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Ismail Kadaré nasceu em Gjirokastër na Albânia. Presenciou a devastação do seu país durante a Segunda Guerra Mundial, experiência que deixou marcas tanto na sua vida como na sua obra.
Estudou História e Filologia na Universidade de Tirana e no Instituto Gorky de Literatura em Moscovo. Depois de sofrer ameaças do regime comunista albanês, exilou-se em França em Outubro de 1990, antes do regime colapsar, onde vive até hoje.
Recebeu alguns prémios literários, e foi nomeado, mais do que uma vez, para o Prémio Nobel da Literatura, onde quase sempre aparece na lista de favoritos.
Durante a Segunda Guerra Mundial a Albânia é invadida pelas tropas nazis (anteriormente tinha sido ocupada pelos fascistas italianos). Em Setembro de 1943 chegam a Gjirokastër onde moram dois médicos, Gurameto,o Grande e o Gurameto,o Pequeno. A comandar as tropas alemãs está o Coronel Fritz von Schwabe ex-colega de faculdade de Gurameto, o Grande. Devido a um antigo código de honra albanês – Bessa- Gurameto, o Grande vê-se obrigado a oferecer um jantar ao comandante.
Este jantar dá origem a uma série de boatos e conjecturas, ninguém sabe o que aconteceu durante o jantar, para uns Gurameto, o Grande era um traidor, para outros um patriota. Entretanto acaba a Segunda Guerra Mundial e entramos no regime comunista, e os heróis viram vilões e vice-versa. A paranoia persegue os Gurameto que ao longo da história vão deparar-se com conspiradores, loucos, torturadores etc. À medida que nos aproximamos do fim a história fica mais sombria, e chega mesmo a ter toques de terror.
Por vezes senti-me num filme de Lynch, onde o absurdo espreita a qualquer momento.
Foi uma leitura interessante, mas estranha. Não sei se foi devido à tradução, o que aliás me leva a uma pergunta:
Não há neste rectângulo à beira-mar plantado alguém que traduza directamente do albanês?!!,
ou ao estilo do texto do autor.
Houve algumas coisas que me confundiram e tive alguma dificuldade em encontrar referências online para alguns dos eventos descritos. Enfim, não foi com esta leitura que fiquei a saber muito mais da Albânia.
Gjirokastër, ou Cidade das Pedras, é Património Mundial da Unesco.
22/198 - Albânia