Definitivamente um dos livros mais poéticos que eu já li. Amei acompanhar os pensamentos de Bernardo Soares, pseudônimo de Fernando Pessoa, e suas reflexões em relação à vida, às pessoas e à sociedade em que estava inserido. Amei, principalmente, as descrições quase românticas de uma Lisboa em 1930.
Gosto da intimidade com que somos convidados a apreciar este livro inacabado, assim como gosto das passagens introspectivas e reflexivas que Pessoa nos traz. As reflexões que parecem lhe fazer refletir, mesmo que nem sempre concordando com o que é dito, as emoções tão únicas que conseguiriam ser encapsuladas em palavras tão universais.
Se ver escrito em algumas das páginas deste livro é um daqueles sentimentos de estranha melancolia e felicidade, em parte por saber que estes sentimentos são tão solitários, em parte por saber que essa solidão pode ser compartilhada. Para mim, uma das passagens mais específicas, mais interessantes, que mais me tocou, foi quando Pessoa comenta sobre o tédio e a prisão infinita que este é.
Livro muito bem escrito, pretendo relê-lo novamente num futuro não tão distante.
Um livro definitivamente pesado, a carga emocional das palavras escritas aqui fazem a leitura se tornar densa e sombria, dá para sentir a raiva que o autor tinha quando idealizou esse mundo apocalíptico. Apesar de ter gostado muito, principalmente da representatividade trans e autista que o livro traz, senti falta de um worldbuilding mais bem construído, assim como de um aprofundamento da motivação de alguns personagens. Minha principal critica fica mesmo para o mundo que foi construído que às vezes parece frágil demais e que deixou algumas pontas soltas, nas quais eu fiquei muito confuso.
Fora isso, é um livro sensacional, de uma escrita carregada, profunda e imersa em ódio, medo e desejo por vingança.
Ainda quero ler os outros livros desse autor, principalmente por saber que essa foi sua primeira publicação tradicional.
McCloud certamente ultrapassou barreiras ao idealizar uma comic que contasse a história das comics.
Esse livro é muito bem ilustrado, muito bem estruturado e muito bem escrito. McCloud consegue, em menos de 250 páginas, explicar o surgimento das comics, a importância das mesmas para a humanidade e os caminhos futuros que podem ser abertos para quem trabalha com essa mídia. Certamente, um olhar diferente e provocativo para 1993, mas que ainda se mantém muito real e com bons insights.
Amplamente baseado nos estudos de Eisner, uma das coisas que mais me interessou - e que também se diferenciou dos livros de Eisner - foi a preocupação em ter uma perspectiva um pouco mais internacional. Embora os estudos de Eisner tenham criado as bases para a compreensão das comics como mídia, McCloud tomou um passo adiante e internacionalizou esse processo, estudando comics não apenas dos EUA, mas também da Europa e, principalmente, do Japão.
O cuidado que McCloud tem, para explicar as principais diferenças técnicas das comics ocidentais e orientais é magistral e me ajudaram muito na pesquisa que estava fazendo para a minha tese. Certamente um livro que vale a pena ser lido, por amantes de comics, por acadêmicos, ou simplesmente por pessoas que gostam de aprender um pouquinho sobre tudo.
Esse livro foi um respiro no meio de tantos outros que eu estava lendo. Com uma narrativa bem suave e uma história bem envolvente, conseguiu me cativar em poucas páginas com os personagens que passam na pequena cafeteria em uma ruazinha de Toquio
Mais um ótimo livro de Eisner, que apesar de não ser tão profundo, estabeleceu as bases para os estudos de comics atualmente. Confesso que, para quem já tem algum conhecimento das artes sequenciais, o livro acaba por se tornar raso e básico, mas a sua importância para o campo de estudo permanece.
Eisner explica sobre a narração gráfica e sequencial com poucas palavras e muitos exemplos visuais, dá uma boa base para qualquer um que queira aprender mais sobre comics e estabelece conceitos importantes que viriam a ser melhor aprofundados futuramente. Embora eu ainda prefira o trabalho de McCloud, tenho certeza que sem esse livro, boa parte dos estudos de comics teriam sido atrasados.
