essa mesma vibe, com a diferença de que, aqui, mil coisas acontecem e fazem com que o livro se estenda por 350 páginas.
Outros comentários rápidos: o protagonista é parecido demais com o que o próprio Bubarim passa pra gente nos vídeos; nenhum personagem é exatamente carismático ou relatable; faltou uma boa revisão final pra “polir” o texto de algumas coisinhas bobas, como falta de travessão, vírgulas etc.
Pra um primeiro livro, não está exatamente horrível, mas poderia ter sido tão melhor...
Fico mesmo na torcida por uma melhora nos próximos livros. Gosto muito do Bubarim COMO PESSOA (a gente sempre acha que conhece intimamente os youtubers que assiste, vai) e só desejo sucesso pra ele.
Eu muito provavelmente estou velho demais pra esse aqui. Esperava meio que um Stephen King pra crianças, mas consegui ficar desapontado. A escrita é bem mais simples do que eu imaginava (mais simples do que a de vários dos livros que leio com meu irmão), e a história é cheesy ao extremo. Não devo continuar a série.
I'm not exactly sure how I should react to this, how I should feel about it. I think that overall I'm just happy I knew the whole story beforehand, because it sure saved me a lot of disappointment. Gods, this play is definitely not good. Don't get me wrong, I haven't seen it live, and I bet the cast is really great and all, but... really? This plot? Time travel? Voldemort's daughter? Come on. It feels like a bad Disney sequel.
Having said that, well—
Is it awful? Y-yeah, kinda... but—I love Draco and Scorpius Malfoy so much, though; I'm not even mad I read it. Fine, I did get mad at first. When I first read the spoilers, I was angry and—I don't know—Harry Potter was (IS) a huge part of my life, and I felt wronged. Can you blame me? Read this book—no, read it. Then answer: can you blame me? I bet you can't.
Reading the script now, ages (one month? I think) after getting to know its whole story on the internet, is... eh? What to do? I was hoping it wouldn't be true; it is. It exists, it's out, I can't do one thing about it, and that's that. Draco and Scorpius both have some great scenes, and they made me happy. Albus is a sweetheart. I can't say it was a bad read. It's... okay now. It's bad fanfic, and I'm never going to accept it as my HP canon, but I'm trying to keep it positive here.
Tento não dar nota pra livros de poesia, mas esse aqui foi bastante bom. O último livro do Thiago, se me lembro bem, me deixou com um sentimento meio agridoce — bom, mas agridoce; preciso reler. Já Canções para o fim do mundo foi, num todo, ao meu ver, bem genial. Mas o que eu sei?
imagine agorasó existem no mundocanções e caixasde fósforo
I hate doing this, but my actual grade here is 4.5 stars. Sorry.
Well, first of all, I love Diana Wynne Jones. I loved her already from her Chrestomanci books, which I read as a kid, and I love her now even more. Howl's Moving Castle is as fun and well written as I expected it to be, and the worldbuilding is simple and effective in a way that many authors can't manage to do nowadays. Jones's characters are very much alive, and I love how each is different from the others, how the story gets to develop their personalities without overexposing them. Also, uh, yes, I re-fell in love with Howl Jenkins. No, I couldn't help myself. Yeah, stop. Stop judging me.
I freaking love this scene so much, and I was so so happy it was in the book.
As most of this generation, I think, I saw the animation first. It didn't bother me much at the beginning, but I developed a... curious sensation as I approached the ending of the story. I don't think I can explain it properly, but I feel like the book and the film complement each other in a way that I haven't really seen written work complement adaptation, like, ever? It's weird, even. This is, of course, my opinion, and you are well entitled to feel differently, but I find it funny that the characters are best developed in the novel, while their film counterparts are more charismatic and easier to relate to; the novel's plot is more complete, it has a “bigger” feeling to it, but the film's is more... consistent. Does it make sense? I don't know.
Anyway, read it, love it. Diana Wynne Jones was a genius and deserves each and every praise she gets.
Fiquei com medo de dar três estrelas pra esse livro porque... bom, três estrelas são quase um TABU por aqui. Mas, fazer o quê, três estrelas são o que eu sinto por toda As aventuras de Prydain: histórias legais, muito divertidas, gostosas de ler, mas só. Não têm, pra mim, nada de mais, não mudaram minha vida — bom, o filme mudou, in a way, mas aí é assunto pra outra conversa — e não busco nada além disso, mesmo.* Sento pra ler, acabo rápido, me divirto, fim. Amo. A história, inclusive, às vezes passa tão batida que parece que estou lendo uma adaptação de algo maior. Well.
