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tudo o que seja sobre família é, à partida, o meu tipo de livro. mas este desiludiu-me um pouco. talvez (também) por ter lido em português (sinto que o espanhol lhe teria dado mais carne e sumo), parece ser superficial em algumas análises - melhor, não nas análises, mas na forma como são descritas. penso que Sara Mesa compreende muito bem as famílias, a claustrofobia delas, mas, na minha opinião, passou-o de uma forma algo leve, sem muito por onde agarrar. nada disto tem a ver como a não-linearidade da narrativa e a troca de narradores, de que gostei muito, nem mesmo com a incompletude de muitas narrativas - a vida é mesmo assim, às vezes acaba-se e não se sabe bem como e porquê, para onde foi aquela pessoa, como está aquela casa -, que me cativa. tem, por outro lado, a ver com a sensação de que o potencial ficou por cumprir, que as personagens e a família não são aprofundadas o suficiente, e as feridas causadas pelo ambiente doméstico - que são, supostamente, o foco - não as vemos nas personagens à medida que crescem. ficamos com as ações dos pais para com os filhos quando eram crianças, mas depois os filhos desaparecem e os pais também, e sinto que não se explora mais para que “serviu” tudo o que é, inicialmente, descrito como acontecendo na família. quero ler mais da Sara Mesa, acho que ela tem tudo para que me apaixone por ela, mas este livro parece, de certo modo, ter acabado quando ainda estava a começar.
acabo de ver que lo leí hace menos de un año y no tengo la menor idea de qué iba. No suelo dejar reseñas, pero tampoco suelo olvidarme por completo de lo que leo, menos en tan poco tiempo. Es lo que puedo decir...