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Júlia Lopes de Almeida nasceu em 1862, no Rio de Janeiro, filha dos emigrantes portugueses Adelina Pereira Lopes, musicista, e Valentim José da Silveira (Visconde de São Valentim), médico. A família pertencia à classe alta, o que proporcionou uma excelente educação à promissora escritora.O pai de Júlia descobriu a vocação da filha, e incentivou-a a que escrevesse um artigo para a Gazeta de Campinas. E foi assim que tudo teve início. Júlia foi uma escritora com uma vasta produção literária conseguindo, à época, viver dos rendimentos da sua profissão.Era uma mulher muito à frente do seu tempo, era republicana, defendia a educação feminina, o divórcio e a abolição da escravatura. ... Os povos mais fortes, mais práticos, mais ativos, e mais felizes são aqueles onde a mulher não figura como mero objeto de ornamento; em que são guiadas para as vicissitudes da vida com uma profissão que as ampare num dia de luta, e uma boa dose de noções e conhecimentos sólidos que lhe aperfeiçoem as qualidades morais. Uma mãe instruída, disciplinada, bem conhecedora dos seus deveres, marcará, funda, indestrutivelmente, no espírito do seu filho, o sentimento da ordem, do estudo e do trabalho, de que tanto carecemos.- Júlia Lopes de Almeida, em A MensageiraJúlia Lopes de Almeida teve uma vida intelectual bastante activa, fez parte do grupo de intelectuais que criaram a Academia Brasileira de Letras, mas o seu nome não foi incluído. Era mulher - a ABL era um clube do Bolinha – e em vez dela foi considerado o nome do marido, Filinto de Almeida – Cadeira 3, sem produção literária de destaque.Após a sua morte, em 1934, Júlia Lopes de Almeida foi caindo no esquecimento, mas o seu regresso aos escaparates das livrarias deveu-se à leitura obrigatória para o vestibular da Unicamp.Aos mais desatentos (onde me incluo) há em Lisboa um busto da escritora, ali no Jardim Gomes de Amorim.O monumento, obra de Margarida Lopes de Almeida, composto de busto em bronze sobre pedestal de pedra, foi oferecido pelas mulheres brasileiras às mulheres portuguesas. O busto, executado em 1939, só viria a ser inaugurado, no Jardim Gomes de Amorim, localizado na Praceta da Av. António José de Almeida, em 28 de Março de 1953.Após a leitura de [b:A falência 62587989 A falência Júlia Lopes de Almeida https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1663146581l/62587989.SY75.jpg 43827876] para o clube de leitura incunábulos, fiquei curiosa em ler mais de JLA. A autora deixou uma vasta obra, mas “A Viúva Simões,” disponível no Projeto Adamastor, foi a minha escolha.A história desenrola-se à volta de uma viúva que reencontra o antigo amor da juventude, Luciano, que regressa do estrangeiro com a intenção de levar uma vida libertina no Rio de Janeiro. A presença de Luciano muda drasticamente a vida da viúva, reacendendo sentimentos de juventude e fazendo-a acreditar que poderia casar novamente. No entanto, obstáculos surgem, como a oposição da sua filha Sara, que cumpre o período de luto, e a relutância de Luciano.Apesar de Ernestina fazer concessões a Luciano, esse amor tumultua a sua vida, levando a sofrimento, intrigas e, quando Luciano se apaixona por outra mulher, a história de amor toma um rumo trágico com um final surpreendente.