Em O castelo de Llyr, a única coisa que me decepcionou um pouquinho foi que eu queria ter visto mais da Eilonwy, minha princesa Disney** tagarela favorita. Quando vi o título, pensei que o foco seria ela — e é, de certa forma, mas não do jeito que eu gostaria. A princesa passa 90% do livro sequestrada/desaparecida, então... meh. Segue em frente, tem outras princesas. Ah, talvez seja válido comentar que fiquei um pouco confuso, no começo, porque não me lembro/ava de quase nada dos dois primeiros livros, mas dá pegar rápido no ritmo e se acostumar logo. Preciso parar de criar hiatos tão grandes entre livros de uma mesma série.
Um salve pra tradutora, aliás; a tradução tá 10, mesmo sendo formal demais em certos pontos.
* Não que você não possa dar CINCO ESTRELAS pra um livro bobo que você ama, mas TRÊS ESTRELAS SÃO UMA COISA BOA TAMBÉM.
** LINDA PRINCESA QUE QUASE FALIU A EMPRESA:
Foi uma releitura bem prazerosa, visto que eu não me lembrava muito da primeira vez que li. É claro que ajuda bastante esta ser uma história bem curta; acho que vamos preferindo leituras mais rápidas com o passar do tempo, ou então ando preguiçoso demais para leituras, um dos dois.
Todos já conhecem a história: sem maiores explicações, Gregor Samsa se encontra transformado em um inseto e isso se torna meio que uma crise familiar. Não sei bem se, da primeira vez, consegui entender toda a complexidade das relações familiares, mas agora foi bem mais fácil — as notas de rodapé da edição da Folha me ajudaram bastante, ainda que a tradução em si, feita por um brasileiro, fosse... portuguesa demais pra mim. Várias leituras podem se fazer disso, mas acho que me foquei em duas principais, uma focada na família e outra focada no próprio Gregor. Chega a ser engraçado ver, no fim, com a morte do protagonista, como as coisas se resolvem facilmente.
Acabei de perceber, assim, como informação extra, que temos um Gregor e uma Sansa em Game of Thrones. Estamos de olho, Jorge.
Ah, nice! Foi uma leitura bem mais agradável do que minha última experiência com o autor, Neon Azul, que não foi ruim em si, mas foi bastante estranha e me deixou meio... incômodo. A sombra no sol é, ao contrário do que eu esperava, uma história mais linear, mais fácil de digerir. Peguei o livro esperanto uma coletânea de contos, por algum motivo, mas está bem mais próximo de um romance, com um protagonista e temas que me agradaram muito — em certo ponto, inclusive, cheguei a rir, pois o Ícaro é muito, muito parecido com o protagonista de uma das minhas histórias, algo que vou ter que ajeitar, provavelmente.
Este é o livro que eu esperava do Eric Novello, tão elogiado por todos, e é o que me deixou (mais uma vez) empolgado para ler o famoso Exorcismos, amores e uma dose de blues.
Foi um livro legal. Eu não esperava muito mais do que isso, na verdade, porque já tinha conversado com outras pessoas que tinham lido Over the Rainbow antes, então foi bem o que achei que seria, mesmo. Como os contos são de autores diferentes e bastante distintos entre si, estou dando uma nota que é meio que a uma média geral, mas vale deixar um grande destaque pro conto da Lorelay Fox, “A ressurreição de Júlia”, que foi tudo o que eu queria ler num livro desses e foi o que fez com que OtR valesse a pena de verdade.
Um comentário sobre a organização do livro: queria que tivessem pegado autores mais diversos pra compôr a coletânea. Temos uma única autora mulher, lésbica, entre cinco autores no total — Lorelay é drag queen, não trans; homem gay, portanto. E, com cinco histórias, daria para ter feito, pelo menos, um conto para cada uma das letras da sigla LGBT, mais um extra — não tem 01 conto com personagens bissexuais, por exemplo. Além disso, Lorelay é a única que parece ter uma preocupação real e óbvia em fugir dos padrões.
O Vitor Martins fez uma resenha bem legal do livro, com a qual concordo em gênero, número e grau.
Eu... gostei desse livro.
Três estrelas, pra mim, são um “ah, legal”, e foi mais ou menos isso o que Samba foi. O problema é que eu esperava que esse livro me emocionasse bem mais — acho que a intenção da autora era essa, também —, mas acabei por ficar com aquela sensação de filme tocante-porém-esquecível de Hollywood (Anjo de vidro, O solista etc).
Falando em filme, o trailer me diz que a adaptação é bem diferente: https://www.youtube.com/watch?v=-tqzwbjy0WQ
Minha experiência com Poe era bem pouca. Sim, pois é. Acho que consertei isso... um pouco. E que bom que consertei! Gostei bastante do livro, de verdade. Só não leva cinco estrelas por causa do último conto, o conto-título/maior conto do livro, que achei um saco, mas o problema pode ser inteiramente meu (não costumo gostar tanto de histórias de investigação e detetives e afins e o Dupin não cala a boca, pelo amor de deus).