Essa leitura também se torna muito interessante para escritores, roteiristas e qualquer um que trabalhe com storytelling, visto que aborda bem as técnicas de narrativa.
“It could take forever to learn yourself.”
“All the Crooked Saints” was the Miracle I was wishing the Sorias to perform on me.
When the magic and complexity of Maggie's characters meet a small town in the Colorado region and the magic realism of Gabriel García Márquez, there is no way anything bad could happen.
I had already been in love with Maggie's writing since the Raven Boys saga, but her storytelling definitely found another level as she described the wilderness surrounding Bicho Raro and the miracles surrounded by owls that haunted and enchanted the Sorias.
“All the Crooked Saints” is a deep story, with a taste of magic, and a wonderful lesson in self-knowledge, music and miracles. There's no way not to fall in love with Maggie's dual characters, just as there's no way not to feel represented by at least one of the Sorias.
I highly recommend it for all lovers of magic, as well as for all those who find themselves lost and desolate under a gray cloud that just rains.
Em Espera acompanhamos a continuação da história de Sam e Grace, dessa vez entrelaçados com o ponto de vista de Isabel e de um novo personagem, Cole.
Particularmente gostei mais de Calafrio do que de Espera, achando a trama um pouco demorada demais para se desenrolar e um pouco de “mais do mesmo” do que foi encontrado no primeiro livro, mas a escrita poética e quase mágica de Maggie me fizeram gostar muito de cada capítulo que li.
Um livro que dá para ser lido rapidinho e que, provavelmente, é uma boa ponte entre o primeiro e o terceiro da trilogia.
Como falar de The Stone Sky sem antes falar sobre o racismo e a xenofobia que permeiam toda a nossa sociedade? Sem falar sobre o medo do diferente e a forma injusta e dolorosa da qual nosso mundo foi construído?
The Stone Sky, diferentemente dos outros dois primeiros livros que abordam mais a crueldade do mundo e a forma como a vida de todos é afetada pelo preconceito e discriminação, fala sobre esperança e o que pode ser feito para um futuro melhor. Mais do que um livro, The Stone Sky é uma sugestão para todos nós, do que podemos fazer para melhorar o mundo em que vivemos.
O livro não nos deixa enganar entretanto: algumas coisas estão quebradas demais para serem consertadas, mas, como o próprio livro nos diz, para que lamentar um mundo que está quebrado? Nós precisamos nos enraivecer por ele ter sido construído assim em primeiro lugar.
The Stone Sky é uma história incrivelmente humana e profunda, que nos traz uma complexidade intensa. Uma leitura que vai te abalar e com certeza te fará refletir no seu papel no mundo.
(PT - For English, read bellow)
Um livro sobre amor, dualidade, vingança e perdão. Acima de tudo, um livro sobre a sua verdadeira essência.
Quem me conhece sabe que alta fantasia não é bem o meu gênero literário favorito, mas a N. K. Jemisin sempre me faz morder a língua quando falo sobre. Você quer uma escrita instigante? Você quer uma história complexa, mas compreensível? Você quer diversidade e representatividade? Você quer os deuses se curvando aos desejos de homens que não compreendem bem o seu próprio poder? Então, muito provavelmente, você quer ler esse livro.
Acho que o que mais me surpreende, toda vez que leio algo da Jemisin, é justamente o quanto ela SEMPRE consegue se reinventar e me surpreender com a escrita fluída, divertida e detalhada dela. Desde a primeira página, você já vai contar com ação, emoções fortíssimas e segredos que pedem para ser revelados.
Mas, mais do que tudo isso, o que você encontra nessa história é a própria realidade. Percorrer o mundo dos cem mil reinos é percorrer uma história sobre as duas verdades que existem em uma mesma história. É compreender a importância não apenas do balanço, mas principalmente da dualidade. É se apaixonar pelo abstrato e desejar que esse livro ainda tivesse mais páginas para ler. É atravessar, com uma curiosidade crítica, o colonialismo.
