Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Você acorda em uma caixa escura, que se move para um lugar que você desconhece. Você não se lembra de detalhes da sua vida, só do seu nome, Thomas. E quando finalmente a caixa para de se mover, você está em um lugar que nunca viu, com um monte de meninos o encarando, com idades entre 12 e 17 anos. Como se isso tudo não fosse suficiente, algumas palavras que eles usam não fazem o menor sentido. Bem-vindo à Clareira.
Estava para ler esse livro há muito tempo, mas peguei totalmente sem expectativa. A sinopse me interessou, mas li algumas coisas negativas sobre a série e acabei deixando para depois. Como está para sair o filme (na verdade sai em setembro, mas é nessas horas que mais rolam spoilers na internet), resolvi ler logo. E gostei.
O livro começa de uma forma estranha. O personagem está confuso, amedrontado e irritado. O que gostei no autor é que ele conseguiu transparecer isso em vários momentos do livro sem precisar fazer o personagem falar ou pensar isso. Ele chega a um lugar estranho, com pessoas estranhas, lembrando de várias coisas mas sem lembrar detalhes, como o rosto e nome de seus pais, aonde mora, quem é, etc. A única coisa que sabe é seu nome, o que não ajuda muito.
Na Clareira, os meninos tem algumas coisas como certas: uma vez por mês chega um menino e a caixa também traz suprimentos com alguma regularidade. O lugar onde vivem é cercado por um grande muro, com aberturas que se fecham à noite, e do lado de fora dele está o maior mistério: um labirinto.
Thomas, ao chegar, age como uma pessoa normal, quer saber logo todas as informações possíveis, onde está, quem o colocou ali, por que, como vai sair, como funciona o lugar, etc. Mas, os meninos não tem todas as respostas, e muitas coisas eles guardam para falar depois, para não sobrecarregar o Fedelho (nome dado ao mais novo morador da Clareira :p).
Uma coisa que me irritou foi a demora e a forma com que as informações chegavam. Um pouco do aprendizado de Thomas é jogado, e é passado para o leitor de uma forma estranha. O começo do livro, para mim, foi um pouco arrastado mas valeu a pena continuar porque o ritmo aumenta consideravelmente depois.
Um tempo depois de Thomas chegar (um tempo beeem pequeno, para falar a verdade), chega uma novidade à Clareira, e tudo começa a mudar. Ele, que começava a se acostumar e conhecer a rotina dos meninos, rapidamente se envolve em várias tramas e tem que resolver problemas sem saber muito sobre eles.
De uma forma geral, gostei do livro. O final não me agradou muito, mas me deixou curiosa para o segundo volume. É uma história com grande potencial e espero que consiga seguir e terminar muito bem. Não consegui largar o livro e fiquei ansiosa para saber o que aconteceria em várias partes.
Para os que não leram ainda, cuidado quando entrarem em grupos de fãs ou lerem sites sobre o filme, para não pegarem spoilers. Quase peguei um em um trailer fan-made.
Link: http://www.sincerando.com/2014/03/maze-runner-correr-ou-morrer.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Posso falar sobre a escravidão apenas na medida em que foi por mim observada - apenas na medida em que a conheci e vivenciei em minha própria pessoa. Meu objetivo é dar uma declaração simples e verdadeira dos fatos: repetir a história de minha vida, sem exageros, deixando para outros determinarem se as páginas da ficção apresentam um retrato de uma maldade mais cruel ou de uma servidão mais severa.”
Solomon é filho de um ex-escravo, que assumiu o sobrenome de seu último senhor, Northup. Nasceu em 1808 e foi educado de forma superior às crianças de sua época, como ele diz. Seu pai, posteriormente à escravidão, tinha uma pequena fazenda, que lhe garantia o direito ao voto. Trabalhava na agricultura e tinha paixão por violino. Acabou se casando e tendo três filhos. Em 1841 aceitou uma oferta de emprego que o levou a ser enganado, sequestrado e submetido à escravidão por doze anos.
O autor tinha uma vida confortável com sua família e de certa forma não se preocupava com a possibilidade de ser escravizado, uma vez que nasceu livre. Entretanto, confiou em dois homens que lhe ofereceram um emprego como violinista, e que ajudaria a família por um bom tempo. Sendo levado à outro estado e drogado, ele se viu preso em uma casa onde se traficava escravos, onde apanhou e foi enviado ao Sul, onde a escravidão era mais praticada.
Contando sua posição de homem livre, Solomon foi ensinado através de surras que nunca mais deveria revelar essa informação, sendo ameaçado de morte. Ele desconhecia essa lei na época, mas sequestro e venda de homens livres como escravos era proibido. Depois de um período em cativeiro, se alimentando mal e apanhando, ele foi vendido para uma fazenda onde conseguiu se recuperar e até fazer amizade com seu senhor e alguns outros escravos.
Infelizmente, ele foi vendido novamente e passou por vários problemas: trabalho excessivo, tortura (chibatadas e ameaças de morte), fome, falta de vestimenta apropriada e o mais importante: falta de liberdade. Seu coração doía permanentemente com a distância e a falta de informações sobre sua família. Sequer sabia se eles estavam conscientes de que ele tinha sido escravizado.
O livro relata o sistema de Escravidão da época, incluindo desde o funcionamento de colheita de algodão e fabricação de açúcar até formas de tortura física e psicológica que eram usadas nos escravos para “motivá-los” a aumentar a produção. Apesar de todo o sofrimento pelo que passou, Solomon ainda conseguia aproveitar pequenos momentos de prazer: conversar com outros escravos, tocar violino nas redondezas, entre outras coisas.
É uma história muito sofrida mas que felizmente terminou em sua soltura em 1853 e na publicação deste livro. É interessante observar algumas questões sociais da época também, como a necessidade de se ter uma propriedade para se poder votar e a impossibilidade de negros poderem testemunhar ou abrir processos. Graças ao relato quase técnico do autor, esse livro poderia ser incluído como material em sala de aula.
Na introdução e no posfácio também constam informações sobre a vida que o autor levou pós-libertação (concluindo em uma morte desconhecida, tanto em causa quanto em local/data) e sobre o filme (que não assisti ainda, mas pretendo em alguma data breve). É uma grande lição de superação e trago a esperança que as pessoas percebam que não era uma situação injusta com ele, por ter sido escravizado injustamente, mas com todos os negros que foram escravizados e que não tinham nem a esperança de uma possível libertação.
Link: http://www.sincerando.com/2014/05/doze-anos-de-escravidao.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Cecilia Fitzpatrick vive o sonho americano: três filhas pequenas inteligentes e bonitas, um marido que é presente e ótimo pai e uma fonte de renda própria e muito lucrativa. Vivem em uma casa confortável e ela é muito popular na pequena cidade.
Um dia, porém, ela descobre por acaso uma antiga carta que pode mudar tudo. Com o “Para ser aberto apenas na ocasião da minha morte” escrito no envelope, Cecilia se debate em abrir ou não a carta, e quando finalmente o faz, descobre um segredo que não só perturba sua vida perfeita como afeta outras pessoas.
Dividida entre revelar ou não o segredo do marido, Cecilia se vê em debates morais e reavalia tudo o que antes considerava perfeito. O que seria a coisa certa a fazer nesse caso? Sofrer com um segredo que não é dela ou magoar pessoas que ama?
Fiquei muito curiosa com a sinopse, principalmente por ser um segredo que envolve outras pessoas. Tramas complexas são sempre interessantes de se ler. O livro é narrado por mais duas mulheres: Rachel, que sofreu uma grande perda e Tess, que viu sua vida tomar um rumo inesperado. As três intercalam os capítulos do livro, dando uma nova dimensão à narrativa de Cecília.
Cecília é uma típica dona de casa americana: se desdobra em várias tarefas. Cuida de todos os detalhes da vida das filhas, se envolve na escola em que estudam e ainda tem tempo para reuniões de venda na casa de clientes. E isso tudo sem se perder em nenhum momento. Quando descobre a carta e posteriormente seu segredo, ela perde o rumo. Preocupada em fazer a coisa certa, ao mesmo tempo ela pesa o que as consequências disso poderiam fazer com o que ela conhece.
Gostei dessa divisão na personagem e a achei muito realista. Na vida muitas vezes queremos fazer a coisa certa, mas por n motivos acabamos ou dando desculpas ou nos convencendo de que pode não ser o melhor a fazer. E, pior que isso, ficar refém do segredo de outra pessoa é um peso terrível.
