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Francisco Azevedo nasceu em 1951 no Rio de Janeiro. É dramaturgo, roteirista cinematográfico, poeta e ex-diplomata. Começou a dedicar-se à literatura em 1967, quando venceu concurso promovido pela Organização dos Estados Americanos (OEA), tem três livros publicados: [b:O Arroz de Palma 8485288 O Arroz de Palma Francisco Azevedo https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1371779372l/8485288.SX50.jpg 26680577] – 2008, [b:Doce Gabito 16698072 Doce Gabito Francisco Azevedo https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1374266024l/16698072.SX50.jpg 21859922] – 2012 e [b:Os novos moradores 35565385 Os novos moradores Francisco Azevedo https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1498947203l/35565385.SY75.jpg 56994577] – 2017.Estamos em 2008, Antônio está com 88 anos, como ele diz “dois infinitos verticais”, e enquanto confecciona um grande almoço de comemoração dos 100 anos do casamento dos pais, que vai oferecer aos parentes, perde-se nas suas lembranças e conta-nos a história da sua família. Logo percebemos que é uma família que raramente se reúne, e que ao longo das décadas conheceu seus temperos e destemperos.“Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema — principalmente no Natal e no Ano-Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência.”A história começa em Viana do Castelo, no dia do casamento de José Custódio e Maria Romana, a 11 de Julho de 1908. Palma, irmã de José Custódio, não tinha condições financeiras para oferecer um presente aos noivos, e quando vê a fartura de arroz espalhado no Adro da Igreja decidiu que esse seria o seu presente. Recolhe 12 quilos, embrulha-os num saco de estopa e oferece-o ao jovem casal com o seguinte cartão:“Este arroz — plantado na terra, caído do céu como o maná do deserto e colhido da pedra — é símbolo de fertilidade e eterno amor. Esta é a minha bênção.Palma.Viana do Castelo, em 11 de julho de 1908.”Este arroz, dado com tanto amor, é o motivo da primeira discussão do casal. A partir deste momento o arroz vai fazer parte da história de quatro gerações desta família - 100 anos.Antônio é o centro da história. Através das suas memórias conhecemos os seus pais, a sua infância, os irmãos, a mulher, os filhos, netos e agregados. Antônio brinca durante toda a história com analogias entre o cozinhar e a construção de uma família. É um livro sobre família, sobre a complexidade dos relacionamentos, raízes, tradições, diferenças, amor, dedicação, escolhas, aceitação, compreensão, perseverança e união. É um livro que nos faz reflectir sobre a forma como se vive essa instituição, muitas vezes dada como quase desaparecida, A Família.Francisco Azevedo escreve de uma forma muito bonita, simples e delicada, suave e poética. Por diversos momentos, durante a leitura, lembrei-me de [b:Cem Anos de Solidão 3234419 Cem Anos de Solidão Gabriel García Márquez https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1557783874l/3234419.SY75.jpg 3295655] e d'[b:A Casa dos Espíritos 7356168 A Casa dos Espíritos Isabel Allende https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1427116946l/7356168.SY75.jpg 3374404].Conquistou-me, emocionou-me, e por isso não posso deixar de lhe dar a classificação máxima. Capela de Nossa Senhora da Ajuda, Viana do Castelo, Portugal“(...) era uma vez um arroz. Arroz plantado na terra, caído do céu e colhido da pedra. Arroz que não se estraga, arroz que veio de longe, lá de Portugal, do outro lado do Atlântico. Veio de navio, com José Custódio, meu pai, Maria Romana, minha mãe, e Palma, minha tia. Ainda eram moços, sim! Moços viçosos e cheios de sonhos...”