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José Saramago – Prémio Nobel da Literatura, 1998
“que, com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia torna constantemente compreensível uma realidade fugidia”
José Saramago (1922-2010) nasceu na aldeia de Azinhaga, Ribatejo. Aos dois anos mudou-se com a família para Lisboa, onde estudou e concluiu o curso de serralheiro mecânico. Trabalhou como serralheiro, funcionário público na área da saúde e na previdência social, foi director literário de uma editora, jornalista e tradutor.
A sua estreia na literatura deu-se com Terra do Pecado, publicado em 1947, mas este primeiro romance acabou renegado pelo autor.
Numa entrevista dada ao jornal Independente, 17 de Maio de 1991, disse:
“Escrevi o meu primeiro livro aos 25 anos, em 1947. Chamava-se a “Viúva”. Foi publicado pela Minerva, mas o editor achou que “A Viúva” não era um título comercial e sugeriu que se chamasse “Terra do Pecado”.Pobre de mim, queria era ver o livro editado e assim saiu. (...) Não o incluo na minha bibliografia, apesar de os meus amigos insistirem que não é tão mau como eu teimo em dizer. Mas como o título não foi meu e detesto aquele título...Acho que é por isso que resisto a aceitá-lo. Um dia, quem sabe se não reconhecerei a paternidade uma vez que há por aí exemplares. Ainda outro dia encontrei um, numa dessas bancas em segunda mão, e paguei por ele oito contos. Com desconto, porque o homem reconheceu-me e abateu-me quinhentos escudos. Um preço completamente disparatado e exorbitante.”
Posteriormente acabou por reconhecer a obra, e a Caminho republicou-o em 1997.
Mesmo assim deixa-nos um aviso logo nas primeiras páginas:
“Não podia adivinhar que o livro terminaria a pouco lustrosa vida nas padiolas. Realmente, a julgar pela amostra, o futuro não terá muito para oferecer ao autor de A Viúva.”
Para um primeiro livro até que não está assim tão, tão mau.
É uma história simples com algumas ironias e críticas, mas longe de ser uma grande obra.
Resumindo, é um Saramago a tentar ser Eça de Queirós.
Não é ruim; me deu a sensação de Eca de Queiroz ou afins. Mas ainda era só uma semente de Saramago como o amo.