A leitura flui muito bem, e de acordo com o andamento da história, vemos uma trama muito maior do que o relevado aparecer e que todos temos segredos. O livro gira muito em torno de hipóteses também. Se tal personagem não tivesse feito isso naquele segundo, isto teria acontecido. Se ele tivesse feito isso, isso não teria acontecido. Do mesmo modo que isso me deixou um pouco nervosa, pois foi uma coisa pequena que gerou um grande problema, me deixou fascinada. O desfecho do livro toma novas dimensões com isso.
E, falando do desfecho, foi maravilhoso. Tudo se encaixa e, apesar de poder ter sido de maneira diferente, achei coerente e realista também. Muitas vezes somos movidos por muitos motivos diferentes para agir do jeito que agimos. Recomendo àqueles que gostam de um bom suspense ou de um drama familiar, os dois se encaixam. Foi um livro que me marcou esse ano e que talvez leia novamente.
Minha única reclamação com essa edição foi a fonte. Por que tão pequena? As margens são bem largas, e poderia ter se equilibrado melhor isso. Tirando isso, a divisão dos capítulos é bem definida e gostei da formatação do livro, que precisa muitas vezes diferenciar um pensamento de uma fala ou narrativa.
Link: http://www.sincerando.com/2014/05/o-segredo-do-meu-marido.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Já possuía algumas respostas, mas não todas. Nunca todas. Por exemplo: se maldade e loucura são duas coisas distintas ou se somos apenas nós que decidimos chamar de loucura tudo que está além daquilo que compreendemos como motivo para a destruição.”
Com a neve, várias coisas divertidas acontecem: guerra de bola de neve, escorregar de trenó, patinar em lagos congelados, fazer bonecos de neve. Entretanto, nem sempre ter um boneco de neve no seu quintal significa diversão.
Uma mulher desaparece de sua casa misteriosamente, e a única pista é um estranho boneco de neve no seu quintal, que não foi feito por sua família. O detetive Harry Hole recebeu uma carta assinada por “Boneco de Neve” há alguns meses, mas não entendeu o que significava. Agora ele percebe que algo muito errado está acontecendo na Noruega.
Está sendo muito difícil para mim falar desse livro aqui no blog, por dois motivos:
1 - grande parte das coisas não está na sinopse, e eu não quero dar spoiler;
2- eu gostei bastante da leitura.
Esse livro faz parte de uma série, do detetive Harry Hole, é o sétimo volume. Por causa disso, eu percebi que perdi várias coisas na vida dele, mas não fiquei perdida na história. Ele é um profissional inteligente, mas com vários problemas pessoais (o que é comum nesse tipo de livro) e que fez um curso especializado em Psicopatas, e parece um pouco obcecado com esse assunto, o que acaba dificultando um pouco o seu trabalho.
Uma dica que eu posso dar para quem for ler esse livro é: não perca os detalhes. A trama é complexa e incrivelmente detalhada. Apesar de alguns furos e um personagem misterioso que não é explicado (acho que quem leu vai saber do que eu estou falando), a história é bem fechada. É interessante prestar atenção em tudo, para no final conseguir encaixar as peças desse quebra-cabeça.
Os personagens, assim como a trama, tem várias camadas, e dão um nó na nossa cabeça se não tivermos cuidado. A história pessoal de vários deles é contada em alguns trechos e muitos são cativantes. Uma coisa que me distraiu e quebrou minha concentração foi os nomes destes e dos lugares. Nomes como Knut Müller, Arve Støp e Gunnar Hagen não me fazem lembrar quem são atualmente, e eu precisava muitas vezes ler umas duas linhas até me situar novamente.
Quanto à comparação com Silêncio dos Inocentes que existe na contra-capa, nada posso dizer. Não li esse livro, mas concordo que Boneco de Neve é arrepiante e diabolicamente complexo. Em algumas partes eu não conhecia largar e em outras eu precisava fazer isso, respirar e colocar a cabeça no lugar.
Foi uma leitura muito boa, e que me deixou um dois dias pensando em um determinado trecho. Peguei sem expectativas, e não me arrependo. Recomendo para os que gostam de um bom suspense e uma trama complexa. Fiquei curiosa para ler a série desde o início, mas infelizmente não foram traduzidos para o português ainda, talvez me arrisque em inglês, até porque no original não dá :(
Não esqueçam de comentar o que acharam, ou se pretendem ler, por favor! Se já leu e quer comentar algo, me mande uma mensagem pela página no Facebook ;)
Link: http://www.sincerando.com/2014/03/boneco-de-neve.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Os livros a transportavam para mundos novos e a apresentavam a pessoas diferentes, que viviam vidas incríveis.”
Matilda é uma menininha muito especial. Seus pais e seu irmão são pessoas normais, passam o tempo vendo televisão e não prestam muita atenção a ela, e não percebem que ela consegue ler desde muito nova, mesmo sem ninguém ter ensinado a ela. E Matilda ama ler, e seu sonho é ir para a escola, como seu irmão mais velho. Acaba conseguindo um pouco mais tarde do que o costume, e encontra outros problemas.
A diretora, sra. Taurino, é uma mulher fria e cruel, que não acredita em nada do que Matilda diz, e a considera fingida e mentirosa. É na professora, Srta. Mel, que ela encontra um refúgio. Doce e inteligente, a professora percebe o potencial de Matilda e fica encantada. Mas algumas coisas a mais mudam na vida de Matilda e ela tem uma grande surpresa.
Eu amo Matilda. Amei o filme quando era criança, e ainda assisto de vez em quando, quando me dá vontade. Matilda tem um espaço especial no meu coração. Eu sempre gostei muito de ler, e via Matilda como aquela amiga que gosta muito de ler também, pois não tinha amigos da minha idade que compartilhassem dessa paixão. Claro que não lia como a personagem, o mais perto de clássicos que cheguei na infância foi com uma adaptação de Romeu e Julieta que tinha em casa.
A vida de Matilda pode ser tida como triste, se for ver de um lado. Pais que não lhe dão atenção, não preenchem suas necessidades básicas, e ainda chegam perto dos maus tratos em algumas situações, uma inteligência que é considerada como trapaça. Mas Matilda além de inteligente mostra uma calma e sabedoria além de sua idade. Apesar de não ter uma infância muito comum é na escola que desabrocha como criança, fazendo amigos e brincando.
A escola lhe traz dificuldades, como a diretora, que teima em implicar com a menina, ou os pais reclamando que ela não está mais em casa para receber as encomendas. Matilda tem uma vida muito diferente das outras crianças, e é muito mais cobrada. O livro para mim sempre foi uma grande lição de que por mais que a vida não seja do jeito que queremos, ela pode melhorar, e que no final o período de sofrimento pode valer a pena.
Não sabia da existência do livro até esse ano (confesso que nunca parei para ler na wikipedia sobre o filme, nem costumo procurar as origens dos filmes que assisto) e acabei adquirindo um exemplar em uma promoção. As ilustrações são frequentes e muito fofas, dando um ar infantil à história, e uma quebra em alguns momentos um pouco mais pesados.
Gostei muito do acabamento e do tamanho do texto, o que tornou a leitura agradável. Minha única reclamação é para as páginas brancas, se fossem amareladas seria mais agradável ainda. Recomendo o livro para todas as faixas etárias, acredito que possa encantar a todos. Para quem não conhece o filme, não esqueça de conferir, pois apesar de ter algumas diferenças é mágico também.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/12/matilda.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Esse livro é o segundo volume da série Maze Runner, cujo primeiro é Correr ou Morrer, e essa resenha contém spoilers do livro anterior.
Depois do labirinto, mais perigos estão por vir. Os meninos acreditam estar em segurança em um refúgio para o qual foram levados depois de sair da Clareira e passarem por maus momentos, mas acordam no dia seguinte e tem uma surpresa: nada está parecido com o que era no dia anterior. Criaturas grotescas, os Cranks estão nas janelas berrando e várias coisas mudaram na instalação em que se encontram. E pouco tempo depois descobrem que começa a segunda fase de testes.
Precisam então enfrentar algo que parece pior que o labirinto: o mundo real. Calor excessivo, tempestades perigosas, criaturas insanas os ameaçam e além disso há um grande problema: não sabem no que nem em quem confiar. Pode esse desafio ser o fim das provações e a descoberta da verdade?
Confesso que praticamente emendei o segundo na leitura do primeiro. Terminei um em um dia e comecei o segundo no dia seguinte. Por mais irritada e incomodada que ficasse com a história, fiquei totalmente presa. E esse segundo livro me prendeu ainda mais.
Thomas e os clareanos se veem em uma situação desesperadora: precisam cumprir algumas coisas para chegar ao objetivo final e ficar à salvo. Mas, além dos problemas físicos e das ameaças externas, ainda estão com perda de memória e não sabem no que confiar. Perderam muita coisa nesse processo e tentam desesperadamente não perder mais nada.