N. K. Jemisin não me decepciona mesmo, muito pelo contrário: sempre me surpreende com alguma técnica narrativa nova.
Espero que você goste desse livro tanto quanto eu gostei e boa leitura.
(EN)
A book about love, duality, revenge and forgiveness. Above all, a book about humankind true essence.
Anyone who knows me knows that high fantasy isn't really my favorite literary genre, but N.K. Jemisin always makes me think twice. Do you want thought-provoking writing? Do you want a complex but understandable story? Do you want diversity and representation? Do you want the gods bowing to the desires of men who don't quite understand their own power? Then, most likely, you want to read this book.
I think what surprises me the most, every time I read something by Jemisin, is precisely how much she ALWAYS manages to reinvent herself and surprise me with her fluid, fun and detailed writing. From the first page, you will already have action, strong emotions and secrets that ask to be revealed.
But more than all that, what you find in this story is reality itself. To travel through the world of the hundred thousand kingdoms is to travel through the two truths that exist in the same story. It is to understand the importance not only of balance, but mainly of duality. It's falling in love with the abstract and wishing this book had more pages to read. It is to talk, with critical curiosity, about colonialism.
N.K. Jemisin does never disappoint me, quite the contrary: she always surprises me with some new narrative technique.
I hope you enjoy this book as much as I did and have a good reading.
The Winter é uma short story muito bem escrita e com temas bem profundos e importantes trazidos por Alice. Acompanhamos Charlie e sua família na tentativa de terem um Natal “normal” após o tempo que Charlie precisou ficar no hospital psiquiátrico, acompanharemos as dores dos familiares, a dificuldade de aceitação e compreensão por parte de alguns, as brigas e os medos, o receio e a solidão de quem enfrenta uma doença mental e, claro, o melhor jeito de lidar com tudo isso.
The Winter é uma história muito delicada, mas entregue de maneira graciosa e sensível, sem grandes gatilhos e sem estigmatização. Vale à pena ler!
(PT)
Alice sempre me surpreende com suas histórias e com a tranquilidade com que aborda temas complexos. Em “Loveless”, seu último romance, certamente essa surpresa não foi diferente.
Confesso que li o livro mais rápido do que gostaria, mas a escrita fluída, os personagens carismáticos, e a descoberta tão familiar que Georgia faz, acabaram me envolvendo de um jeito que, quando eu vi, já estava nas páginas finais, implorando por mais alguns capítulos.
“Loveless” é um livro que, talvez, não converse com todos os leitores, muito pelo contrário, talvez converse com pouquíssimos, visto que trata de um assunto tão pouco falado como a assexualidade e a arromanticidade. Entretanto, para aqueles que se identificam e sempre se sentiram um pouquinho perdidos dentro desse mundo romântico e sexual, Loveless aparece como um abraço bem apertado, trazendo reconhecimento, risadas e, porque não, até lágrimas.
Eu particularmente amei o livro e, se for para sermos honestos, a proximidade com que me senti de Georgia é absurda. Sinto que eu e ela passamos pelos mesmos dilemas, mesmas dúvidas, mesmos erros, mesmos medos. Nunca, em minha vida, havia me sentindo tão perto de um personagem como me senti dela.
Um livro importantíssimo para todos os aces e aros que estão aí pelo mundo; um livro que fala sobre amor, mas não aquele amor romântico que estamos tão acostumados a ver em todos os cantos. Um livro que fala de identidade e um livro que fala sobre maturidade. Alice certamente arrasou nessa narrativa e eu mal posso esperar pelas próximas histórias que virão.
(EN)
Alice always surprises me with their stories and with how cautious they approach complex topics. In “Loveless”, their last novel, this surprise was certainly no different.
I confess that I read the book faster than I would have preferred, but the fluid writing, the charismatic characters, and the so familiar discovery that Georgia makes, ended up involving me in a way that, when I saw it, I was already in the final pages, begging for some more chapters.
