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Average rating3.7
Pensando melhor: NÃO MERECE FAVORITISMO :(
2⭐
(Desconsiderar favoritismo e parte que é bom, pois lendo a própria review percebi que mais falei mal do que bem.)
Ainda não sei se este livro é bom ou ruim ...
Quanto mais penso nele, menos sei o que comentar sobre.
E não é que vai ser uma SÉRIE mesmo? chocada
Estava bem suficiente com apenas uma história, um volume único.... e não mais uma trilogia. Acredito que a autora teria ganhado muito mais caso fosse um stand alone.
O que me perturba é gostar muito desse gênero e lê-lo rápido, mas ao final, justamente por gostar muito, acabo razoavelmente sem opiniões ruins, já que filtro tudo.
O livro passou por muitos loopings durante a leitura. Começa muito lento, e somos jogados num ódio sobre estes dois povos (humanos e feéricos) sem entender o porquê de tanto ódio. A guerra em si não é de todo justificável. É como um preconceito imposto, mas que ninguém parou para questionar.
Então somos apresentados à família de Feyre. Que família odiável. De todo e qualquer modo. Mesmo na “segunda fase” da família, quando a protagonista retorna da Muralha. E o fato de ela ficar calada esse tempo todo enquanto aguentava o insulto das irmãs vadias, não dá.
E não parece com game of thrones, pelo amor de Deus. Tudo o que é dividido em reinos agora é game of thrones? Por favor, marketing, pare com isso.
Feyre em si... As atitudes dela, o silencio infinito, o comportamento com o povo que tentava ser legal com ela (tipo Alis), já teria enchido a gata de pancada há muito tempo.
Mas é depois dessa parte que começa a tomar razoável jeito e a história começar a fluir muito rápido e somos envolvidos pela magia (a leitura literalmente aquece – Saímos do frio e cinza mundo humano e caímos nas cores da primavera, nos sabores e nas muitas cores do mundo mágico dos feéricos).
A parte do curativo na mão e protegendo contra os bichinhos grandes e loucos (nagas, nagguls?) foi quase um plágio.
O desenvolvimento do amor dos dois também surgiu quase do nada. Parecia, sinceramente, que ela acabaria se apaixonando por Lucien (que aliás, é uma das personagens mais legais da história, mesmo toda vez seu olho mecânico me lembrando o professor Moody de HP), e não que eles fariam um brocode até o final do livro (bom seria se Nestha acabasse com Lucien. Pensei isso em algum momento da leitura. Mas depois achei que ele merece coisa melhor). O ponto ápice com certeza foi durante o Calanmai.
Até... termos aquele momento muito similar ao conto, do retorno de “Bela” ao mundo humano. A história morre de novo. Então passamos alguns capítulos, ela coloca a mão no pouco raciocínio utilizado durante a série, decide que tem que retornar para o mundo encantado e concertar a covardia dela.
Então temos toda a verdade da história toda finalmente explicada e contada claramente (SHOW! Olha, valeu as muitas páginas), e a gata resolve salvar o dia.
E a historia se acaba de novo. As três tarefas, o pacto com Rhys, e principalmente o segundo e terceiros desafios... Tive meu maior momento de “AFF” de toda a história da escrita.
Rhysand é o melhor vilão/não-vilão e cheguei a ter dó dele. Cheguei a pensar seriamente que ele era gay, e fazia tudo isso, e fingia ser a vadia de Amarantha para poder salvar Tamlin de ser destruído.
Se toda a baboseira virar um triangulo amoroso acho que mata a autora. Depois me mata. E depois mato ela de novo só por garantia. Porque, sinceramente, não senti química alguma entre eles. E além disso: existe muitas, MUITAS mulheres no mundo para se apaixonar, PRA QUÊ TRIANGULO AMOROSO??? Sei que não é normal da vida casar com o primeiro amor de verdade, isso é muito raro na verdade, mas, GENTE! Estamos esperando isso de contos de fadas quando se vende um, não? Enfim, acho que minha raiva mesmo é pelo promissor triangulo do futuro que vai tornar todo o espírito livre de Rhys... num babaca apaixonada pela biscate mirim.
Escutei uma vez que o dom da Sarah J Maas era escrever sobre homens. Sobre a figura masculina. Mas sinceramente, quem faz isso... Não leu Tiger's curse. Ren é muito, muito mais que Tamlin (menos os olhos verdes eu acho... como é descrito com sua vivacidade e tons e cores é algo louvável). As cenas de amor são bem construídas de fato.
Quanto às cenas em si... Digamos que é de acordo com o esperado o quanto ele é divino, o quanto ele pode fazer a mulherada virar a cabeça. Mas achei um pouco repetitivo o modo escrito.
O que me irritou um pouco era o fato do mundo estar se acabando e o povo trepando. Feyre jogou tudo para o alto, as preocupações e obrigações para ter um momento de esquecimento na cama, ou invés de falar e resolver os problemas.
Embora ruim, eu leria de novo, justamente por achar que faltou alguma informação – justamente por ter informação demais –, devido o mergulho num universo montado completamente diferente.
As pontas soltas deixadas que levam o leitor a perceber um segundo volume vindo a caminho não são muito perceptíveis (o cara com voz de porco, Rhys sendo levado pelo vento frio), mas ainda assim, não deixa aquela vontade desesperada de ler o volume dois. Sorry. Vou continuar a série, sim, mas não sei se será com a mesma expectativa que fora com o primeiro volume. E repito, ainda não sei se esse livro foi ótimo ou péssimo. Certamente lerei de novo, mas não com o desespero de dois dias como foi esse.