O ritmo desse livro é intenso, e como no primeiro, algumas coisas eu consegui adivinhar antes que acontecessem, mas, ao contrário do que normalmente ocorre, isso não me irritou, só me deixou mais eufórica e nervosa em vários trechos. Porque, no caso desse livro, as cenas são tão emocionais que eu acabo me envolvendo tanto que não ligo para surpresas (apesar de ter algumas, com certeza). Uma coisa que o livro conseguiu me passar perfeitamente: eu também não sabia no que confiar. Será que o que foi passado agora é mentira, será que vão mudar depois?
Consegui me ver mais presa à história nesse livro que, o que pode parecer impossível, tem um ritmo bem mais rápido. Consegui sentir raiva (muita mesmo, tem trechos que me deixaram indignada), alegria, nervoso, alívio e claro, confusão. Foram introduzidos novos personagens e alguns deles me conquistaram. Acho que a grande questão desse livro é: qual o limite da humanidade e do indivíduo quando se trata de sobreviver?
Só sei de uma coisa: estou doida para saber como o autor vai fechar essa história e morrendo de medo de receber um final decepcionante. O mundo como é descrito é muito triste e difícil de se viver, então não espero nada otimista demais, mas que o desfecho dos personagens seja consistente.
Link: http://www.sincerando.com/2014/04/maze-runner-prova-de-fogo.html
Resenha no blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Audrey é uma adolescente que passou por um grande trauma e sofre de ansiedade e depressão (eu li em inglês, que era “Social Anxiety Disorders, General Anxiety Disorder and Depressive Episodes”). Ela mora com seus pais e seus dois irmãos, e não sai de casa há meses. Tentando voltar à sua rotina normal e à escola, ela acompanha o dia-a-dia da família, lê e assiste televisão.
Um dia, seu irmão mais velho traz um amigo do colégio, Linus, e Audrey acaba se isolando em mais um episódio de ansiedade, pois ela tem muita dificuldade de interagir com as pessoas à sua volta, principalmente as de fora da família. Ela passa o dia inteiro usando óculos escuros e se refugia em lugares com pouca luminosidade. Envolvida em uma briga familiar sobre jogos de computadores, ela se torna uma das razões para Linus parar de frequentar à casa. Incomodada por não poder fazer contato com o menino e a pedido do irmão, ela começa lentamente a ter mais contato com ele e se abrir para novas amizades e talvez um novo amor.
Queria ler esse livro há muito tempo, e foi na viagem para os EUA que eu finalmente comprei um volume hardcover. Acompanhamos a história de Audrey (e sua nada convencional família) e o seu crescimento durante o livro, e apesar de tratar de alguns temas bem sérios (bullying, ansiedade, depressão), e consegui me divertir muito em vários trechos.
A família de Audrey é bem diferente do normal. Seu pai, muito apaixonado pela mãe, acaba cedendo em muitas coisas e não se impondo muito, além de estar sempre distraído. Sua mãe virou dona de casa depois do problema pelo qual Audrey passou, e acaba ficando um tanto neurótica com as publicações de seu jornal favorito, o que acaba perturbando a vida da família. Seu irmão mais velho é focado em videogames e gostaria de futuramente viver disso e seu irmão mais novo de 5 anos é adorável.
Audrey não fala com detalhes do que aconteceu no passado, mas temos várias dicas no livro e podemos perceber que houve um caso de bullying na escola que a afetou profundamente. Ela perdeu o contato com os colegas do colégio e está esperando melhorar da ansiedade para começar a frequentar uma nova escola.
Fiquei muito feliz com a seriedade e ao mesmo tempo leveza que a autora usou para explorar o tema. Audrey tem contato com uma terapeuta (o que é muito importante pois muitas vezes vemos personagens que declaram sofrer de depressão e até comentam uma vez que vão a um terapeuta, mas isso nunca aparece) que a ajuda a entender o que passou e mudar algumas atitudes que a atrapalham a ter a vida que ela tinha e quer voltar a ter.
Link: http://www.sincerando.com/2015/12/finding-audrey.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Laurie Garvey não tinha sido educada para acreditar no Arrebatamento. Ela não tinha sido educada para acreditar em nada, na verdade, a não ser na tolice da crença em si.”
No dia 14 de outubro muitas pessoas desapareceram. Simplesmente evaporaram, em um segundo estavam lá, no outro não estavam. Seria o Arrebatamento? Como as pessoas reagiriam a isso, e o mais importante, como seguiriam com suas vidas?
Em Mapleton, a Partida Repentina, como o evento foi chamado, despedaça famílias e interfere indiretamente em outras. Os relacionamentos familiares e sociais têm sua dinâmica modificada, e assim como no resto do país, muitas coisas se modificaram. Grupos foram formados, entre eles os Remanescentes Culpados, os Pés Descalços e o liderado por Santo Wayne, e algumas pessoas não conseguem retomar de onde estavam.
O novo prefeito de Mapleton, Kevin Garvey, tenta trazer uniformidade e o máximo de normalidade a essa comunidade, mas sua própria família é afetada. Ninguém desapareceu, mas sua esposa Laurie se junta aos Remanescentes Culpados, seu filho Tom segue o Santo Wayne e sua filha Jill permanece ao seu lado, mas tem uma drástica mudança de personalidade e comportamento.
Comprei o livro na Bienal, por 5 reais, e não me arrependi. Uma coisa que me deixou muito satisfeita foi o livro não ter sido levado pelo lado religioso. Não há uma religião central nem fanatismo, mas é centrado na relação pessoal e as consequências da Partida na sociedade. Acompanhamos de perto o sofrimento das pessoas, o não ter certeza do que houve com seus entes queridos, vizinhos, amigos, e o modo como alguns conseguem lidar com isso e outros simplesmente se perdem.
A história explora de uma ótima maneira o jeito como as pessoas às vezes se voltam ao fanatismo e à crença cega em alguma coisa para superar algo traumático. E percebemos a perda da capacidade de raciocínio e clareza frente à dor. Não me refiro necessariamente à se juntar à um grupo, mas também no comportamento no dia-a-dia.
Os personagens são cativantes, e me vi torcendo para que um mudasse de atitude ou outro conseguisse um final feliz. Foi sofrido ver como estavam desperdiçando seu tempo, ou se enganando em algumas situações. O autor conseguiu lidar e mostrar perfeitamente a complexidade de sentimentos de um ser humano, e o modo diferente de reagir a uma mesma situação.
Não fiquei completamente satisfeita com o final do livro, mas o entendo. Por mais que queria que fosse outro, não consigo imaginar outro que coubesse tão bem no andamento do livro. O autor está adaptando o livro para uma série na HBO e estou ansiosa para assistir. Espero que não deturpem a história ou o foco do enredo.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/09/os-deixados-para-tras.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Esse livro é o segundo da trilogia A Seleção. O primeiro livro é: A Seleção.
Para quem não leu o primeiro volume, essa resenha contém spoilers.
Quem já leu, fique tranquilo, sem spoiler :)
Esperei bastante por essa sequência, não em questão de tempo, mas de ansiedade. A Seleção me agradou bastante, e fiquei super curiosa com o que aconteceria, mas infelizmente o livro não atingiu minhas expectativas.
Nesse livro começamos com as últimas seis garotas. Com isso o processo se torna mais acirrado e conhecemos mais as outras participantes. Entretanto, America ainda se encontra dividida entre Aspen e o príncipe Maxon, o que foi totalmente maçante para mim. A disputa entre os dois se torna desnecessária nesse livro, ao meu ver, pois é óbvio que Aspen não tem espaço nem tempo para agir, além de ser um personagem muito chato.
Me irritei profundamente com America nesse livro. Ela conhece um novo mundo, passa por várias experiências e parece que não consegue mudar. Maxon, por outro lado, me surpreendeu. Nesse livro vemos um outro lado do príncipe, e descobrimos coisas interessantes. Ganhou meu voto em relação ao triângulo, mas não voto que ele termine com a America, sinceramente.
Uma coisa que ficou meio de lado: os rebeldes. Achei que nesse volume seria mais explorado tanto o movimento revolucionário quanto a estrutura da sociedade distópica, e isso não aconteceu. Os rebeldes não ficaram esquecidos, mas não receberam destaque também. Espero que a autora não atropele tudo no terceiro livro.