“Loveless” is a book that, perhaps, does not speak to all readers, on the contrary, it may speaks to very few, since it deals with a subject as little talked about as asexuality and aromanticity. However, for those who identify as such and have always felt a little lost within this romantic and sexual world, Loveless appears as a very tight hug, bringing recognition, laughter and, why not, even tears.
I particularly loved the book and, if I'm going to be honest, how close I felt to Georgia is absurd. I feel like she and I went through the same dilemmas, the same doubts, the same mistakes, the same fears. Never in my life had I felt as close to a character as I felt to her.
A very important book for all the aces and aros out there in the world; a book that talks about love, but not that romantic love that we are so used to seeing everywhere. A book that talks about identity and a book that talks about maturity. Alice certainly rocked this narrative and I can't wait for the next stories to come.
Eu ainda não tinha parado para pensar muito nesse livro até escutar a música “Pretend” da Orla Gartland e me deparar com a frase “oh, who are you so afraid to be?”
Angel Rahimi é a sua típica adolescente britânica prestes a entrar no mundo adulto. Sua vida gira em torno de apenas uma única coisa: a banda The Ark e, principalmente, o vocalista desta, Jimmy Kaga-Ricci.
O que poderia ser apenas mais uma das histórias de romance impossível entre uma fã e um cantor famoso se torna, na verdade, uma importante lição sobre valores, vida e, porque não, identidade.
Angel é uma menina alegre, divertida e animada, justamente por ter esse comportamento extrovertido e amigável, grande parte de seus problemas e suas inseguranças são jogadas no fundo de um baú esquecido em algum lugar de um sótão escuro e empoeirado.
Angel, em seu âmago, não tem a mínima ideia do que quer para essa vida e, ainda pior, no que ela poderia ser boa, tendo sua vida inteira sido mediana em tudo que envolvia a vida escolar.
Como não se sentir um pouquinho representado, não é mesmo?
Por não querer lidar com essas inseguranças relativas ao futuro, Angel se enfurna em sua vida de fã, tendo a certeza que cada lacuna de sua identidade seja preenchida com o The Ark.
O livro explora muito essa questão da insegurança e da dúvida, convidando Angel a sair de seu pequeno e desconfortável casulo e perceber que o mundo real não precisa ser assim tão assustador. Na verdade, mais do que isso, junto de Angel percebemos que muito daquele mundo real estava sendo perdido, justamente por sua própria fixação.
Muitas vezes o futuro parece um local distante e assustador, borrado pela incerteza e coberto pela complexidade. As vezes é difícil nos distanciarmos de nossos pensamentos e compreendermos, de verdade, quem somos e o que queremos. O grande medo de Angel, de se perceber um ninguém além do The Ark, acaba por cortar todas as possíveis relações e situações fora destes. Acaba por corta-la de ser quem ela realmente era.
Afinal, de quem Angel estava com tanto medo de ser?
Afinal, de quem nós temos tanto medo de ser?
Eu acho que eu sou incapaz de dar uma nota inferior a quatro em qualquer livro do Rick Riordan... Simplesmente são muito bons e divertidos de ler.
N K Jemisin consegue me surpreender de novo com sua narrativa mais do que única e uma história de fazer seu queixo cair.
Sério, gente, essa escritora é perfeita em tudo o que ela se propõe. Esse livro é uma belíssima continuação de uma história forte e profunda, tratando de temas tão importantes quanto xenofobia e, de certa forma, racismo.
Embora esse livro se inicie de maneira mais lenta e demorando para engatar nos acontecimentos, com muitas nomenclaturas técnicas e explicações sobre a “magia” que cerca o mundo, não o senti, de maneira alguma, como um livro maçante ou pesado. Ainda mais que, depois dos 50% a narrativa engata em ação atrás de ação, deixando difícil desgrudar das páginas.
Rever personagens que eu amava em situações ainda mais inusitadas foi o combustível certo para eu devorar esse livro nos últimos três dias. Recomendo demais e mal posso esperar para ler o último livro dessa trilogia.
