Matar! é um romance epistolar escrito sob forma de diário, nele Margarida Hellis registra a história de sua vida de forma a elucidar para o leitor os motivos de sua postura e de suas decisões. A autora, Chrysanthème, aparece na história como a destinatária do diário. Margarida deixa a cargo da jornalista a decisão do que deve ser feito das informações que ela registrou. O livro aborda de forma muito direta temas sensíveis como suicídio, assédio moral e abuso sexual. Esta reedição do livro publicado em 1927 teve a ortografia atualizada e conta com notas explicativas, para termos e palavras fora de uso.
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Maria Cecília Moncorvo Bandeira de Melo Rebelo de Vasconcelos (1869-1948) é uma escritora brasileira do século XX, mais conhecida pelo seu pseudónimo Chrysanthème - personagem submissa do romance Madame Chrysanthème, do francês [a:Pierre Loti 120437 Pierre Loti https://images.gr-assets.com/authors/1227003007p2/120437.jpg]. Escreveu para importantes jornais e revistas de sua época entre eles O Paiz - onde ocupou a antiga coluna de Machado de Assis - Diário de Notícias, Correio Paulistano, O Cruzeiro e A Imprensa, tendo mais de 15 livros publicados (romances históricos e biográficos, peças teatrais, ensaios críticos e contos infantis), porém caiu no esquecimento e, por isso, hoje em dia é pouco conhecida e as suas obras são pouco lidas. Matar! é um romance epistolar em forma de diário no qual Margarida Hellis conta a sua triste história de vida, justificando as suas atitudes e decisões.Chysanthème surge na história como a personagem que recebe a carta e o respectivo diário, e é ela que decidirá o que fazer com as informações recebidas.Margarida foi criada sem mãe por uma ex-escrava, amante de seu pai, viveu livremente em contacto com a natureza, teve sua primeira experiência sexual com o primo, Cristiano, aos quinze anos. Após a morte do pai e não querendo sujeitar-se à brutalidade de Cristiano, muda-se para o Rio de Janeiro, para a casa de D. Gertrudes, na Avª Gomes Freira, e acaba por descobrir que é um bordel. Hesito, pois, em narrar o que foi a minha existência na casa de D. Gertrudes, que soube, mais tarde, ser uma das principais “importadoras” do Rio. Habitava, essa mulher genial na arte de “lançar” raparigas, em um prédio da Avenida Gomes Freire, mobiliado com certo luxo e frequentado por senhoras e cavalheiros de aparente respeitabilidade e requinte.Assim começa a sua carreira como prostituta, até encontrar o grande amor de sua vida, Lúcio de Vizeu. Vive uma grande paixão, mas descobre que seu amado partirá para Portugal onde o espera sua noiva.