Ainda estou ansiosa para ler o terceiro livro (que até agora só tem o título original, The One), mas não estou tanto quanto estava para este. Espero que a autora consiga mudar America, caso ela fique com Maxon, pois não acho justo que terminem juntos, do que jeito que está. Queria realmente ver uma mudança na sociedade, mas não necessariamente uma revolução, não se encaixaria na história da forma em que foi construída até agora, e se for feita, acredito que ficará faltando espaço para ser feita.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/10/a-elite.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“É uma época muito difícil para ser uma pessoa, apenas uma pessoa real, de verdade, em vez de uma coleção de traços de personalidade escolhidos de uma interminável máquina automática de personagens.E se todos nós estamos atuando, não pode existir algo como uma alma gêmea, porque não temos almas genuínas.”
Amy, casada com Nick, desaparece na manhã do quinto aniversário de casamento deles. Preocupado com o que pode ter acontecido, Nick chama a polícia. A porta estava escancarada, o gato, que nunca podia sair, do lado de fora e a sala extremamente bagunçada. Mas o que realmente aconteceu ali? E o mais importante, aonde está Amy?
A sinopse do livro pode parecer simples, mas a história é muito mais complexa. Meu namorado leu esse livro em inglês, no original “Gone Girl”, e ficou imerso nela até terminar, e curiosa como sou, fiquei intrigada. Tenho um conhecimento menor que o dele de inglês e confesso, sou um pouco preguiçosa para ler nessa língua, então a curiosidade não venceu e acabei não lendo. Algum tempo depois, o livro foi lançado no Brasil, e comprei o ebook na pré-venda na Amazon. Tendo outros livros para ler, acabei postergando a leitura. Quando comecei a ler, não conseguia parar.
O livro é extremamente movimentado. É dividido em duas partes, e há várias reviravoltas. Começamos conhecendo o casal, o que faziam, aonde moravam, como se conheceram. Os capítulos são intercalados entre Nick e Amy, sendo as partes de Amy um diário seu, e Nick narrando o que acontece desde seu sumiço.
Adoro histórias de suspense, e tenho uma queda por reviravoltas surpreendentes e o livro é cheio das duas coisas. O final é totalmente imprevisível e eletrizante, e o livro levanta questões existenciais o tempo todo. Problemas de relacionamento, caráter, dramas do passado, tem de tudo. E você passa o tempo todo em um intenso estado nervoso, na expectativa de como vai terminar.
Uma coisa é certa, eu não soube de qual personagem eu gostava mais, toda hora a autora dá novas informações que fazem você se sentir de uma forma totalmente diferente em relação a algum personagem. Trata o relacionamento de duas pessoas e o casamento de uma forma muito crua e real.
A única coisa que realmente me irritou um pouco foram algumas partes em que a tradução não fez o menor sentido. Por exemplo, no dia do sumiço, os capítulos começam com “The day of”, uma expressão que seria o que conhecemos como o Dia D, um dia importante, que poderia ser colocado como “O dia do sumiço”. Mas foi traduzido para “O dia do”. Sério, que sentido faz essa expressão para nós, brasileiros? Nenhum.
Relevando essa questão da tradução, o livro vale muito a pena. Estou muito feliz que muitas autoras estão fazendo tanto sucesso com livros de primeira viagem. Me faz sentir esperançosa que surjam livros cada vez mais interessantes.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/04/garota-exemplar.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“O Príncipe da Névoa” foi o primeiro livro publicado por Zafón, como ele mesmo diz em “Uma nota do autor”, e foi o primeiro livro que eu li do autor. Conta a história de Max Carver, que se muda para um vilarejo no litoral junto com sua família, e descobre que a nova casa tem história. Na parte de trás da casa existe um estranho jardim, com aparência abandonada, estranhas estátuas e símbolos desconhecidos.
Suas irmãs e o próprio Max começam a ter experiências assustadoras, mas existe mistério no vilarejo também. Max conhece um rapaz chamado Roland, que o apresenta a um estranho barco naufragado, repleto de coisas, no qual, em uma tempestade, quase toda a tripulação morreu, restando somente um homem, que comanda o farol do lugar.
O livro é bem pequeno, mas é uma leitura densa. Os personagens são complexos e a história beira o mistério e o terror. Temos uma trama intricada e surpreendente, e os detalhes vão se encaixando aos poucos. Aproveitei bastante a leitura, o que me deixou louca de vontade de ler as outras obras do autor (tanto que acabei comprando vários outros livros na 5 por 50 do Submarino :p ).
Recomendo a quem goste de uma boa história de suspense, mistério ou sobrenatural, e tem até um pouco de romance. O livro é bem escrito e desenvolve com rapidez, mas aconselho que seja reservado um tempo específico só para ele, pois em várias partes eu parei para pensar sobre o que li. Espero que gostem tanto quanto eu :)
Link para a resenha: http://www.sincerando.com/2013/10/sorteio-dia-das-bruxas-o-principe-da-nevoa.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Terminei a leitura de “A Seleção” durante a madrugada simplesmente porque não conseguia parar de ler. Comecei o livro durante a tarde, estava sem nada para fazer e fazia um tempo este livro estava separado, por ter achado a sinopse interessante.
O livro começa de um modo um pouco enfadonho, com a descrição dos personagens e da situação vivida por eles, mas superando essa parte, o livro é engraçado e intrigante. Ficaram faltando informações que eu gostaria de obter sobre algumas coisas na história, e me deixou mais ansiosa ainda saber que a sequência “A Elite”, só sairá em abril de 2013 nos EUA, segundo o site da autora.
O livro conta a história de America, uma menina que mora em Ilhéa, um país jovem , num cenário pós Quarta Guerra Mundial, onde o mundo ainda vive com muitas guerras e o país é atacado por movimentos rebeldes contra o Governo. O país é dividido em oito castas. A casta número um é a da realeza. America pertence a casta Cinco, uma casta pobre que sobrevive através de arte, tanto através de música quanto da pintura, escultura, e etc. O príncipe herdeiro, Maxon está em idade de se casar, e no país existe a tradição de um concurso, chamado “A Seleção” em que 35 garotas, entre 16 e 20 anos e de qualquer casta, podem se inscrever para participar, sendo uma de cada província, e a ganhadora fica com o cargo de esposa de Maxon e rainha de Ilhéa.
Considero um livro de leitura rápida, inclusive pelo interesse de saber o que será da personagem e do final do concurso, mas também porque a linguagem não é rebuscada, achei bem simples. O livro diverte, e traz ansiedade em algumas partes, e a história instiga de alguma maneira. A única coisa que me incomodou um pouco foi alguns clichês e o sentimento de que já sei aonde a história vai dar, mas espero que o próximo livro me surpreenda. Recomendado!
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/01/a-selecao.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“A lista foi ideia minha.
Não queria que ninguém morresse.
Não queria ser uma heroína.
Será que, algum dia, você vai me perdoar?”
O livro conta a história de Val, uma estudante no Ensino Médio que, apesar de ter seu grupo de amigos e um namorado, não é popular e sofre bullying, criando uma lista com o nome das pessoas que a maltratavam para aliviar a frustração. Essa lista foi compartilhada com seu namorado Nick, que um dia entrou no colégio com uma arma e começou a atirar nas pessoas que estavam nela. Pega de surpresa, Val tenta interromper o tiroteio e acaba levando um tiro, salvando a vida de uma das meninas que fazia bullying com ela. Entretanto, a lista e vários emails trocados entre eles levam a crer que Val seria culpada e saberia do atentado, e as coisas complicam para ela.
A personagem principal é muito cativante. É uma menina excluída pela maioria no colégio, com problemas em casa, e que acha um abrigo seguro em seu namorado, que um dia some da pior maneira possível, deixando para ela um rastro de consequências inesperadas.
O livro debate vários assuntos ligados ao bullying e a forma como as pessoas lidam com ele. Os valentões, as vítimas, os adultos. Infelizmente o bullying é uma realidade que precisa ser combatida e finalizada. Com profundos questionamentos pessoais, sobre ser uma boa pessoa ou não, sobre ser responsável ou não, Val mostra para o leitor duas realidades: a de sofrer bullying e não ser resgatado por adultos que deveriam perceber essa situação e a de como é errada a atitude dos dois lados dessa questão, do bully e da vítima.
Por outro lado eu percebi um outro questionamento subliminar no livro. O valentão é somente mau? Que propósitos ele tem a praticar essa ação de covardia com a vítima? E o que leva a vítima a não reagir corretamente, vindo a explodir posteriormente?
Acredito que essas explosões como tiroteios de colégio sejam um reflexo não só do bullying, mas piorado por ele. Temos claramente esse exemplo no livro. Nick e Val sofrem bullying, mas somente Nick estoura dessa maneira. Por mais que Val comente o assunto teoricamente, ela fica surpresa ao ver a ação do namorado e sua reação é terminar com isso o mais rápido possível. Encontrei vários questionamentos quanto ao papéis dos pais também, a falta de atenção, as reações exageradas quando o pior acontece, o não saber lidar quando já é tarde demais.
