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São fragmentos de um diário pessoal que registam experiências e pensamentos do quotidiano, oferecendo um vislumbre íntimo e genuíno da vida de alguém.
É notável como, no meio das nossas vidas agitadas e repletas de compromissos, é fácil negligenciar a beleza e o significado que podem ser encontrados na simplicidade do dia-a-dia.
Esses fragmentos diarísticos convidam-nos a parar e a reflectir sobre momentos que, à primeira vista, podem parecer comuns, mas que, quando observados com atenção, revelam uma riqueza de detalhes e emoções.
A banalidade dos dias muitas vezes é composta por actividades comuns, como preparar o pequeno-almoço, enfrentar o trânsito ou realizar tarefas domésticas. No entanto, é importante reconhecer que é nestes momentos que a maioria da nossa vida acontece.
A escrita é maravilhosa, envolve-nos numa teia de palavras que nos cativa desde a primeira página.
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(...) estive a conversar com uma daquelas criaturas maçadoras que nada dizem e tudo repetem. (...)Só eu sei as violências que me passam pela cabeça em instantes que tais. Há dias quando fui caminhar dei com uma oliveira podada em redondo como se fosse uma obra de topiaria. Era dar com o podão na cabeça de quem fez aquilo. Lembrei-me da pobre oliveira enquanto ouvia a criatura poética. O mundo está cheio de gente parva. Vêm das quatro fases da lua vêm dos quatro cantos da Rosa. enxameiam tudo. Estou cansada desalmadamente cansada e pensava eu que a semana seria leve.