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Apesar da escrita agradável e das situações interessantes, a primeira parte do livro me pareceu um pouco derivada de várias outras obras espaciais recentes, desde Interstellar até Story of your life, em partes. No entanto, a partir de algum lugar perto do meio, a meu ver, Weir transcendeu todas essas sementes identificáveis para criar algo novo e original.
Com uma narrativa fluida e leve, intercalada entre flashbacks e o tempo “presente”, o texto corre muito bem e as duas partes se conectam com sentido. A aplicação do método científico aos problemas apresentados me interessa muito e fez minhas engrenagens girarem algumas vezes. Além disso, apesar dessa centralização da ciência, o erro continua sendo grande parte da humanidade da narrativa, causando tantas curvas na história quanto as descobertas.
Outro aspecto digno de nota é a visão otimista da humanidade frente a uma crise mundial. Relativamente distante da típica distopia centrada no caos, Hail Mary prefere focar na busca por soluções e na união em torno de um objetivo comum.
Por fim, minha quinta estrela sempre é subjetiva, e dessa vez ela veio quando Weir pegou diversos flocos dramáticos trabalhados ao longo de 400 páginas e deu conclusões satisfatórias a todos nos capítulos finais, deixando qualquer coração quentinho, apesar de apertado.