Houve momentos no livro para raiva, para o choro e para a reflexão. Muitas pessoas sofrem bullying, preconceito, ofensas, e é o modo como lidam com isso que muda tudo. E percebo principalmente a falta de uma coisa muito importante: a comunicação. O que uma conversa pode mudar? Existem casos que não muda nada, mas acredito que mudaria muita coisa na maioria das vezes.
Toda a questão do bullying é complicada, porque como a questão de violência de pais com filhos, é uma coisa que acontece muito e sempre aconteceu, mas que somente começa a ser feita alguma coisa recentemente, e mesmo assim com muita resistência. Quantos pais não banalizam essa ação nos colégios, lidando com brigas e maldades nas escolas como se fossem apenas crianças sendo crianças, ou pior ainda, orgulhosos de seus filhos serem fortes e achando certo suas atitudes, ou brigando com as vítimas, chegando até a bater em seus filhos por eles não revidarem?
Recomendo muito a leitura, e deixo aqui um apelo aos pais, amigos, responsáveis: Prestem atenção aos seus filhos, respeitem as pessoas a sua volta. E principalmente, conversem. Tirem dúvidas antes de mudar o humor, de explodir. Não sintam-se ofendidos por algo que pode ser um mau entendido.
Um adendo, conheci esse livro pelo canal Cabine Literária, no Youtube. e recomendo que acompanhem, o Gabriel e o Danilo são super animados e fazem ótimas resenhas =)
Link da Resenha: http://www.sincerando.com/2013/03/a-lista-negra.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Karou desejava ser o tipo de garota completa em si mesma, que se sente bem com a solidão, serena.”
Karou vive em Praga, tem cabelos azuis e cursa Arte. Tem um ex-namorado chato e uma melhor amiga companheira e engraçada. Até aí entramos numa personagem normal de livros que estamos acostumados a ler. Entretanto, o verdadeiro lar de Karou é a loja de Brimstone, um demônio quimera que realiza desejos. E seu cabelo azul? É natural.
Karou não conhece os pais e desde que se lembra foi criada na loja com Brimstone e outras quimeras, mas não sabe nada de sua história e nem porque Brimstone precisa dos dentes que ela e várias pessoas levam à sua loja. Sua vida é bem corrida, pulando entre um dia normal na faculdade e amigos para uma caçada em vários países, correndo vários períodos por dentes de várias espécies.
A loja de Brimstone tem portas espalhadas pelo mundo todo e começam a aparecer misteriosas marcas de mãos queimadas nelas, e as quimeras se tornam mais tristes e nervosas. Ao mesmo tempo, Karou tenta lidar com problemas no mundo humano, e com seus desafios interiores. Karou se divide entre os dois mundos, e sente o tempo todo como se devesse estar em outro lugar, fazendo outra coisa. Depois de uma semana especialmente trabalhosa, Karou se depara com um ser que ela não sabia que existisse, um anjo, Akira. E sua vida muda totalmente.
A sinopse me deixou extremamente curiosa. Apesar de ser bem mais curta do que a divagação acima, é intrigante. Comecei a ler e fiquei desesperada para terminar. A história é muito intensa e movimentada. Karou é uma personagem misteriosa e independente, mas que tem um toque de confusão que faz com que se torne apaixonante. E existe um grande mistério por trás de sua história que nos obriga a descobrir qual é.
Ri, chorei, torci, fiquei com raiva. Passei por inúmeras emoções durante a leitura. E tem continuação. E não foi traduzida. A pior coisa para um leitor. E pior que continuação. Trilogia. E agora caio na mesma situação de sempre: esperar. Vou lendo outras coisas enquanto isso, tentando distrair, e imaginando o que houve com os personagens até lá.
Muito boa a leitura. Um dos livros que me prendeu bastante e me fez ficar perdida na história. Karou, Akira, as quimeras, são personagens muito complexos e interessantes, e existe um enredo por trás desse que nos faz querer saber mais. Tenho certeza que a espera pela continuação será recompensada.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/04/feita-de-fumaca-e-osso.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Era uma vez um rapaz que queria realizar o Desejo de seu Coração”.
É assim que começa essa bela história. Eu já vi o filme Stardust umas cinco vezes, e gosto muito dele, então sempre tive curiosidade para ler o livro mas acabava me prendendo em outros que também eram interessantes.
Consegui terminar a leitura, e o livro é completamente diferente do filme. Continuo amando o filme, mas sinto aquela sensação de ter visto duas histórias diferentes. O foco principal ainda está lá, a busca da Estrela para poder dá-la à Victoria, a viagem por outro mundo, a mudança do personagem principal. Mas o desenvolvimento, construção e características de praticamente todos os personagens é bem diferente.
O livro se passa em Muralha, um vilarejo na Inglaterra que faz divisa com um mundo mágico através de uma muralha gigantesca que tem apenas uma pequena passagem entre os dois. Existem guardas para impedir que as pessoas cruzem essa passagem, e a interação entre os dois mundos acontece apenas em um dia especial, onde ocorre uma feira. O personagem Dunstan Thorn inicia a história, e seu filho Tristran a protagoniza.
Tristran é um jovem de aparência diferente da dos demais (uma de suas orelhas é quase pontuda) e diz coisas estranhas às vezes. Quando cresce se apaixona pela mais bela moça do lugar, Victoria, e esse seu amor o leva a prometer algo que é dado como impossível. Numa bela noite estão os dois conversando e uma estrela cadente aparece no céu. Tristran, no meio de promessas de amor, lhe diz que pegaria aquela estrela para ela e, em troca, Victoria lhe daria seu desejo quando ele retornasse, mesmo que fosse sua mão em casamento. Incentivado por essa promessa, Tristran se despede de seus pais e de uma forma misteriosa consegue atravessar a passagem, começando assim suas aventuras.
Vou parar por aqui para não entregar a história, mas esta é apaixonante. A descrição da Terra Encantada é bem detalhada e nos carrega para um mundo complexo, mutante, que traz inúmeras surpresas, e é essa sensação que Tristran traz no desenvolvimento da história.
É um livro curto, fácil de ler, com capítulos pequenos e bem divididos. A história pode ser lida por todas as idades, acredito que cativaria qualquer uma delas. Já havia lido Coraline, outro livro do autor, e acho incrível a forma como ele consegue criar e descrever esses mundos tão diferentes. Trazer um pouco de mágica, aventura e amor para nossas vidas é sempre benigno.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/03/o-misterio-da-estrela-stardust.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais, e a do Linton é tão diferente delas como um raio de lua de um relâmpago, ou a geada do fogo.”
Um dia o sr. Earnshaw, pai de Hindley e Catherine, volta de uma viagem com um magro menino à tiracolo que vagava pela cidade, e o traz para casa para ser lá ser criado, o nomeando Heathcliff. Ele acaba se afeiçoando muito ao menino, que fez logo amizade com Catherine. Mas, nem tudo vai bem, e graças ao seu forte gênio e orgulho acaba fazendo grande inimizade com Hindley e os criados da casa. Hindley, se sentindo preterido em relação a Heathcliff, maltrata muito o menino.
Poucos anos depois, o pai morre, e Hindley, que estudava fora, retorna ao lar. Com isso, a posição de Heathcliff, de menino sendo educado e brincando de igual para igual com Catherine, cai para um simples trabalhador da casa, com a educação sendo cortada. Separados por Hindley e pelo orgulho dos dois, Heathcliff e Catherine se afastam cada vez mais. E a amizade e amor de infância se transformam em obsessão, mágoa e vingança na vida adulta.
Meu primeiro pensamento para esse livro: não é um romance, não no sentido romântico. Consegui duas citações extremamente românticas, mas esse não é o foco. Heathcliff e Catherine são pessoas de mau gênio, e de certa forma, cruéis. Zombam das pessoas que, diferentes deles, são gentis e corteses, não se mostram muito educados e tem um orgulho gigantesco. Não consegui achar nenhuma característica agradável neles, infelizmente.
A amizade dos dois é imensa, na infância, mas conforme eles vão crescendo as diferenças acabam separando-os. Heathcliff é rebaixado em casa, e Catherine se interessa mais em agir como uma dama para os outros do que a moleca que sempre foi. Isso tudo, juntando o interesse do vizinho por ela, acaba fomentando uma catástrofe.
O livro lida muito com as questões sociais (a criança pobre que acaba não sendo educada e trabalhando nos estábulos, o casamento entre famílias visando a união de bens e ascensão social), e de certa forma também com o preconceito. Heathcliff foi tratado mal desde o começo graças ao fato de não ter origem e, por que não, por ser arredio e defensivo. Desconheciam seu sobrenome, seus parentes, suas posses. Se fosse o órfão de uma família com dinheiro, seria tratado diferentemente.