Eisner foi um dos primeiros, talvez até mesmo o primeiro, a fazer um livro com uma análise tão profunda sobre as comics, inclusive cunhando o termo das “artes sequenciais”. Esse livro é uma leitura obrigatória para qualquer acadêmico dos quadrinhos, mesmo que não seja assim tão profundo e, por vezes, falte com exemplos.
A maior parte do livro é composta por exemplos tirados das próprias Strips de Eisner, o que facilita muito na visualização, mas as explicações e as partes escritas acabam por ser mais superficiais. Entretanto, como dito, esse foi um dos primeiros livros escrito sobre o que são e como são feitas as comics, então certamente colaborou muito para criar as bases necessárias para livros mais aprofundados e o estudo dos quadrinhos atuais.
“Calafrio” é o livro de estreia de Maggie Stiefvater, mas nem por isso deixa de carregar a sua profunda e detalhada escrita. No máximo, teremos personagens menos detalhados do que em seus livros mais recentes e cenas menos complexas e variáveis - sendo que a quantidade de vezes que a casa de Grace foi utilizada como pano de fundo pro desenrolar da história, me deixou a desejar.
Em “Calafrio” vamos acompanhar a história dos Lobos que vivem em uma pequena cidade, na divida com o Canadá, no estado de Minnesota. A história de um desses lobos, Sam, irá se entrelaçar com a de uma garota pragmática e prática: Grace.
Eu sou suspeito a falar, já que amo os livros e a escrita da Maggie, mas o tanto que esse livro me encantou, não pode ser escrito em palavras. Desde a ambientação, que me lembra um abraço quente em um dia de inverno, até a melancolia presente em cada parágrafo escrito, do início ao fim achei esse livro uma bela obra de estreia para a autora.
Confesso que o início é um pouco parado e é preciso persistir até pegar o gosto e o ritmo, lá pela página 50, mas, deuses, como vale a pena! Um livro sobre amor, esperanças e tristezas. Escrito com um bom toque de melancolia e romanticismo.
Acho que Maggie realmente conseguiu trazer um diferencial para as histórias tão comuns de Lobisomens, explorando a transformação e a vida dos lobos de uma maneira nunca antes vista.
Recomendo demais para os românticos de plantão e para aqueles que querem um pouquinho de conto de fadas em seus dias.
Mais uma prova de que a Maggie não falha. Muuuuito mais fluido que o primeiro livro (pelo menos para mim) e com uma escrita extremamente agradável e única, Sonhador Impossível conseguiu ganhar um espaço entre um dos meus livros favoritos da série que engloba o universo dos Garotos Corvos.
Maggie é genial em sua escrita, tecendo caminhos e descrições de uma forma tão sutil que, quando você se dá por si, está já preso num emaranhado complexo e profundo de relações e pensamentos. Sua capacidade de usar metáforas para explicar emoções é incomparável e sempre me deixa sem ar. Ler os livros da Maggie é exatamente isso.
E o que foi esse final? Tive que fechar o livro e respirar um pouco antes de finalizar as últimas páginas, simplesmente surreal.
Impressionante como fui capaz de ler esse livro em uma sentada apenas. Já tinha algumas avaliações positivas e recomendações de amigos, mas não imaginava que seria uma leitura tão fluida e divertida quanto realmente se mostrou.
Amêndoas conta a história de dois monstros e uma tragédia. A partir do ponto de vista de Yunjae, um garoto que nasceu com uma condição chamada “alexitimia” (ou a incapacidade de identificar e expressar sentimentos) nós conhecemos seu dia a dia, ultra protegido por sua mãe e avó, e sua dificuldade em criar relacionamentos frutíferos e profundos. Após um incidente, que mudará sua vida para sempre, observamos Yunjae se envolvendo em diversos dilemas e confusões.
O livro é rápido e divertido, apesar de ter passagens pesadas. O personagem é não intencionalmente engraçado e, apesar de sua dificuldade de expressar emoções, não é difícil aprender a gostar dele e mergulhar em sua história. Recomendo demais!