Catherine, por outro lado, é uma criança normal, que gosta de explorar, pregar peças, se divertir. Mas como futura dama, é punida por essas coisas. E por outro lado, é mimada, o que a torna insuportável com as pessoas. Não pude deixar de pensar que num mundo atual, o amor deles seria mais que possível, e eles possivelmente seriam pessoas melhores.
Gostei muito da escrita, mas não é um livro fácil de ler. Se alguém falasse comigo, eu me perdia na frase e precisava recomeçar. É uma leitura profunda, complexa, para se ler com atenção. Infelizmente comprei uma edição sem orelhas, mas pelo menos as páginas eram amareladas e a fonte confortável. De um modo geral gostei do livro, e indico para aqueles que gostam de uma leitura “histórica”, pois o livro se passa em 1801, com flashbacks do passado.
Para quem não sabe, a autora morreu em 1848, de tuberculose. “O Morro dos Ventos Uivantes” foi seu único romance publicado, com o pseudônimo Ellis Bell. O livro pode ser encelaontrado de graça, em inglês, no Domínio Público.
Link: http://www.sincerando.com/2014/02/o-morro-dos-ventos-uivantes.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.”
Por meio de cartas que Charlie envia para alguém não definido, ele conta sua história e o que acontece na sua vida em um período de aproximadamente um ano. Charlie está começando o Ensino Médio e está nervoso com isso. Sem amigos, vai começar um dos ciclos mais difíceis para um adolescente. Seus problemas do passado o perturbam, mas ele também tem seus bons momentos.
Um tempo depois de um começo não muito agradável, ele conhece Patrick, e por ele, sua irmã Sam, sendo eles veteranos. Os dois são totalmente diferentes das pessoas que Charlie está acostumado a ter em sua vida. Imprevisíveis, animados, e com um certo nível de problemas também.
Charlie enfrenta alguns problemas em casa. Sua mãe, uma mulher que é ao mesmo tempo doce e quieta, seu pai, um homem sério e atencioso, mas não muito afetuoso, e sua irmã e irmão que quase não falam com ele, o fazem ser mais isolado ainda. Sua Tia Helen, a pessoa da família com quem ele melhor se dava, morreu quando ele era criança.
Viajamos nas cartas em um mundo totalmente emocional e descontrolado. O livro tem boa cadência, mas Charlie claramente é uma pessoa extremamente pensativa, e se perde nos pensamentos até mesmo na escrita. Lidamos com alguns fatos desconhecidos e misteriosos em sua vida que são revelados durante a leitura, nos instigando a continuar.
O livro é muito doce, e Charlie é o típico adolescente tímido e perdido. Gosta muito de acompanhar o mundo, observando tudo, e é extremamente perceptivo. Apesar de ser em primeira pessoa, não achei que deixasse nada a desejar. Apesar de quieto, Charlie é inteligente e nos dá várias dicas de leitura, citando os livros que está lendo no momento, e de música, com as músicas que tocavam em determinado momento de seu relato.
Fiquei imersa na leitura e acabei não lendo tão rápido quanto gostaria durante a semana, então terminei hoje e acabei vendo o filme em seguida. Para quem não conhece, os personagens estão retratados acima, pois a capa do livro é a capa do filme. Emma Watson interpreta Sam, e confesso que só estava interessada no filme por esse motivo. Não conhecia a história direito, mas resolvi ler o livro antes de assistir a história.
Gostei muito do filme. Ezra Miller, que interpreta Patrick, conseguiu desenvolver perfeitamente o papel, trazendo toda a emoção do personagem à tela. Emma Watson está perfeita como Sam (apesar de que não posso falar muito por ser suspeita nesse assunto, adoro a Emma), e temos outros ótimos atores. Imaginei Charlie diferente do ator que o representou, mesmo já tendo visto o trailer antes de ler, mas não tenho nada a reclamar.
Acabei ouvindo a trilha sonora enquanto escrevo a resenha e recomendo que o leitor faça as três coisas. O livro, o filme e a trilha sonora são ótimos. Fico chateada de não ter ido ver no cinema, só passou em uma sala aqui no Rio e o horário não dava para ir. O livro é muito profundo e a história é complexa, apaixonante. Me apaixonei por várias frases do livro, e estou colocando algumas das que gostei mais na página do blog no facebook para quem estiver curioso (pode ficar tranquilo, não tem spoiler!).
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/05/as-vantagens-de-ser-invisivel.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“É o mais mortal entre todos os males: você pode morrer de amor ou da falta dele.”
Há 60 anos classificaram o amor como uma doença: amor deliria nervosa. E como doença, desenvolveram uma cura. Aos 18 anos, todos passam por ela, calmamente ou não. Lena espera ansiosa por esse dia, o dia em que terá certeza de que não vai poder mais ficar doente, que não vai sentir a angústia e a dor que sente. Que tudo vai desaparecer. Entretanto, alguns acontecimentos começam a perturbá-la, e memórias antigas começam a retornar. Será que ser curada seria a coisa certa?
Lena vive em um mundo em que o amor é uma doença, um problema. E existe uma cura para isso, que deixa a pessoa imune ao amor, mas também aos outros sentimentos. Não existe irritação, raiva, nada, só uma indiferença emocional. Antes da cura, existe uma entrevista, que rankeia as pessoas num sistema de pares, e decide com quem o cidadão irá se casar. E ela tem uma passado misterioso, que luta para esquecer.
Tudo muda quando conhece Alex, um rapaz misterioso que estava em um lugar onde não deveria estar. Desse dia em diante, acabam se encontrando mais e mais vezes, em lugares diferentes. Sua amiga Hana é uma forte presença em sua vida, e traz desafios inesperados, a levando a pensar se realmente conhece a melhor amiga.
Alex traz uma nova direção para sua vida, e a ajuda a descobrir segredos que fazem com que reavalie tudo no que acredita. Mas será que Lena conseguirá lutar contra tudo o que aprendeu e finalmente se render ao amor?
Gostei dos personagens, e da forma como a história foi construída. A família de Lena traz uma aproximação de como as pessoas curadas se comportam, e ela mesma revela alguns problemas causados pela cura. Hana é adorável, acho que toda menina que ler terá vontade de tê-la como melhor amiga. E Alex é um fofo também, achei suas atitudes bem coerentes.
Me peguei ansiosa para saber o final, e da metade do livro para o final entrou bastante ação, me deixando aflita. Por outro lado, não sei se pego a continuação logo, ou espero sair o final da trilogia em português antes. Dependendo do segundo livro, vou ficar aflita para ler o final. A trama é muito interessante, e traz questionamentos importantes, então super recomendo!
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/10/delirio.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“The things that knock you down in life are tests, forcing you to make a choice between giving in and remaining on the ground or wiping the dirt off and standing up even taller than you did before you were knocked down.”
Sky é uma jovem de 17 anos normal, que mora com a mãe e tem a vizinha como melhor amiga. Um dia sua vida muda quando conhece o misterioso Holder, que tem uma reputação não muito boa e que a faz se sentir como nunca sentiu antes. Entretanto, Holder traz não só novos sentimentos, como algumas lembranças antigas que estavam esquecidas. Quando Sky descobre coisas sobre seu passado que ela preferia não lembrar, ela tem que enfrentar uma situação que pode mudar tudo.
Comprei esse livro em promoção na Amazon e não me apressei para lê-lo. Apesar de ficar intrigada com a sinopse, eu estou meio cansada da combinação menina/menino misterioso. Mas esse livro conseguiu realmente me surpreender. Li em inglês, pois não foi traduzido ainda, mas não tive muita dificuldade. Tirando algumas gírias e apelidos, o nível de inglês dele não foi um problema para mim.
Sky é uma menina diferente. Ela foi educada em casa a vida toda, e não tem contato com nenhuma tecnologia, e adora correr e ler para preencher o tempo que usaria com internet e televisão. Apesar do que pode parecer, ela tem uma vida tranquila e feliz, e sua mãe e amiga completam o quadro. Mas tudo muda de repente. Sua amiga viaja para o exterior, ela vai para o colégio público e em um dia no mercado, conhece Holder, que é um personagem cheio de mistérios.
Posso dizer que é uma das primeiras vezes que eu gosto da caracterização de um personagem masculino nesse tipo de história. Me irrita que muitos deles tenham atitudes que poderiam ser consideradas até ilegais e sejam colocados como irresistíveis e apaixonantes. Holder tem algumas atitudes inexplicáveis no começo, mas consegue ser um personagem coerente e um rapaz que se existisse, eu poderia me apaixonar, e isso fez toda a diferença na leitura.
Ao contrário do que eu imaginei, o segredo do passado de Sky é bem pesado, e isso também me fez admirar a escritora. Ela consegue uma revelação que é coerente e explica o clima de suspense dado no livro. Mas, um aviso: leiam esse livro com o coração preparado, pois não é uma leitura leve, para passar a tarde. Eu tive que parar alguns dias depois de ler, e me peguei refletindo várias vezes sobre ele.
Hopeless foi um livro realmente recompensador, e estou apaixonada pela escritora. Gostei muito da sua escrita e do enredo. Tenho lido mais algumas obras dela, e posso realmente recomendar. Colleen Hoover consegue escrever temas pesados de forma séria e dar uma leveza depois, o que ajuda a digerir a informação. Uma cena que incomodou um pouco, mas foi uma questão pessoal, então não interfere na minha avaliação do livro. Super recomendado!
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/12/hopeless.html
Resenha no blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Megan e Peter tem uma vida tranquila com suas três filhas: Hannah, Alexis e Emma. Tudo muda quando em uma manhã ensolarada, Emma some. Começa então muito sofrimento e angústia para essa família. Dois anos depois, Megan ainda procura pela filha, enquanto sua família tenta seguir em frente.
Incapaz de esquecer a filha e vendo seu rosto em várias crianças, Megan sofre não só com seu desaparecimento, mas também com as brigas com o marido e as filhas e o distanciamento dos mesmos. Eles querem a mulher e mãe que ela era de volta, mas ela não consegue entender como podem exigir que esqueça a filha que espera ter de volta.
Por outro lado temos Jack e Dottie, que vivem com sua adorada neta. Dottie tem alguns problemas de memória e Jack começa a desconfiar que algumas coisas que ela lhe contou não são exatamente daquela maneira. O livro é narrado por Megan e Jack e intercala a história das duas famílias.
Vi esse livro de graça na Amazon através do Kindle Unlimited, e fiquei interessada em saber como terminaria. Peguei para ler em um dia e só li um capítulo, mas devorei o restante do livro no dia seguinte. Fiquei totalmente cativa da história e do destino dos personagens.
Megan é uma jovem mulher que passou por um grande trauma: perder a filha de três anos. O primeiro capítulo mostra como ocorreu e no segundo já se passaram dois anos. Ela passou por aconselhamento psiquiátrico e tomou medicamentos no começo, mas agora já conseguiu reestabelecer algumas coisas na sua vida, apesar de ainda reconhecer sua filha em cada criança que vê e acabar abordando ansiosamente mães com suas crianças. Sua família sofre com isso ao sentir que Emma tem uma prioridade maior em sua vida e acabam se distanciando emocionalmente.
Já Jack é um senhor que morre de saudades de sua filha Mary, mas tem como consolo sua pequena neta, uma menina cheia de alegria e vida. Passa por dificuldades com sua amada mulher Dottie, que tem tido cada vez mais lapsos de memória e mudanças de humor. Com alguns relances do passado dos dois, conseguimos acompanhar sua história e simpatizar com suas dificuldades.
A maior parte do livro traz o que já passou com os personagens e a definição de seu caráter e atitudes, o que me deixou extremamente ansiosa, pois queria logo saber se Megan reencontraria sua filha ou não. O livro é em inglês, mas eu consegui ler bem, só não entendendo algumas palavras.
Algumas personagens me irritaram bastante, e eu só queria que eles arrumassem logo as coisas. A escritora lançou mais alguns ebooks sobre a história, dois sobre Dottie e Jack e um sobre Emma e sua família, e estou ansiosa para lê-los. Recomendo para aqueles que gostam de um suspense, mas queria que o final desse livro fosse um pouco mais desenvolvido, vou ler os outros para ver se complementam.
Link: http://www.sincerando.com/2015/04/finding-emma.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Essa resenha fala sobre o último livro da trilogia “Jogos Vorazes”, então se você não leu os outros dois (Jogos Vorazes e Em Chamas), recomendo que não leia esta resenha, pois terá spoilers.
E aqui estamos, na reta final. A revolução chegou, e não há volta. Katniss escapou novamente dos Jogos Vorazes, mas Peeta ficou para trás, preso na Capital. O Distrito 12 deixou de existir, bombardeado pela Capital, poucas pessoas restaram, e só a Aldeia dos Vitoriosos se encontra de pé. Ela acorda no Distrito 13, antes conhecido como um o distrito destruído, e que acabou sendo que na verdade um distrito que conseguiu fugir das garras da Capital e sobrevivia à duras penas no subterrâneo.
Katniss foi resgatada para ser o Tordo, o rosto e o incentivo para os distritos finalmente se libertarem da Capital e se rebelarem junto ao 13. Entretanto, a coisa não é tão fácil quanto parece. Katniss permanece dividida entre seguir essa função, a preocupação com a vida de todos que ama e a desconfiança perante à presidente Corin, líder dos rebeldes.
Aceitando sua missão, Katniss passa a visitar os distritos e ver a destruição que a revolta causou neles. Milhares de pessoas mortas, doentes, feridas, e uma devastação desoladora. Com sua impulsividade ela consegue o que ninguém consegue num estúdio, a raiva e a força para incentivar a população. Mas muito tem a acontecer ainda. Katniss percebe que mais uma vez está presa numa situação em que nem tudo está sendo contado para ela, e esse sentimento de que está sendo novamente usada a faz repensar muita coisa.
O livro gira em torno de muitos assuntos dolorosos e reflexivos para todos nós. Até que ponto uma guerra, um ataque, é aceitável? Até que ponto pode se fazer uso da força, e o pior de tudo, o que há realmente por trás das causas que lutamos?
O término do livro foi doloroso por muitos mais motivos do que só o término de uma história, e apesar de muitas vezes ter ficado com raiva da passividade e da impulsividade de Katniss, no fundo temos que ver que é somente uma menina, que teve que amadurecer e passar por coisas inimagináveis até a idade apresentada no final, e que sofre muito mais abalos mentais que possamos um dia sofrer.
Deixo aqui um convite não só para a leitura da série, mas também para refletir nas atitudes e no que o livro realmente debate pois, ao meu ver, esse livro só se encaixa num público juvenil para que se possa ter a esperança de um povo com mais humanidade.
“Bem no fundo da campina, embaixo do salgueiro
Um leito de grama, um macio e verde travesseiro
Deite a cabeça e feche esses olhos cansados
E quando eles se abrirem, o sol já estará alto nos prados.
Aqui é seguro, aqui é um abrigo
Aqui as margaridas lhe protegem de todo perigo
Aqui seus sonhos são doces e amanhã serão lei
Aqui é o local onde eu sempre lhe amarei.”
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/03/esperanca.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Lexi acorda em um hospital. Sua última memória é de 2004, com 25 anos, aparência normal, problemas no trabalho e no namoro. Entretanto, o ano é 2007, e ela está parecendo uma modelo, chefe do seu departamento e ainda por cima, casada com um lindo milionário. Não consegue perder a sensação de sair de um pesadelo e entrar em um lindo sonho.
Saindo do hospital Lexi tenta recuperar suas memórias e se acostumar a sua nova vida. Mas nem tudo parecer ser tão maravilhoso. Suas melhores amigas não falam mais com ela e parece que a odeiam, seu emprego está em risco e ela não sente nada pelo marido. Além disso tudo, um homem misterioso, que trabalha com seu marido, parece ser a chave para entender o que houve nesse período.
Esse é o segundo livro que leio da autora, e me encantou tanto quanto o outro. Não costumo ler chick-lits mas esses dois conseguiram me conquistar. Lembra de mim tem um tom leve e bem-humorado mas consegue ser dramático e emocional nas partes certas. A história de Lexi tem suas partes mais pesadas, mas tudo consegue ser apresentado de forma tranquila.
Esse livro lida muito com a questão de escolhas e como a nossa vida pode mudar radicalmente em pouco tempo. Lexi passa por uma situação muito difícil em 2004 e não entende o que aconteceu nesse período para que sua vida esteja como está. E mais do que a questão financeira, ela não entende algumas mudanças na sua personalidade e modo de vida, não consegue mais se reconhecer.
Outra coisa que achei muito interessante é como a percepção que os outros tem de nós às vezes é muito diferente do que somos. Lexi tenta reestruturar sua vida através do que os outros contam a ela, e na medida que vamos lendo nós percebemos que algumas coisas não eram exatamente do jeito que falaram.
A leitura foi extremamente agradável e me serviu para o que eu precisava: uma leitura para diversão. Estava lendo alguns livros mais pesados emocionalmente e precisava de alguma coisa leve para balancear. Gosto da escrita da autora e da forma com que apresenta suas personagens. Apesar de ser leve e bem-humorado, o livro não deixa de ser complexo e ter suas reflexões. Tenho mais um livro da autora guardado e estou ansiosa para ler mais obras dela.
Link: http://www.sincerando.com/2014/03/lembra-de-mim.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Jack tem cinco anos e mora com sua mãe. Eles moram em um quarto, com uma cama, televisão, fogão, geladeira, armário. O mundo existe dentro desse espaço, e Jack acha que tudo que existe na televisão não existe no mundo real. Eles vivem numa realidade em que o dia se resume a fazer exercícios, se alimentar, ler alguns livros infantis e ver televisão.
O livro é muito emocional. Jack é um menino doce, mas tem suas peraltices e revoltas, e é muito curioso. Ama sua mãe e se diverte com amigos que vê na televisão, como Dora, a aventureira, ou personagens de seus livros. Faz atividades manuais com sua mãe, como desenhos e montagens e está satisfeito com o modo como vive. Uma criatura misteriosa povoa seus pensamentos: o velho Nick, o homem que os alimenta, recolhe o lixo e os visita de noite. Sua mãe não permite que os dois se vejam, e Jack tenta visualizar como ele é. Quando Jack faz cinco anos, sua mãe traça um plano para que saiam de lá, e desestabiliza o mundo do menino. O final desse plano só vai descobrir quem ler o livro ;)
O sequestro e prisão em cativeiro são tratados de uma maneira muito infantil e ingênua. É muito interessante visualizar dessa maneira. Para Jack, tudo está bem. Ele fica preocupado com sua mãe, que tem alguns problemas de saúde, mas a vida corre normalmente, sua mãe o protege de todo o perigo e preocupação, e ele não percebe o que está perdendo no mundo.
Vemos também a questão do desenvolvimento infantil. Jack sofre alguns atrasos de desenvolvimento graças ao confinamento desde o nascimento. Seu vocábulo é extenso, pois sua mãe se esforça para ensiná-lo, mas sua concepção de mundo é irreal e ele não conhece algumas coisas básicas do mundo real e consequentemente, várias regras sociais. Por exemplo, Jack ainda é alimentado com leite materno, mesmo tendo 5 anos. Na sociedade atual é no mínimo não usual uma criança de 5 anos ainda ser alimentada assim.
Existe todo outro lado do livro do qual não posso falar sem estragar uma parte importante, mas o livro é maravilhoso, e vale muito a pena. Acabei demorando a lê-lo, mas adorei a leitura. Aborda muitas questões relevantes à maternidade, humanidade. Cada vez que leio algo relativo à cárcere em cativeiro, me entristece o fato de que muitos passam anos nessa situação sem que ninguém perceba, e me surpreende a força das vítimas quando voltam ao mundo real. A visão de uma criança é sempre diferente da dos adultos, e em alguns casos, como em Quarto, nos traz uma perspectiva maior dos problemas e situações em que vivemos.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/05/quarto.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Antes de tudo: Esse livro é o segundo da trilogia “Jogos Vorazes”, então para quem não leu o primeiro recomendo que não leia esse post, pois terá spoilers.
“Tique-taque”
Terminamos o primeiro livro “Jogos Vorazes” sabendo que Peeta e Katniss escaparam dos Jogos com uma estratégia que pode acarretar em sérias consequências. Nem todos se convenceram com o amor dos dois, e o modo como se salvaram foi interpretado como uma rebeldia. E todos sabemos o que a rebeldia anterior causou aos distritos.
Meses depois, Peeta e Katniss estão morando na Aldeia dos Vitoriosos e precisam voltar à Capital para a Turnê da Vitória, um evento em que o vitorioso, nesse caso os dois, viajam para cada distrito e para a Capital para uma “comemoração” e rememorar a morte dos tributos. Uma viagem cansativa e dolorosa para todos. Katniss então é informada que ela precisa ajudar a apagar a fagulha que a ação dela causou no final dos jogos, evitando uma revolução e a morte de seus entes queridos.
Entretanto, Katniss e Peeta estão afastados desde que ele descobriu que ela não o amava e estava usando o amor como uma estratégia traçada junto com seu mentor para sobreviver, o que torna sua missão de parecer loucamente apaixonada muito mais difícil. Durante a Turnê, uma pequena revolta acontece no distrito 11, o que leva a um aumento de segurança no distrito 12 e em todos os outros.
Nesse ano, acontece o Massacre Quaternário dos 75 anos, uma versão especial dos Jogos Vorazes que acontece a cada 25 anos com condições especiais. No primeiro, os moradores de cada distrito tiveram que votar nas crianças que seriam sacrificadas, no segundo, o número de tributos dobrou. E fica pairando o medo de qual será a surpresa que o terceiro trará.
O livro traz um clima mais sombrio do que o primeiro, pois há o medo de castigo para os familiares e amigos, o desafio de tentar agradar a Capital para salvar inclusive a própria vida, e todo o questionamento da validade de uma revolta. Será que valeria a pena?
Ele nos traz mais perto para a face mais cruel da Capital, a falta de humanidade e a covardia em muitos aspectos, e traz grandes reviravoltas na história, algumas que não ficaram óbvias na história. Mostra quanto o psicológico dos personagens foi afetado pelos jogos, e o quanto eles mudaram por causa disso. Katniss se mostra mais amadurecida, enfrentando a situação com a confusão e a desconfiança que marcam a personagem. É um livro de muitas emoções e que devorei de um dia para outro.
Para quem gostou do primeiro, é um prato cheio, e para quem sentiu falta de ação e suspense, um banquete.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/02/em-chamas.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Segundo livro da série Os Intrumentos Mortais, cujo primeiro livro é Cidade dos Ossos. Para quem não leu o primeiro, essa resenha contém spoilers.
Recapitulando, Clary descobre que é uma caçadora de Sombras também, filha de Valentim, o grande vilão da história. Infelizmente, acaba descobrindo que Jace, o menino que ama, também é filho dele, sendo assim seu irmão. Como se não bastasse isso, ela consegue achar sua mãe, mas esta se encontra em coma profundo, causado por algo desconhecido, e ninguém consegue reverter.
Valentim consegue roubar um dos três instrumentos mortais: o Cálice Mortal, um poderoso objeto que foi usado para criar os primeiros Caçadores das Sombras. Agora, foragido, não sabem qual seu próximo passo, e todos têm que lidar com um Jace sarcástico, irônico, revoltado, que está causando muita confusão.
Encontramos os personagens em um estado caótico. Clary começa a sair com Simon, mas não consegue esquecer seu irmão, Jace, por quem se apaixonou antes de saber dessa ligação. Simon, por sua vez, está agindo estranho, distante em alguns momentos. Jace está passando por problemas familiares e tendo que lidar com a nova informação de que seu pai está vivo e não conseguindo lidar com o fato de que o amor que sente por Clary não é fraternal.
Começam a acontecer coisas estranhas. Crianças do submundo são assassinadas e Valentim consegue roubar mais um Instrumento Mortal. Jace é então acusado de ter algum envolvimento, e todos tentam descobrir o que Valentim fará em seguida.
Gostei muito desse livro. Terminei o primeiro em plena agonia ao descobrir que Clary e Jace são irmãos. Gostei tanto dos dois como casal, e quando começaram a aparecer indícios dessa ligação entre os dois, eu não acreditei que a autora poderia realmente fazer isso com eles. Pois é, ela fez. Descobrimos no livro passado a história dramática de Jocelyn e o envolvimento de Luke na vida das duas. Luke, a propósito, descobrimos ser um lobisomem, que se tornou líder um bando para ajudá-las.
Sofri muito junto à Jace e Clary, a autora conseguiu passar a agonia que é amar e não poder demonstrar nem agir sobre esse amor, mesmo sabendo ser correspondido, e a desesperança de saber que nunca poderá acontecer. A relação de Clary e Simon mudou drasticamente e Simon amadurece muito.
Conseguimos alguns pedaços de informação que podem se transformar em coisas interessantes no futuro. Ganhamos conhecimento sobre os lobisomens nesse livro, conhecendo mais o bando de Luke e trazendo mais uma personagem lupina.
Achei que a escrita e a história conseguiram evoluir nesse segundo livro, e fiquei muito satisfeita com isso. Sempre existe aquele medo da autora estragar a história em uma série, mas não foi o caso. Como no primeiro, o final traz uma grande revelação, que é interrompida até o próximo livro e nos traz grande expectativa.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/06/cidade-das-cinzas-finalizada.html